sábado, 10 de outubro de 2020

Bola de trapos, edição de 9/10/2020 no Diário do Alentejo

 

José Saúde
Desportivamente
Desportivamente, rodeio-me de certezas onde os meus olhos observaram a concretização de um projeto que, para outros, se afirmava como motivo prioritário em campanhas eleitorais, onde cada um dos candidatos garantia ao povo, sempre ordeiro e afinado, os seus firmes propósitos na concretização do tema que hoje trago a público. Porém, tudo tombaria no limbo do esquecimento. Escrevo sobre o que vejo e não de ilusórios consumos de causas, quiçá perdidas, e nem tão-pouco da falácia do deita abaixo, porque essa análise nunca foi a minha praia. Não sendo um leigo em matéria desportiva, porquanto a idade, e experiência, já não permite entrar no campo das euforias, analiso, à séria, o mundo que me rodeia e não aquilo que me querem impor. A razão desta narrativa transporta-me para o sentir de uma alegria gigantesca quando no pretérito 5 de outubro, dia da implantação da República em Portugal, em 1910, assisti à reabertura do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, um equipamento que dantes andou pelas ruas da amargura. Lembro-me, com a razão que me assiste, que a pista de atletismo em tartan, bem como toda a estrutura envolvente, atingiu uma degradação total, sendo motivo para evasivas promessas eleitorais. O grito de ‘eureka’ soou, houve cumprimento da palavra e todo o equipamento foi alvo de profundas remodelações. Trabalhou-se, condignamente, o espaço e eis o remodelado Complexo Desportivo Fernando Mamede pronto para receber competições desportivas, quer elas sejam regionais, quer nacionais ou internacionais. Neste desventurado mundo onde proliferam as críticas, confesso, pessoalmente, que o interesse público deve assumir-se como prioritário e não como uma arma de arremesso contra o pressuposto inimigo. É fácil reprovar qualquer tipo de iniciativas, atenção, escrevo desportivamente, sendo que concretizar ideias é algo de apreciável ou de criticável. Uma dualidade de critérios que nos transporta para o velho ‘slogan’: “Depois de casa roubada, trancas à porta”. Neste caso, existiu o privilégio de inverter os papéis deste dito popular, porque nem a casa foi roubada, nem houve a necessidade de trancar as portas. A obra fez-se, as gentes desportivas agradeceram e a cidade foi enriquecida por uma infraestrutura que carecia de uma inevitável remodelação. Os custos da reestruturação rondaram os 800 mil euros, ficando, no entanto, a alteração da pala da bancada central que no futuro será revista. Trata-se, no fundo, de ser erigida no plano da extensividade, visando a cobertura e proteção dos espetadores em dias e vendaval. Perante a realidade a que tive a oportunidade de assistir, resta, desportivamente, enaltecer o trabalho feito pelo atual elenco diretivo da Câmara Municipal de Beja. Desportivamente, não obstante o surto de covid-19, a “nação” bejense já tem à sua disposição o remodelado Complexo Desportivo Fernando Mamede.
Fonte: Facebook de JOse Saude

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