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1 de outubro, sábado, 16h00, no Teatro Passagem de Nível, em Alfornelos, apresentação do livro Aldeia Nova de São Bento - Memórias, Estórias e Gentes, uma obra com a chancela da Colibri, Lisboa, cujo editor é Fernando Mão de Ferro.
Espero por si. Marque na sua agenda o dia, a hora e o local de evento.
Zé Saúde
Introdução
Nasci em Aldeia Nova de São Bento no dia 23 de novembro de 1950 e sou filho de Francisco Saúde e de Ana dos Reis Romeiro, ambos naturais da povoação.
Oriundo de uma família humilde, gente que “comeu o pão que o diabo amassou”, mas cujo princípio familiar passou por me colocarem a estudar num ensino secundário, ensino este que ia para além da então trivial quarta classe, foi, de facto, o literal propósito dos meus saudosos pais, pessoas modestas, mas que oportunamente se identificaram com uma enorme solidez humana que motivou o homem que hoje sou.
Neste contexto, e num desafio permanente à narração “ALDEIA NOVA DE SÃO BENTO – Memórias, Estórias e Gentes”, deixo escrito, neste livro, parte das raízes da minha infância e dalguns pormenores de profissões que marcaram épicas gerações, onde os mestres foram personalidades que inspiraram épocas inesquecíveis, sendo que o seu labor ficará eternamente contemplado. Para além dessas inequívocas lembranças, recordo alguns dos nossos conterrâneos que ficarão perpetuamente expostos numa montra de eloquentes e requintadas individualidades.
Mas, além de tudo o que aqui vos deixo escrito, o que é sempre muito pouco, preocupei-me em investigar temáticas sobre a lenda da origem da nossa Aldeia, do seu Padroeiro São Bento, da Festa das Santas Cruzes, um dos nossos ícones anuais, assim como a envolvência da Procissão, do nosso fabuloso Cante Alentejano, do simbolismo das Santas Cruzes feitas em casas de devotos, enfim, uma panóplia de narrativas avulsas indiscriminadas no tempo e que dão maior força ao tema trabalhado com imensa ternura e resplandecente paixão.
É, ainda, plenamente crível que articule histórias genuínas da nossa terra e, obviamente, dos seus antigos costumes. Recupero, também, parte de narrativas inseridas numa outra obra que em tempos lancei para os escaparates, mas que julgo apresentarem-se determinantes para a composição de recordações do antigamente da comunidade aldeã e que jamais serão esquecidas.
Reconheço que muito mais haveria para expor, admito. Mas, neste planeta da escrita, sempre perplexo, o autor procura, neste caso, dar uma imagem do universo aldeão, embora o faça meticulosamente, sem preconceitos e isento de presumíveis suscetibilidades. Os textos, avulsos, são determinados por capítulos, mas não por ordem cronológica no tempo e nem tão-pouco sequencial no plano alfabético.
Deixo explícito nesta introdução à obra que me propus efectuar, o meu profundo agradecimento ao David Monge da Silva pela sua prestável colaboração, e pelo excelente espólio de memórias da nossa terra que possui e de onde bebi profícuos saberes, bem como ao Francisco Costa, à Constança Joana pela sua enorme disponibilidade de comigo colaborarem, sobretudo na recolha de fotografias e de instrumentos básicos para a construção dalguns dos textos, ao Zé Bica e à minha prima Mariana pelas muitas perguntas que lhes fiz sobre questões de outrora o que implicava, como é óbvio, um conhecimento mais rigoroso dessas eras, principalmente quando a minha perspicaz curiosidade impunha um saber mais sóbrio e literalmente verdadeiro.
A todos os meus conterrâneos um bem-haja!
José Saúde
Fonte: Facebook de JOse saude.
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