sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Moura Atlético Clube tem os reais objetivos desportivos bem guardados


O Campeonato de Portugal está prestes a começar e a equipa do Moura Atlético Clube já regressou ao trabalho, com o plantel mais forte e capaz de concretizar o objetivo de assegurar a manutenção.

Texto e foto Firmino Paixão


O treinador Tiago Raposo mantém-se na liderança do grupo. Uma continuidade que considera natural e justificada pela “boa época desportiva que conseguimos e por existir um bom relacionamento entre a equipa técnica e o clube”. Numa casa por onde, em tempo recente, passaram inúmeros treinadores, a renovação de Tiago Raposo indicia o regresso da estabilidade, como o próprio admitiu: “Conseguimos transmitir essa segurança à direção e, realmente, existe muita estabilidade no seio do clube, não só desportiva, mas em todas as áreas”.


Continua a ser um clube apetecível para qualquer jogador ou treinador?Realmente é um clube muito apetecível. Não me meto muito nessa parte das contratações, além daquilo que vou dialogando com o presidente, mas sei que houve muita gente a oferecer-se, houve inúmeros treinadores que quiseram vir para cá, o que é normal. Contudo, eu e o presidente estamos em sintonia, mantemos a mesma linha, que é um sentimento de confiança e estabilidade. Estive sempre tranquilo, nada me afetou, assim como a direção e o presidente sabem que eu estou tranquilamente focado neste projeto.


Regressaram ao trabalho com renovada motivação?Regressámos com muita ambição e com o objetivo prioritário de conseguirmos a manutenção o mais rapidamente possível. Neste ano descem seis equipas e pode haver aqui um certo alarme, mas sei que tenho aqui muita qualidade. Naturalmente que queremos resolver rapidamente essa questão da manutenção, pensando jogo a jogo e tentando ganhar o maior número deles. Se ganharmos todos os jogos ficaremos mais perto de o conseguir. Pela minha parte, preferia que isso acontecesse já em dezembro, depois aí pensaríamos noutra coisa.


Pensar noutra coisa será lutar por algo mais do que a manutenção?Vamos ver, não quero colocar a fasquia muito alta. Tenho os meus objetivos pessoais bem delineados e quando refiro pessoais, refiro-me à equipa técnica. Os objetivos do grupo também estão bem definidos, mas é uma coisa que guardamos para nós e que gostamos de ter bem fechadinha a sete chaves. Sabemos da exigência deste campeonato, temos de ter uma dose de humildade muito elevada porque vamos defrontar grandes equipas. Se não estivermos focados nas dificuldades que vamos sentir em todos os jogos, rapidamente cairemos na metade negativa, e isso não queremos. Os argumentos são trabalho, humildade e respeito pelos adversários, disputando cada jogo como se fosse uma final.


Tem um grupo mais forte e com mais soluções?O objetivo foi tornar o grupo mais forte. Já no ano passado houve uma escolha assente em algumas restrições financeiras que existiam, que se mantêm, mas fizemos escolhas com calma e não só no defeso, já o vínhamos fazendo desde janeiro com o último campeonato em curso. Referenciámos alguns alvos, fomos trabalhando com calma e conseguimos fechar praticamente o plantel. O planeamento é um dos nossos pontos fortes, não deixámos nada para a última hora. Escolhemos jogadores com qualidade desportiva e humana, porque privilegiamos essas condições. A qualidade desportiva trabalha-se, aperfeiçoa-se, mas a humana não se molda, ou se tem ou não.


O novo formato do campeonato é do seu agrado?Sim, agrada-me porque assegura muito mais a verdade desportiva, que agora será mais pura. O campeonato tem um molde semelhante aos campeonatos profissionais. O exemplo deve vir de cima. Atualmente é uma prova de resistência e não uma prova de velocidade como foi antes.


Abre o campeonato em Moura, com o Farense, será um bom jogo mas, na época passada, a equipa fazia melhores resultados fora de casa.Gosto sempre de começar em casa. No ano passado a equipa tinha mais à vontade fora de casa do que aqui em Moura. Os nossos adeptos são muito exigentes e a equipa era muito jovem, quando as coisas não saíam bem logo nos primeiros minutos, os adeptos ficavam impacientes e os jogadores ficavam algo nervosos. Fora de casa, sem essa pressão, controlavam o jogo mais facilmente mas, este ano, o grupo é mais experiente, temos outra qualidade.


Plantel do Moura Atlético Clube 

Guarda-redes: Igor Landim e Gilson (ex-Sporting Viana); Defesas: João Tavira, Mamadi, Moussinga (ex- Amiens/França); Lucas e Pedro Almeida (ex--Mafra). Médios: Tó Miguel, Bruno Gomes, Bruno Torres, João Pinto (ex-Vila Franca Rosário) e Rafael Santos. Avançados: Miguel Lopes (ex-Malveira), Edmilson Viegas (ex-Gafetense), Bryan (ex-Amiens/França) e Drogba (ex-Sporting Bissau).
Fonte: http://da.ambaal.pt

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