sábado, 22 de outubro de 2022

"O mais importante é o Milfontes criar raízes na 1ª divisão distrital"

 

De regresso ao campeonato da 1ª divisão distrital de Beja, Praia de Milfontes pretende entrar em todos os jogos a pensar na vitória, afiança ao "SW" o jovem técnico Sérgio Rocha, que também elogia o facto de haver mais equipas do concelho em prova.

Como avalia o arranque de temporada do Praia de Milfontes?
Têm sido um pouco atribulado, com muitos jogadores indisponíveis, uns por motivos profissionais, outros infelizmente por motivos de saúde física. Obviamente que estes fatores condicionam qualquer equipa e nós não somos inerentes a isso. Quanto aos jogos já disputados, gostaríamos de ter realizado mais alguns pontos, mas do outro lado também há um adversário com as mesmas pretensões e o futebol é isto mesmo.

Quais as ambições da equipa neste regresso à 1ª divisão distrital de Beja?
A nossa ambição – e digo-o desde o primeiro dia – é disputar os três pontos semana após semana. Sabemos e sentimos que temos a capacidade de disputar todos os momentos do jogo, mas também temos a humildade de perceber que viemos da 2ª divisão e o mais importante é criar e reforçar raízes na 1ª divisão distrital. Olhamos para o campeonato jogo a jogo e no fim faremos o somatório.

O plantel corresponde ao que estava inicialmente previsto?
Infelizmente está cada vez mais difícil para qualquer equipa formar um plantel competitivo e regulado por cima. Há uma tremenda dificuldade no nosso distrito em fazer a renovação de atletas. Estas condicionantes recaem sobre nós de igual forma. O que estava inicialmente previsto era manter a continuidade de todos os atletas, atletas esses que estão no clube há muitos anos. Infelizmente, por vários motivos, não foi possível manter alguns e levou-nos a nos movimentarmos no mercado. Mas estamos contentes com o plantel.

O que espera do campeonato distrital da 1ª divisão na generalidade em 2022-2023?
Acho que vai ser um campeonato mais competitivo este ano, embora seja um pouco cedo para fazer uma análise correta. Mas há equipas que se reforçaram bem e outras que perderam alguns ativos. Tudo isso leva a um equilíbrio maior. No entanto, e a meu ver, com uma baixa de qualidade generalizada. Também espero que seja um campeonato que sirva para aprendermos com os muitos erros que têm sido feitos. Que consigamos absorver tudo isso e melhorar a nossa [1ª divisão] distrital.

O facto de o campeonato se disputar em duas fases é positivo ou negativo?
Não consigo ter uma opinião muito formada acerca deste modelo competitivo. Se me dessem a escolher, iria pela opção de uma fase, pois também não sou apologista de um campeonato regular e depois terminar com "playoffs". Não me faz muito sentido disputar um campeonato que apenas serve de qualificação para outro. Mas há muitas outras variáveis questionáveis que se podem traduzir em algo positivo...

O Praia jogará quatro dérbis nesta temporada. É positivo haver mais equipas do concelho de Odemira a competir na 1ª divisão de Beja?
É claro que sim! Sabemos que está muito mais em disputa que somente três pontos. As pessoas conhecem-se, estão em contacto diariamente, trocam ideias, opiniões, críticas, etc… E é tudo isso que alimenta um jogo de futebol. É obvio que para o crescimento e visibilidade do concelho é muito importante e essa seria, sem dúvida alguma, a melhor visão a reter no meio de tudo isso. Se o concelho crescer, todas as equipas do mesmo irão crescer e vice-versa.

Esta é a sua temporada de estreia neste escalão. Como está a ser a experiência?
Não diria que é estreia neste escalão, até porque o passado não pode ser esquecido. Já tive a minha estreia neste escalão há alguns anos atrás, embora numa divisão inferior. Gosto de desafios e é com eles que crescemos. Nem sempre é fácil, mas é nas adversidades que mais evoluímos. Diria que estou a aprender dia após dia e não estou a ironizar. Procuro ouvir, observar, partilhar, para ser melhor, para também oferecer um melhor trabalho. Resumindo, [está a ser] uma experiência exigente, mas muito motivante.

Que ambições tem para a sua carreira de treinador?
A minha ambição – e muitas vezes faço essa introspeção – é retirar felicidade daquilo que faço diariamente. A este nível ninguém vive do cargo de treinador e se não for pela felicidade e alegria não tem lógica continuar nesta área. Agora enquanto for retirando toda essa alegria – e eu retiro e muita, pois sou um apaixonado por este desporto –, as minhas ambições de carreira são reforçar esta oportunidade que me foi dada e para já passa por aí.

Fonte:  http://www.jornalsudoeste.com


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