José Saúde
Vaz Lança
Estreou-se como juvenil no
Despertar na época de 1965/1966. As suas potencialidades como
guarda-redes galgaram fronteiras e na temporada seguinte ei-lo a caminho
do Sporting Clube de Portugal, onde fora proclamado como o sucessor de
Vítor Damas na baliza leonina. Falamos de João Alberto Vaz Lança um
antigo jogador de futebol que nasceu a 25 de outubro de 1950 na cidade
de Beja. As portas da fama pareciam escancaradas para a jovem promessa
bejense, sendo que em Alvalade o público rendeu-se fielmente à agilidade
de Vaz Lança, alvitrando-lhe um futuro risonho. O onze normalmente
utilizado pela equipa juvenil dos leões era o seguinte: Vaz Lança,
Gregório, Fernando, Chico, Nuno, Quito, Perdigão, Pedro, Vila Nova,
Veiga e Jorge. Após uma temporada de sonho, 1966/1967, eis a proposta do
Sport Lisboa e Benfica. Nesses tempos havia inflexíveis regras que
impunham princípios básicos, principalmente quando os clubes em questão
eram velhos rivais. “Para me transferir para o Benfica tinha que jogar
uma época num outro clube como amador. Voltei a Beja e joguei no
Desportivo. Nessa temporada, embora fosse juvenil, o professor Bandeira
chamou-me para a equipa de juniores, onde fiz todo o campeonato”. Num
pulsar de esmeradas memórias, aqui fica a constituição da equipa: Vaz
Lança; Toy Lança, Lameira, Antero e Fernando; Sanina, Quinelas, Toy
Julião e Baiôa; Zé Luís e Lebre. Cumprida a regra federativa lá veio o
passaporte com a chancela outorgada pelo clube da Luz. Ângelo, antigo
campeão europeu, foi o homem que assumiu o processo. Hoje, Vaz Lança,
assume o evoluir de um procedimento que entende como falhado. “O maior
erro da minha vida foi ter saído do Sporting, era ali que estava o meu
futuro”. Lembra a passagem pela seleção nacional de juniores. “Estávamos
de partida para a Alemanha e num treino sofri uma rotura de ligamentos.
A lesão foi grave e no meu lugar foi o Araújo”. Viajando pelo périplo
de uma carreira atraente, recorda o regresso ao Despertar, como sénior, e
a sua estadia militar em Angola. “Fui campeão pelo Benfica de Nova
Lisboa. Tínhamos uma boa equipa e corríamos Angola de ponta a ponta”. No
regresso à Pátria de Camões rumou a França. “Joguei na equipa Estrelas
de Bayone e fomos campeões pelos Baixos Pirenéus”. De novo em terras
lusitanas, o guardião esteve próximo a assinar contrato com o Lusitano
de Évora. “O treinador era o Fialho e só não assinei porque no Vasco da
Gama de Sines estava o Nói Madeira que entretanto me convenceu. Em Sines
fomos campeões de série”. Seguiu-se o União de Santiago de Cacém. Numa
quimera observação às gigantescas potencialidades é caso para afirmar
que Vaz Lança esteve mesmo a um passo da fama.
Fonte: Fcebook de Jose saude.
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