José Saúde
Luso Serpense
Fundada a 18 de maio de 1919
a Sociedade Luso União Serpense é uma coletividade lúdica que tem
dedicado a sua solidez de afirmação não só à componente cultural mas
também à área desportiva. Voando nas impetuosas asas do vento, viajo
pelas escarpas de outras eras, visiono baús entulhados em teias de
aranha, ouvi outrora gentes que infelizmente já não estão entre nós e,
num clarão imenso sobre o universo desportivo que nos rodeia, resolvi
escalpelizar conteúdos de uma agremiação que muito diz à novel cidade de
Serpa. O Luso nos anos de 1930 e 1940, especialmente, foi um grémio que
marcou estirpes de pessoas, sendo a equipa de futebol formada na base
de jogadores conhecidos na altiva arte e que a região justamente
ovacionou. Nesses tempos, o Luso era uma turma difícil de bater,
mormente em dérbis regionais, uma vez que a competição se cingia tão-só a
meras petisqueiras após os embates, sendo um dos seus rivais o clube da
terra que dava pelo nome de “Gatos Foot-Ball Club Serpense”. Em 1938 o
Luso, que normalmente se fazia representar com o dirigente Manuel Lobo à
frente da equipa, sendo o massagista um indivíduo com a alcunha de
Carapau, apresentava o seguinte onze: Zé Camacho, Pitorra, António Lobo,
Zé Guerreiro, Chico Rola, Francisco Lobo, Evaristo, Idalécio, Liso, Zé e
Chico Embica. Assim, não obstante a árdua jornada a intrínsecos teores
soterrados em memórias já gastas pelo evoluir da idade, eis-nos num
profícuo reconhecimento a uma Sociedade que mantém a sede na rua Pedro
Anes nº 15, em Serpa, e cujas paredes respiram saudade embutidas em
poros literalmente refeitos pela indeclinável transição dos tempos. O
lugar, propício a cavaqueiras, dava charme aos sócios que mui
honradamente faziam da associação o altar para os francos convívios.
Desportivamente a coletividade sempre norteou os seus primórdios a uma
das modalidades às quais confiou o seu nome, o ténis de mesa. Azedo
Bentes é um homem que se dedica à causa com amor e paixão. Foi ele que
incutiu um maior gosto a uma circunstância que ganhou consistência e que
catapultou a agremiação para patamares superiores do ténis de mesa
nacional. Por outro lado, na época 2011/2012 o futebol ressurgiu no
Luso, onde a equipa participou no campeonato distrital do Inatel até à
temporada de 2017/2018. E se é verdade que este tipo de jogo se encontra
por enquanto suspenso, é, por outro lado, conveniente enaltecer o
regresso das massas urbanas às competições amadoras no que respeita aos
aludidos jogos populares, uma singularidade que fez da associação um
verdadeiro mundo adicional não só para os sócios, assim como para a
população em geral. Neste contínuo vaguear sobre acontecimentos
apaixonantes, resta acrescentar que os serpenses mantêm a modalidade de
BTT ativa, o que deixar antever que o Luso está vivo e recomenda-se.
Fonte: facebook de Jose saude
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