“Uma
palavra de esperança e de tranquilidade relativamente ao futuro das
atividades desportivas da Fundação Inatel, assim como de expectativas
moderadas relativamente às previsões de retorno à atividade normal”. Eis
a essência da mensagem dirigida aos seus associados pelo diretor do
Departamento de Beja, António Vinagre.
Texto Firmino Paixão
Numa mensagem dirigida a todos os
associados e dirigentes dos centros de cultura e desporto tutelados pela
Fundação Inatel, a que o “Diário do Alentejo” teve acesso, o dirigente
local António Vinagre recordou que, como é do conhecimento público,
“todas as atividades sócio competitivas de âmbito desportivo organizadas
pela Fundação Inatel foram canceladas, por imposição desta nova
realidade social que vivemos”. O novo coronavírus e a doença por ele
provocada, a covid-19, considerou António Vinagre, “trouxeram à
sociedade a necessidade, primeiro, de confinamento e isolamento social,
agora de distanciamento, com o reforço das devidas precauções sociais”.
Desta nova realidade, garante o
documento, “derivou a necessidade do cancelamento das atividades. Uma
decisão que se baseou em fatores de diversa ordem, nomeadamente: saúde
pública e impositivos legais estabelecidos de forma a controlar a
pandemia pelas entidades reguladoras da saúde”. Em causa estiveram
também questões legais, “no que concerne à cobertura do seguro
desportivo” e a “incerteza sobre a possibilidade de reabertura das
instalações desportivas, como forma de possibilitar o regresso aos
treinos primeiramente e à competição depois”.
“A integridade física dos participantes,
que após longo tempo de paragem necessitariam de uma preparação mais
longa, por forma a precaver lesões” e o “alinhamento com o resto da
atividade desportiva, federada e não federada”, pesaram igualmente na
decisão de cancelar as provas.
É ainda garantido, no mesmo documento,
que a Fundação Inatel “está ao lado dos seus associados, coletivos e
individuais, e das suas preocupações. Nesse sentido, está ser preparado
um pacote de medidas para que, aquando do regresso à prática
[desportiva], possamos em conjunto fazer face às dificuldades criadas
pela experiência vivida nos últimos meses, bem como ao impacto que terão
nos tempos próximos”.
Por outro lado, ficou também a garantia
de que a instituição “tudo fará” para que, em outubro, “seja possível
retomar à possível normalidade, mas conscientes que, neste momento,
ainda existem muitos cenários possíveis para este retorno e que isso
poderá provocar ainda algumas adaptações”. Desta forma, prossegue o
documento assinado por António Vinagre, “oportunamente será divulgado
esse pacote de medidas junto de todos os interessados, bem como uma
calendarização provisória do lançamento da próxima época”.
Recorde-se que também o diretor do departamento desportivo, professor João Ribeiro, tinha dito recentemente ao “Diário do Alentejo”,
que o cariz social das competições “tem um papel fundamental para que a
Fundação Inatel avalie todas as condições [para retomar as atividades
desportivas]. No entanto, iremos sempre condicionar as nossas decisões
com a premissa de salvaguardar as questões de saúde pública”.
Na edição 2019/2020, da Liga de Futebol
de 11 da Fundação INATEL estavam em prova 28 equipas (25 do distrito de
Beja e três do distrito de Setúbal), representando outros tantos centros
de cultura e desporto. As competições foram suspensas dia 11 de março e
canceladas no dia 12 do mês em curso. O dirigente nacional tinha
garantido, em entrevista ao nosso jornal, que o quadro competitivo da
Fundação Inatel “é complexo e diferenciado, de distrito para distrito,
pelo que analisaremos cada situação, conjuntamente com os demais ‘Inatel
locais’, de forma a avaliar qualquer medida relativamente ao mérito das
equipas”.
O Povoense, vencedor da Taça e da
Supertaça em 2018/19, o Louredense (na foto) e o Alvaladense (campeão em
título), eram os líderes das três séries, à data da suspensão. Alfundão
e Faro do Alentejo seriam os finalistas da edição deste ano, da Taça
Fundação
Fonte: https://diariodoalentejo.pt/
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