sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O futebol é só um jogo…


O Futebol Clube castrense, de regresso às competições nacionais ao nível do futebol sénior, depois do brilharete da época passada nas provas distritais, procura a manutenção no Campeonato de Portugal.

Texto e foto Firmino Paixão

Um lugar condicente com o estatuto do emblema de castro Verde. Uma boa infraestrutura, uma organização cuidada e uma equipa ainda em construção. O castrense, como assegurou Carlos Alberto Pereira, presidente do clube, tem tudo para se afirmar neste patamar, mas com uma gestão rigorosa, sem excessos, porque, acentuou o dirigente, o futebol não é um drama, é apenas um jogo. Vejamos, então, quais as expectativas para a época em curso, com a equipa principal no Campeonato de Portugal.

O que espera neste regresso do castrense aos campeonatos nacionais?

Esperamos um campeonato difícil. Um campeonato com excelentes equipas, algumas até com nível profissional. Constituímos um grupo com o objetivo de assegurarmos a manutenção, sabemos que será muito difícil mas temos que ter confiança nos jogadores, quer os que já aqui estavam, quer os que vieram de novo, que são efetivamente bons reforços. O plantel ainda não está fechado, mas, para já, estamos satisfeitos com a equipa que temos.

O clube voltou a competir no patamar que merece …

Sim, de facto, nós temos todas as condições para isso. Temos equipa, temos infraestruturas, temos uma boa estrutura organizativa, áreas que conferem ao Futebol Clube castrense esse estatuto de clube com todas as capacidades para competir nos campeonatos nacionais de futebol. E espero que o modelo competitivo, que este ano entrou em vigor, venha para ficar, porque isto torna-se até um pouco desgastante, cada ano que passa, o modelo é alterado e nós nunca nos chegamos a adaptar aquilo que está em vigor. Isso também cria uma certa desmotivação naquilo que é a participação das equipas neste campeonato nacional.

Está de acordo com este novo modelo competitivo?
Sim, é mais racional, no entanto estou totalmente em desacordo com a descida de seis equipas, que reduzirá o número total de clubes de 80 para 72 em 2018/19. Acho que só deveriam descer quatro equipas, parece-me um número mais justo e que se traduziria num campeonato mais equilibrado, sobretudo no que toca aquelas equipas com menos recursos e que lutam tão-somente pela manutenção.

Sente que existe em toda a estrutura do clube muita confiança no objetivo de manutenção?
Sabemos que será uma meta muito difícil, mas estamos conscientes de que temos valor para conseguirmos atingir esse objetivo. Será uma missão muito difícil, se conseguirmos esse feito, será histórico, se não conseguirmos, desde que tenhamos a certeza de que demos o máximo de todos nós em prol do Futebol Clube castrense, sem ficarmos satisfeitos, ficamos, pelo menos, de consciência tranquila. O futebol não é nenhum drama, é, apenas, um jogo.

O plantel foi bem reforçado, nota-se que existe mais qualidade …

O nosso plantel ainda está um pouco curto, temos somente dezassete jogadores, a maioria transitou da equipa que veio da época passada do distrital e os novos são jogadores, alguns com experiência em nacionais, outros nem por isso, mas penso que a equipa está equilibrada. Mas ainda faltam alguns elementos para o plantel ficar completo.

O orçamento é necessariamente moderado? Uma filosofia que é habitual no castrense?
O orçamento, essencialmente, é aquele que podemos despender com base na receita que temos. Nós nunca nos alargamos muito nesse aspeto, porque privilegiamos a sustentabilidade do clube e não uma equipa de futebol. Esta é uma filosofia do clube, mas é também o princípio orientador desta direção e, em particular, o meu. Sempre gerimos o clube assim. Até agora conseguimos bons resultados, não há que mudar. Se não conseguirmos ficar no nacional, voltaremos ao distrital. O futebol é mesmo assim. Os clubes ficam e as pessoas passam, temos que respeitar este princípio, porque não estamos aqui para nos promovermos enquanto pessoas, estamos aqui para promover e engrandecer o clube e a prática desportiva no concelho de castro Verde.

As receitas vão sendo suficientes? Com o município na frente dos apoios regulares?
A Câmara Municipal de castro Verde é um município que aposta muito nas associações e apoia os clubes todos de forma igual, mas apoia bem, e faz bem em ser assim, porque, de facto, proporciona que todos os clubes tenham condições mínimas para promoverem a prática desportiva ao nível das suas diversas equipas e em diferentes modalidades.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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