Moura
Moura é uma urbe onde o jogo da bola terá surgido em 1912. Um grupo de
estudantes dispersos pelas cidades de Beja, Évora e Lisboa, levaram para
a sua terra a primeira bola de futebol e o vício expandiu-se pela
juventude. Os irmãos Eduardo e Custódio Teixeira, Manuel Piçarra e
Bandeira Gomes, terão sido os pioneiros no lançamento do futebol naquela
vila, hoje cidade. Em 1918 Manuel de Andrade, jogador do “Glória ou
Morte”, de Beja, Marcos Mesquita, António Costa, José de Brito, José
Vasco, Francisco Salgueiro, Joaquim Fialho, Miguel Fialho Barreto e João
Piçarra Pires, foram os obreiros de uma aventura que resvalou para a
empatia dos jovens enveredarem pela modalidade. No ano de 1922
constituiu-se o “Moura Foot-Ball Club”, sendo a sua sede na Rua 1º de
Dezembro, nº 1. Estava dado o pontapé de saída de capital importância
para a implementação do jogo no povoado mourense. A preocupação imediata
passava pela disponibilidade de um espaço que obedecesse à construção
de um campo, neste contexto fizeram-se diligências junto a lavradores e
António José Vasco, administrador da casa agrícola Azevedo Coutinho,
cedeu a courela da nora e lá se edificou a infraestrutura. Nesta fase a
paixão pelo futebol estava ao rubro. João Ganchinho de Brito fundou o
“Sport 9 de Abril” e em finais de 1923 um novo símbolo salta para a
ribalta, o “5 de Outubro Foot-Ball Club”. Com a modalidade em
crescimento foi fundada a Federação de Foot-Ball Mourense que tinha como
presidente Evaristo Pereira, Manuel de Andrade (Moura FC), secretário,
João Nobre (“9 de Abril), tesoureiro, José Rodrigues (“5 de Outubro”) e
André Mendes (“Luso”), vogais. Após períodos fulgentes, a 17 de janeiro
de 1942 fundou-se o Moura Atlético Clube, um grémio que surgiu da união
de quatro grupos de rapazes que disputam entre eles amistosos derbies:
“Os Revoltosos”, “O Sempre Fixe”, “O Glória ou Morte” e “Os Onze
Unidos”. Dessa triagem de jogadores destacavam-se José Costa, Miguel
Serrano, Hilário, Carapinha, João Peres e João Acabado, de entre outros
condiscípulos. O interesse pelo jogo atingia o zénite e Leonardo
Mendonça, tesoureiro do Banco de Portugal em Moura em conjunto com os
amigos Patrocínio e Andrade, foram as peças fundamentais para a
afirmação do MAC. Reza a história que o MAC é um dos inquestionáveis
históricos da AF Beja. A classe dirigente que paulatinamente tem gerido o
emblema da Margem Esquerda do Guadiana jamais se quedou perante
eventuais dificuldades, seguiram sempre em frente com firmeza e
construíram um património inigualável. Competitivamente o MAC militou
dez anos consecutivos no futebol nacional sénior, regressou agora aos
regionais, mas a componente formação jamais fora descurada. No que
concerne a infraestruturas próprias a coletividade é detentora do
edifício da sede, assim como do magnífico espaço desportivo onde se
concentram as mais elementares valências.
Fonte: Facebook de Jose saude.
Fonte: Facebook de Jose saude.
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