sábado, 20 de fevereiro de 2021

Cláudia Neto: "Jogar como se fosse uma final"

Futebol Fem. - Seleção A

Capitã da Equipa das Quinas lança o jogo de sexta-feira com a Finlândia, que passa em direto no Cana 11.

"Jogar como se fosse uma final e uma final é para ganhar". Foi assim que a capitã Cláudia Neto lançou o encontro de sexta-feira frente à Finlândia (16h15), o penúltimo de Portugal na fase de qualificação para o Euro-2022, a passar em direto no Canal 11. Com ambição máxima, a internacional portuguesa espera que Portugal não descanse à sombra do play-off já garantido.

"Espero um jogo difícil, diante de uma equipa competitiva que lutará com todas as suas forças pra ganhar. Elas não querem ficar para trás como em 2017, querem a desforra" começou por referir a jogadora, cuja pontaria ajudou Portugal a eliminar as nórdicas na fase anterior de qualificação. 

"Estamos conscientes da importância deste jogo e vamos dar o nosso melhor para garantir o apuramento direto. Esse deve ser o nosso principal objetivo. É jogar como se fosse uma final e uma final é para ganhar. Não podemos relaxar a pensar que ainda há um ‘play-off’", avisou a capitã da armada lusa, que se juntou ao grupo apenas na terça-feira, devido a compromissos no clube que representa em Itália (a Fiorentina).

Sobre o facto de ter marcado à Finlândia no apuramento para o Europeu de 2017 (um 'hat-trick'), e no arranque da presente qualificação (um golo) - Cláudia Neto disse que "o mais importante é o sucesso da Seleção Nacional". "Fui feliz frente e espero que a tendência de marcar continue, mas o mais importante é ganharmos, seja eu ou outra colega a marcar. Que não seja de penálti, porque nos últimos quatro golos que fiz, três foram de penálti. Cada vez fica mais difícil enganar a guarda-redes finlandesa...", acrescentou, a bom rir.

Numa análise mais pormenorizada do adversário, a jogadora lusa pediu atenções especiais para Linda Sällström, com quem partilhou balneário no Linköpings, no campeonato sueco: "Não tenho muito contacto com a Linda, mas conheço bem o seu espírito competitivo e tenho a certeza que quer ganhar e marcar. Não foi por acaso que se tornou na melhor marcadora de sempre das seleções finlandesas, entre mulheres e homens. A principal arma dela é a velocidade, é perigosa quando encontra espaço. É preciso atenções especiais para a travar. Não lhe podemos dar espaço para correr".

Na opinião de Cláudia Neto, o frio que se faz sentir na capital finlandesa, a oscilar entre dez e quinze graus negativos, "aumenta a dificuldade do jogo" mas não deve beliscar a ambição portuguesa.

"É um fator a ter em conta porque não estamos habituadas a jogar com temperaturas tão baixas. Vamos preparar-nos da melhor maneira. A ambição de ganhar tem de superar qualquer adversidade", frisou, recordando que já passou por experiências semelhantes nas ligas alemã e sueca: "Temos de usar roupas quentes e aquecer bem para prevenir lesões. Depois, a receita é não pensar no frio, pensar apenas que são 90 minutos de sacrifício em busca do sonho".  

Voltar a disputar uma fase final de um Europa "significa muito" para a centrocampista de 32 anos, que vestiu a camisola de Portugal em 132 ocasiões, sendo a segunda mais internacional de sempre, só atrás de Carla Couto (145 jogos). 

"O Europeu é uma competição onde jogam as melhores da Europa e eu quero voltar a estar lá com a minha Seleção. A nossa estreia histórica foi há quatro anos. Quatro anos! Nem dá para acreditar que passou tanto tempo. As emoções, imagens, memórias, estão todas claras, não se apagam", destacou a centrocampista.

E foi mais longe: "Na outra qualificação, desafiámos probabilidades e fomos ao Europeu através do ‘play-off’. Tudo era novo. Conhecíamo-nos umas às outras mas o contexto que íamos encontrar era uma incógnita. Agora temos um projeto mais consolidado, uma equipa mais experiente, jogadoras com mais treino e melhores condições de trabalho. Vamos com outro andamento e outra estabilidade emocional. As mais experientes vão saber passar tranquilidade às mais novas nos momentos mais difíceis". 

"Temos tudo para as coisas correrem bem. Espero que corram", concluiu Cláudia Neto, com os olhos postos na fase final que será disputada no verão de 2022, no país-berço do futebol: a Inglaterra.

Primeiro treino em Helnsínquia

A armada lusa realizou, esta quarta-feira, o primeiro treino em Helsínquia, num relvado sintético anexo à Bolt Arena, o estádio onde jogará na sexta-feira. Pela primeira vez, Francisco Neto teve à sua disposição as 26 jogadoras convocadas, depois de Cláudia Neto e Diana Silva terem integrado a equipa já na Finlândia.

Para quinta-feira, à mesma hora, está previsto um treino no relvado principal da Bolt Arena.

Palco do jogo com sistema moderno de aquecimento

Quando as comandadas de Francisco Neto subirem ao relvado da Bolt Arena para defrontar a Finlândia, na próxima sexta-feira, as temperaturas vão rondar os oito graus negativos, prevendo-se ainda uma descida na ordem de um ou dois graus até final do jogo, que começa às 18h15 horas locais [menos duas em Portugal continental].

Inaugurada em 2000, e com relvado sintético, a Bolt Arena está equipada com um moderno sistema de aquecimento subterrâneo e também possui bancadas completamente aquecidas, para que jogadoras e 'staff' de apoio às equipas possam desenvolver as suas atividades em condições climatéricas adversas.

Árbitra ucraniana no Finlândia-Portugal

A ucraniana Kateryna Monzul vai dirigir o encontro entre nórdicas e portuguesas, com a ajuda das compatriotas Maryna Striletska e Svitlana Grushko.

Da Ucrânia também virá Anastasiya Romanyuk, para desempenhar funções de quarto árbitro.

Clique aqui para aceder ao dossiê de imprensa atualizado que inclui mais informações sobre as convocadas e o programa geral de atividades

 

 

 Fonte: FpF.PT

 

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