José Saúde
O histórico Despertar
Num indelével
franquear de janelas onde vislumbramos impregnadas de memórias, viajemos
pelos primórdios do Despertar Sporting Clube, agremiação fundada a 20
de junho de 1920. A história do velhinho “Rasga” assenta em dados
simplesmente divinais. O emblema teve como base uma fusão entre o
Libertário e o Infantil, grupos populares cujas idades dos rapazes se
situavam entre os 13 e os 15 anos. Biografias verídicas que nos remetem
para os começos do século passado. Os meios existentes de então eram
excessivamente fúteis. Os miúdos, já operários, reuniam-se à noite sob a
luz ténue de um candeeiro público a petróleo na Av. Fialho de Almeida e
ai discutiam a possibilidade de criarem um clube. Esmiuçando os haréns
de outrora, rezam os canhenhos desportivos bejenses que por perto
localizava-se uma estalagem de uma senhora chamada Bárbara Meneses.
Caminhando nas sumptuosas asas do vento, ousemos usurpar os cintilantes
raios de uma sublime bola de cristal e que nos indica que foi naquele
chão de sonhos que se alvitrou o almejado futuro. O propósito da horda
dos moços era arranjar uma sede e eis o objetivo alcançado quando um
agricultor, de nome Manuel Agostinho Dias, lhes dispensou um espaço numa
vacaria, localizada na rua Freire Amador Arraias, que serviu com
eficácia os ideais dos adolescentes. Seguiu-se a discussão do nome a dar
à coletividade. Senso comum era Despertar que simbolizava, quiçá, a
partida para a descoberta de novos horizontes. No grupo militavam
adeptos do Benfica e do Sporting e as posições extremaram-se. Por fim,
venceu aquela que, à época, usufruía de um maior número de aderentes, ou
seja, vingou a sigla Sporting. Numa linha de puro desenvolvimento,
afirmamos que o Despertar sempre foi um clube eclético. Alias, os seus
estatutos só não contemplam uma modalidade: o boxe. Fomentavam os seus
autores que a sua prática era considerava violenta. O histórico do
Despertar é inolvidável e a formação de atletas tornou-se viral no
tempo. Conhecemos o grémio já lá vão cerca de 60 anos. Das suas hostes
emergiram atletas de excelência. Craques que viajaram pelo futebol
nacional e que ostentaram na lapela o seu nome como emblema de formação,
cabendo-lhes a honra de espalharam o nome de Beja e da região pelos
grandes palcos futebolísticos nacionais e internacionais. As estruturas
foram sempre abordadas no espírito de revitalizar memórias, mas de
acordo com o seu estado de graça. Hoje, constatamos que o Despertar é
possuidor de infraestruturas sólidas. No edifício sede, uma construção
feita de raiz, concentram-se valências exorbitantes. A bomba de gasolina
é, também, uma propriedade de onde advêm ganhos financeiros. Todavia,
para além dos bens físicos conhecidos, o futebol de formação continua
firme no seu resplandecente crescimento.
Fonte: Facebook de Jose saude
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