sábado, 8 de outubro de 2022

Bola de trapos, edição de 7/10/2022, no Diário do Alentejo

 

José Saúde
Ricardo Paixão
Filho de uma freguesia, Aldeia Nova de São Bento, localidade que fora, entretanto, elevada a Vila, sendo a área desportiva, cultural e o seu chão palco de excelentes cantadores, assim como anfiteatro de poetas urbanos, gentes que sempre proliferaram no meio social e que deixaram aleatoriamente convincentes marcas num povo que sempre se afirmou como aldeano. Ricardo Miguel Ferreira Paixão, nasceu a 1 de abril de 1986 e desde muito cedo determinou que o seu mundo desportivo passaria pela modalidade do atletismo. Neste contexto, Ricardo Paixão, utilizando essa empatia pela circunstância que lhe preenchia a alma, iniciou-se no Clube Atlético Aldenovense, coletividade onde deu os seus primeiros passos no cosmos do atletismo e que naturalmente mereceu o interesse por emblemas nacionais de maior dimensão. Olhando, atentamente, para o seu currículo, constata-se que ele é de facto vasto: Sporting Clube de Portugal (2005 a 2009), Sport Lisboa e Benfica (2012 a 2015), Clube Desportivo do Estreito, Madeira, Clube Recreativo Covas de Coina, Clube de Futebol “Os Belenenses”, Clube Escola de Atletismo Pedro Pessoa, Sobreda, Almada e Vitória Futebol Clube, de Setúbal. Tendo em conta a sua longa carreira, Ricardo Paixão, atleta cuja profissão é de Bombeiro Sapador em Lisboa, sendo que carreira desportiva o coloca na ala de eleição, é homem simples e que abraçou distintamente o atletismo. O crosse, o meio fundo e o fundo, são as distâncias às quais se dedicou e onde os seus registos são efetivas realidades: vencedor do Campeão Distrital de Beja, onde se sagrou Campeão do Alentejo; Campeão Nacional entre 2000 e 2005; primeiro e único atleta de um clube do distrito de Beja a conquistar uma medalha em Campeonatos Nacionais de corta-mato; primeiro atleta de 1/2 fundo de um clube do distrito de Beja a conseguir duas medalhas no campeonato nacional de juvenis de 1º ano e duas em juvenil de 2º ano; vitorioso dos 3000 metros na final nacional do Olímpico Jovem e 2º classificado nos 1500 metros; chamado à Seleção Nacional em juvenis (2003) Paris-França, em juniores (2005), assim como em Toledo-Espanha (2006) e em Tilburg Holanda (2007); Campeão Nacional Universitário de 3000 metros (2009); Campeão da Europa de Policias e Bombeiros em 2016; vice-campeão da Europa de Masters M35 nos 1500 metros e 4º classificado nos 3000 metros em Braga (2022); Campeão Nacional M35 de 800 metros pista coberta e ar livre 800 e 1500 metros (2022); Campeão do Mundo de Bombeiros, de 800, 1500 e 3000 metros/obstáculos, em Lisboa (2022); 4º e 5º nos 1500 e 800 metros nos Campeonatos do Mundo Masters, na Finlândia. Ricardo Paixão teve, ainda, a perceção correta em conciliar o amor à família e os estudos com a sua atividade desportiva e profissional.
Fonte: Facebook de JOse Saude

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