Quim
A
humildade foi uma das suas colossais armas no mundo futebolístico
profissional. Mas, jamais poderemos esquecer que a sua abnegação a uma
modalidade que decididamente abraçou se apresentou como uma benéfica
condição humana que fizeram dele um astro no cosmos desportivo. Diz o
adágio popular que filho de peixe sabe nadar, logo Quim, herdou de seu
pai, uma antiga glória do passado bejense chamado Vladimiro, a arte que
fez dele um jogador de eleição. Joaquim Manuel Aguiar Serafim nasceu em
Beja a 5 de abril de 1967 e foi no Largo das Alcaçarias que se iniciou
nos chutos da bola. O primeiro emblema que representou foi a Zona Azul,
coletividade que, à época, detinha uma forte hegemonia nos escalões de
formação na velha Pax Júlia. Neste contexto, foi no clube da sua área de
residência que Quim se estreou, época de 1979/1980, como juvenil.
Porém, na temporada de 1984/1985 ingressou no Desportivo de Beja, sendo
que a sua permanência na agremiação da Rua do Sembrano fora efémera,
visto que na época seguinte rumou ao Vitória de Setúbal. Numa sólida
observação ao seu desempenho ao serviço da turma sadina, conclui-se que
conquistou justamente um lugar cativo no 11 e granjeou uma simpatia
invulgar dos sócios e adeptos da equipa sediada à beira do rio Sado.
“Pelo Vitória fiz mais de 500 jogos, 301 na primeira divisão nacional e
150 nas divisões secundárias”. Memórias ímpares e deveras interessantes
de um inolvidável jogador que pormenoriza o seu empenhamento com as
cores verdes e brancas da Cidade de Bocage. “Joguei 10 épocas na
primeira divisão, cinco na Divisão de Honra e uma na divisão B”. Quim,
como central, travou despiques atraentes com avançados de renome que
pisaram os palcos lusitanos, designadamente Madjer, Rui Águas, Magnusson
ou Jardel. No Vitória conheceu treinadores que recusa perentoriamente
omitir os seus nomes: “Manuel Oliveira, Manuel Fernandes, José Romão,
Raúl Águas, Roger Spry e Malcon Allison”, são disso exemplos
convincentes que nunca esquecerá. Por outro lado, Setúbal, segundo o
próprio, é uma urbe que residirá eternamente nas profundezas do seu
coração. Numa profícua caminhada pelo currículo exemplar de um atleta
que conquistou Setúbal, não só como eloquente jogador que tudo dava em
campo, o bejense deixou saudades numa urbe que muito o respeitou. Aliás,
conquistou fama não só como futebolista de enorme preferência, mas
também no seio de uma sociedade civil que muito o acarinhou. Na época de
2004/2005, Quim integrou a equipa técnica do Vitória, então comandada
por José Rachão, sendo que por lá permaneciam o Carlos Cardoso, Conhé e
João de Deus, como adjuntos, e os sadinos disputaram a final da Taça de
Portugal no Vale do Jamor, Estádio Nacional, vencendo (2-1) o Benfica. O
antigo craque assume-se, hoje, como treinador, encontrando-se a
trabalhar na China com jovens em plena idade de formação.
Fonte: Facebook de Jose Saude.
Fonte: Facebook de Jose Saude.
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