quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Desportivo de Beja na II Liga

 

Beja na II Liga

O plantel do Desportivo de Beja que participou na II Liga em 1996-97
Fundado a 8 de setembro de 1947, o Clube Desportivo de Beja nasceu da fusão entre o Luso Sporting Clube, a União Sporting Clube e o Pax-Júlia Atlético Clube, embora os estatutos do clube considerem como data de fundação a do Luso Sporting Clube, 16 de junho de 1916.

Com um emblema constituído por um escudo emoldurado por duas espigas de trigo amarelo, as coroas das armas de Beja e a Torre de Menagem de Beja, o clube do Baixo Alentejo viveu a fase de maior fulgor a meio da década de 1990, quando participou na II Liga em 1996-97. 37 pontos em 34 jornadas revelaram-se insuficientes para evitar o 17.º (e penúltimo) lugar e a consequente despromoção.


Essa participação no segundo escalão foi o culminar de uma ascensão meteórica que em dois anos levou o clube da III Divisão à II Liga, num trajeto que incluiu o título nacional da III Divisão em 1994-95.

Depois da despromoção à II Divisão B em 1997, a formação bejense permaneceu nos campeonatos nacionais até 2007, quando caiu nos distritais da AF Beja. E desde 2018 que desativou a equipa sénior.

Numa época na II Liga, 25 futebolistas jogaram pelo Desportivo de Beja. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. Sidi (25 jogos)

Sidi
Central/médio defensivo guineense de elevada estatura, reforçou o Desportivo de Beja no verão de 1996, aquando da promoção à II Liga, depois ter iniciado a carreira no futebol algarvio ao serviço de Ginásio Tavira e Olhanense.
Ao serviço dos bejenses no segundo escalão, disputou 25 jogos (17 a titular) e marcou um golo na visita ao Varzim.
Na temporada seguinte continuou na equipa alentejana, na II Divisão B, e depois passou pelos açorianos do Operário antes de prosseguir a carreira nas divisões secundárias da Alemanha.


9. Carlos Freitas (25 jogos)

Carlos Freitas
Disputou 25 jogos tal como Sidi, mas amealhou mais 394 minutos em campo – 1904 contra 1510.
Avançado açoriano, passou por vários clubes do sul do país, como Vitória de Setúbal, Montijo, União Montemor e Vasco da Gama de Sines, antes de reforçar o Desportivo de Beja aquando da subida à II Liga, no verão de 1996.
Embora só tenha disputado 25 jogos (22 a titular) na II Liga e feito parte de uma equipa que desceu de divisão, sagrou-se o melhor marcador do campeonato, com 17 golos – Académico Viseu (três), Sp. Covilhã (três), Feirense, Paços de Ferreira (dois), Tirsense (dois) e Varzim (três), União da Madeira (três) foram as vítimas de Carlos Freitas.
Apos a despromoção, o bombardeiro açoriano prosseguiu a carreira na II Liga ao serviço do Penafiel, tendo sido igualmente feliz nos durienses.


8. Joy (26 jogos)

Joy
Avançado nascido em Luanda, também chegou a Beja no verão de 1996, já com experiência de II Liga ao serviço de Desp. Aves e Feirense, após ter passado por Barreirense, Vasco da Gama de Sines, Esperança de Lagos e Alverca.
Na capital do Baixo Alentejo não foi titular indiscutível, mas atuou em 26 partidas (11 no onze inicial) e faturou por três vezes, diante de Varzim, Desp. Aves e Estoril.
Depois prosseguiu a carreira na III Divisão com as camisolas de Palmelense e Alcochetense.


7. Zé Aníbal (26 jogos)

Zé Aníbal
Disputou 26 jogos tal como Joy, mas amealhou mais 428 minutos em campo – 1722 contra 1294.
Médio de características ofensivas natural de Samora Correia, concelho de Benavente, trocou os ribatejanos do Vilafranquense pelos alentejanos do Desportivo de Beja no verão de 1996 e não foi por ele que os bejenses não passaram mais tempo na II Liga.
Em 26 jogos, 18 na condição de titular, Zé Aníbal apontou dez golos, diante de Feirense, Académico Viseu, Académica, Paços de Ferreira, Tirsense, Varzim, Campomaiorense, União de Lamas, Felgueiras e Sp. Covilhã, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Haveria de continuar mais uma época na formação alentejana, brilhando na II Divisão B ao apontar 19 golos em 1997-98, o que lhe garantiu o bilhete de regresso à II Liga pela porta do Penafiel, onde reencontrou Carlos Freitas.


6. João Carlos (29 jogos)

João Carlos
Mais um médio de características ofensivas, este natural de Setúbal e formado no Vitória ao lado de Hélio, tendo ainda passado por Santa Clara, Montijo, Vasco da Gama de Sines, Silves, O Elvas, Barreirense e Quarteirense antes de dar o salto para a II Liga pela porta do Desportivo de Beja no verão de 1996.
Maioritariamente titular, disputou 29 jogos (24 no onze inicial) e marcou um golo ao Desp. Aves, não conseguindo evitar a despromoção.
Haveria de continuar mais uma época nos bejenses, na II Divisão B, rumando depois ao Imortal, onde foi oriental pelo conterrâneo Ricardo Formosinho. Até ao final da carreira representou ainda Lusitânia Lourosa, Alcochetense, Alcanenense, Atlético e Comércio e Indústria.


5. Vado (29 jogos)

Vado
Disputou 29 jogos tal como João Carlos, mas amealhou mais 385 minutos em campo – 2301 contra 1916.
Médio ofensivo de baixa estatura (1,67 m) que brilhou ao serviço de Portimonense, Marítimo e Sp. Braga na I Divisão, chegou a Beja no verão de 1996, aos 27 anos, cerca de um ano e meio depois de ter jogado por duas (de três) vezes pela seleção nacional “AA”.
Reforço de peso titularíssimo no meio-campo bejense, participou em 29 jogos (27 a titular) e marcou um golo ao Desp. Aves na II Liga, não evitando a despromoção.
Após a descida de divisão continuou mais uma temporada no clube, na II B, mas depois voltou a Portimão.


4. Chico Nikita (29 jogos)

Chico Nikita
Disputou 29 jogos tal como Vado e João Carlos, mas somou mais minutos do que os companheiros: 2541.
Defesa central cabo-verdiano que surgiu no futebol português em 1988 para representar o Académico Viseu e que jogou na I Divisão pelos viseenses e pelo Penafiel, trocou o Portimonense pelo Desportivo de Beja no verão de 1996, acompanhando o treinador José Torres.
Ao serviço dos bejenses disputou 29 partidas (28 a titular) na II Liga e faturou por três vezes, diante de Tirsense, Felgueiras e Académica, não evitando a despromoção.
Depois da descida de divisão não voltou a jogar futebol.


3. Edmundo (30 jogos)

Edmundo
Defesa central natural de Setúbal, formado no Vitória, e com passagem de dois anos pelo Benfica, clube pelo qual se sagrou campeão nacional e vice-campeão europeu, foi um dos reforços de peso do Desportivo de Beja no verão de 1996, numa fase em que estava à beira dos 33 anos.
Embora já estivesse na curva descendente da carreira conseguiu disputar 30 jogos (todos a titular) e marcar um golo ao União de Lamas na II Liga, mas não evitou a despromoção.
Após a descida de divisão continuou no Alentejo ao serviço do União de Montemor, na II Divisão B, colocando aí um ponto final no seu percurso como futebolista.


2. Rolo (31 jogos)

Rolo
Um dos jovens jogadores que chegaram a Beja por empréstimo do Vitória de Setúbal, a par de Marco Tábuas e João de Deus, tendo sido o mais utilizado entre os três.
Lateral direito de posição, foi titular nos 31 jogos que disputou ao serviço dos bejenses, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Na época seguinte voltou ao Bonfim, mas não se afirmou. Ainda assim, haveria ainda de jogar na II Liga espanhola com a camisola do Getafe e na I Liga portuguesa ao serviço do Beira-Mar.


1. Grosso (32 jogos)

Grosso
Lateral esquerdo experiente, formado no Vitória de Setúbal e com experiência de I Divisão adquirida ao serviço de Fafe e Belenenses, é o único jogador desta lista que contribuiu para a promoção do Desportivo de Beja ao II Liga em 1995-96.
Na temporada seguinte manteve-se de pedra e cal no onze bejense e disputou 32 jogos (31 a titular) no segundo escalão, não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão rumou ao União de Montemor, onde reencontrou os conterrâneos Edmundo e Ricardo Formosinho.
Entretanto tornou-se treinador e regressou ao Desportivo de Beja em 2003-04, quando o clube militava na III Divisão.




Fonte: https://davidjosepereira.blogspot.com/

















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