sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Luso Serpense segue em frente na Taça de Portugal de Ténis de Mesa


A Sociedade Luso União Serpense, que disputa o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Honra, em ténis de mesa, recebeu e venceu (3-1) a formação do Boa Hora, qualificando-se para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Texto e foto  Firmino Paixão


Uma competição onde participaram também a Casa do Povo de Serpa (afastada pelo Caselas na 1.ª ronda) e o Externato António Sérgio, de Beringel (derrotado pelo SL Águias na 2.ª eliminatória), e que apurará duas equipas para, mais adiante, se juntarem aos clubes que disputam o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão.
A Casa do Povo de Serpa e o Luso União Serpense são dois clubes num projeto comum, com cerca de 30 mesa-tenistas, liderados por António Azedo, técnico que disse ao “Diário do Alentejo” que o principal objetivo do Luso Serpense “era passar mais uma eliminatória e isso foi conseguido. Daqui em diante as dificuldades aumentarão mas, até lá e como sempre temos feito, daremos o nosso melhor”. E sublinhou também que a Taça de Portugal “é uma prova em que a Casa do Povo não tinha perspetivas de ir muito além, porque as deslocações são grandes e, evitando-as, podemos fazer outras para participarmos em torneios para as classes mais jovens. Quando existe pouco dinheiro temos que ir gerindo as coisas assim. No campeonato sim, temos muito mais interesse nele”.
O Luso Serpense, que venceu os três jogos que disputou, é o atual 2.º classificado na 2.ª Divisão de Honra, a um ponto da equipa B do Benfica, mas António Azedo afirmou que “neste ano, tirando o Boa Hora, que será a equipa mais acessível, as outras estão mais reforçadas e o campeonato, de ano para ano, está nivelado por cima e está muito difícil”. Por outro lado, disse: “Nós também ajustámos a nossa equipa e penso que estamos mais equilibrados do que no ano passado, tanto que conseguimos dois triunfos muito difíceis nas duas primeiras jornadas, com equipas com quem tínhamos perdido na época passada. Estamos mais equilibrados, mas o campeonato também está mais exigente”.
A eventual pretensão do Luso Serpense em subir de divisão é uma hipótese que não se coloca, sustentou: “Não estamos muito focados nisso. A 1.ª Divisão é uma realidade muito difícil para a nossa região. Não será difícil lá chegar, mas será difícil mantermo-nos lá. Temos jogadores que estão connosco há 15 ou 20 anos, mas que seriam insuficientes para nos conseguirmos manter. Todas as outras equipas da 1.ª Divisão têm atletas estrangeiros e profissionais. Para fazermos uma época dececionante a nível de resultados e financeiramente dispendiosa, preferimos manter-nos assim, porque seria frustrante”.
Por outro lado, disse: “Somos até a equipa que há mais tempo disputa a 2.ª Divisão de Honra, este é o vigésimo ano consecutivo que lá estamos. Já por duas vezes que ficámos em primeiro lugar, depois, nas fases finais, optámos por levar outros jogadores, precisamente para não subirmos”. Quanto ao reforço da equipa, o técnico especificou que “o Luso Serpense tinha uma base de três atletas que, praticamente, jogaram todo o campeonato passado, mas um deles, neste ano, não pode dar-nos o seu contributo. Mas temos o Edilson Rodrigues, um júnior que no ano passado jogou na Casa do Povo, e que teve uma progressão enorme e se juntou à equipa principal do Luso. Também tivemos a oportunidade de ir buscar um mesa-tenista espanhol, de Huelva, muito bom jogador, e isso tornou a equipa mais homogénea e com mais soluções”.
Quanto à formação da Casa do Povo de Serpa, que está a competir na 2.ª Divisão (2.º lugar da Zona Sul, com os mesmos pontos do líder CTM Setúbal), o coordenador do ténis de mesa serpense referiu que “o principal objetivo da Casa do Povo é a manutenção neste patamar. Se na 2.ª de Honra descem apenas duas equipas, na 2.ª Divisão descem quatro, porque, na próxima época, será reduzido o número de zonas. Portanto, a nossa primeira preocupação é manter a equipa fora dessa zona. Esta equipa serve para começarmos a lançar os juniores que ainda não conseguiram lugar na equipa do Luso Serpense”.
Luso Serpense e Casa do Povo de Serpa, dois emblemas em que se alicerça a história do ténis de mesa na cidade de Serpa, cumprindo uma larga tradição, mas superando as dificuldades com muito sucesso: “Mas não é fácil!”, assegurou António Azedo. “Se queremos atingir um certo nível teremos que competir em provas nacionais e as deslocações são grandes. O comércio local apoia-nos como pode, o apoio principal é do município de Serpa e das juntas de freguesia, de resto, aqui ninguém é remunerado, tentamos é que os jogadores não tenham despesas para nos representar. Isso é o mínimo que podemos fazer”, concluiu.
Resultados Taça de Portugal Zona Sul: Luso Serpense-Boa Hora, 3-1; Águias-Externato António Sérgio, 3-0. Campeonato Nacional 2.ª Divisão Honra- Luso Serpense-Boa Hora, 4-0; Campeonato Nacional 2.ª Divisão: Padernense-Casa Povo Serpa, 1-4; Casa Povo Serpa-Boa Hora B, 4-1.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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