quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Campeonato Distrital de Benjamins - 13ª Jornada

Almodôvar 9 - 2 Mineiro

O Mineiro somou a 2ª derrota consecutiva da 2ª volta do campeonato distrital de Benjamins. Perdeu frente ao Almodôvar por 9 – 2. Num jogo em que, ao contrário do que é habitual, o Mineiro entrou muito concentrado e oportuno e numa jogada em contra-ataque fez o primeiro golo logo aos 2 minutos. O Almodôvar empatou pouco tempo depois e aos 12 minutos já estava a ganhar, depois disso foi um festival de golos por parte dos jogadores do Almodôvar. Os pupilos de João Candeias mostraram grande passividade defensiva o que é pouco habitual. Na segunda parte o jogo dos “mineirinhos” melhorou bastante. Ainda assim insuficiente para travar o ataque da equipa de Filipe Venâncio que marcou por mais duas vezes e o nosso Mineiro marcou apenas mais um.
  

Data: 19/02/2011 – 10h30m  
Local: COMPLEXO DESPORTIVO DE ALMODÔVAR


Constituição das Equipas:

CD Almodôvar: Gonçalo Viegas, João Assunção, Rafael Palma, Fernando Messias (C), Bruno Daniel, Carlos Dias, Gonçalo Mestre
Jogaram ainda: Francisco Cordes, Gonçalo I, Gonçalo II, João Baptista, Rodrigo Felisberto
 Treinador: Filipe Venâncio e Tiago Belmiro

SCM Aljustrelense: Miguel Dionísio, Gonçalo Serrão, Bruno Dias, Tiago Curtinha, Miguel Coelho (C), Miguel Marçalo, Jorge Lanita
Jogaram ainda: João Costa, Miguel Guerreiro, Rafael Narciso, Mário Batalha, Bruno Silva
Treinador: João Candeias                          
Treinador Adjunto: Rui Arsénio
Directores: Mário Carapinha e Carlos Coelho
Massagista: João Pinto


Árbitro: Rui Raimundo

Resultado ao Intervalo: 7-1
Resultado Final: 9-2

Marcadores:
0-1 (Miguel Marçalo, 2m)
1-1 (Carlos, 6m)
2-1 (Rafael Palma, 12m)
3-1 (Carlos, 14m)
4-1 (Tiago Curtinha (AG), 16m)
5-1 (Fernando Messias, 18m)
6-1 (Carlos, 20m)
7-1 (Rafael Palma, 22m)
8-1 (Gonçalo Mestre, 33m)
8-2 (Miguel Coelho, 40m)
9-2 (Gonçalo Mestre, 43m)

Fonte: http://scmineiroaljustrelense.blogspot.com/

Campeonato Distrital de Futsal 7ª Jornada

Em jogo antecipado disputado na noite de quarta-feira, o IPBeja recebeu no derby citadino o GDCAlcoforado e venceu por 4 bolas a duas, sexta.feira completa-se a ronda com os seguintes jogos:
Nucloe Sportinguista de Moura com o Barrancos Futsal ADC, e o GDCBaronia com a SAAlmodovarense.

Campeonatos do Passado: 1987/88 e 1988/89

Campeonato 1987/88

Nesta época subiram à primeira distrital as equipas do CF Guadiana, CF Vasco da Gama e CDC Panóias.

1ª Divisão
CLUBE ATLÉTICO ALDENOVENSE
CLUBE DESPORTIVO BEJA
CLUBE DESPORTIVO CULTURAL PANÓIAS
CLUBE FUTEBOL GUADIANA
CLUBE FUTEBOL VASCO GAMA
CLUBE RECREATIVO DESPORTIVO CABEÇA GORDA
FUTEBOL CLUBE CASTRENSE
GRUPO DESPORTIVO CULTURAL ALVITO
GRUPO DESPORTIVO CULTURAL NEVES
JUVENTUDE CLUBE BOAVISTA
SOCIEDADE ARTISTICA ALMODOVARENSE
SPORT CLUBE ODEMIRENSE
SPORTING CLUBE CUBA
SPORTING CLUBE FERREIRENSE (Campeão)

Série A
ATLÉTICO CLUBE BRINCHES
ATLÉTICO CLUBE FICALHO
BARRANCOS FUTEBOL CLUBE
DESPERTAR SPORTING CLUBE
FUTEBOL CLUBE VALE VARGO
GRUPO DESPORTIVO AMARELEJENSE
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO SAFARA
S. DOMINGOS FUTEBOL CLUBE
SOCIEDADE UNIÃO RECREATIVA SOBRALENSE

Série B
CENTRO CULTURA RECREIO DESPORTO SANTA VITÓRIA
CENTRO CULTURAL DESPORTIVO ALFUNDÃO
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO PENEDO GORDO
GRUPO DESPORTIVO CULTURAL BARONIA
GRUPO DESPORTIVO ODIVELAS
GRUPO DESPORTIVO SOCIEDADE RECREATIVA UNIÃO VILAFRADENSE
PAX JÚLIA ATLÉTICO CLUBE
SPORTING CLUBE FIGUEIRENSE
UNIÃO DESPORTIVA CULTURAL BERINGELENSE (Campeão)

Série C
ALVORADA FUTEBOL CLUBE
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO RUINS
CLUBE DESPORTIVO PRAIA MILFONTES
GRUPO DESPORTIVO RENASCENTE SÃO TEOTÓNIO
NEGRILHOS FUTEBOL CLUBE
OURIQUE DESPORTOS CLUBE
SABÓIA ATLÉTICO CLUBE
SOCIEDADE RECREATIVA DESPORTIVA ENTRADENSE
SPORTING CLUBE SANTACLARENSE´


Campeonato 1988/89

Nesta época subiram à primeira distrital as equipas do SUR Sobralense, UDC Beringelense e Alvorada FC.

1ª Divisão
ALVORADA FUTEBOL CLUBE
CENTRO CULTURA RECREIO DESPORTO SANTA VITÓRIA
CLUBE ATLÉTICO ALDENOVENSE
CLUBE DESPORTIVO BEJA (Campeão)
CLUBE FUTEBOL GUADIANA
FUTEBOL CLUBE SERPA
JUVENTUDE CLUBE BOAVISTA
PIENSE SPORTING CLUBE
SOCIEDADE ARTISTICA ALMODOVARENSE
SOCIEDADE UNIÃO RECREATIVA SOBRALENSE
SPORT CLUBE MINEIRO ALJUSTRELENSE
SPORT CLUBE ODEMIRENSE
SPORTING CLUBE CUBA
UNIÃO DESPORTIVA CULTURAL BERINGELENSE

2ª Divisão

Série A
BARRANCOS FUTEBOL CLUBE
FUTEBOL CLUBE VALE VARGO
GRUPO DESPORTIVO AMARELEJENSE
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO SAFARA
GRUPO DESPORTIVO SOCIEDADE FILARMÓNICA 24 OUTUBRO
S. DOMINGOS FUTEBOL CLUBE

Série B
CLUBE FUTEBOL VASCO GAMA
CLUBE RECREATIVO DESPORTIVO CABEÇA GORDA
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO PENEDO GORDO
GRUPO DESPORTIVO CASA POVO RUINS
GRUPO DESPORTIVO CULTURAL ALVITO
GRUPO DESPORTIVO CULTURAL BARONIA
GRUPO DESPORTIVO ODIVELAS
SPORTING CLUBE FIGUEIRENSE
Série C
CLUBE DESPORTIVO CULTURAL PANÓIAS
CLUBE DESPORTIVO PRAIA MILFONTES
FUTEBOL CLUBE CASTRENSE (Campeão)
NEGRILHOS FUTEBOL CLUBE
OURIQUE DESPORTOS CLUBE
SABÓIA ATLÉTICO CLUBE
SOCIEDADE RECREATIVA DESPORTIVA ENTRADENSE
SPORTING CLUBE SANTACLARENSE
 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

FC Castrense 0-0 CA Aldenovense16ºJornada Comentário e fotos






Ficha de Jogo
FC Castrense: Hugo Barrancos; Telmo Facaia; Velhinho; Sequeira; Tiago Cavaco; Nelson Horta; Pedro Lança; Luís Carrega; João Pepe; Carlos Miguel e Miguel Facaia

Suplentes do Castrense: Marco; Ricardo Aimar; Dário; Hugo Venâncio; Rui Gato e Jorge Caeiro

CA Aldenovense: Janito; Tiago Vargas; Miguel; Jorginho; Igor; Pedro Crujo; Semedo; David Costa; Pateira; Raphael e Damázio

Suplentes do Aldenovense: Toi; Fábio; João Rosa; Marco Silva; Adriano e Henrique

Inicio da partida em Castro Verde
21 minutos: FC Castrense 0-0 CA Aldenovense
Amarelo para Jorginho

Intervalo:
FC Castrense 0-0 CA Aldenovense

Inicio da 2ª Parte
Substituição no FC Castrense
Sai:
Luís Carrega e Carlos Miguel
Entra:
Ricardo Aimar e Dário
Substituição no Aldenovense
Sai:
Pateira
Entra:
Marco Silva
75 minutos: FC Castrense 0-0 CA Aldenovense

Telmo Facaia na marcação de um livre directo envia a bola à barra

Amerelo para Igor

85 minutos: FC Castrense 0-0 CA Aldenovense

Substituição no Aldenovense
Sai:

Entra:
Adriano

4 minutos de compensação

Acabou o jogo em Castro Verde
FC Castrense 0-0 CA Aldenovense

Onze…ou Oito? Nove… Vinte e Oito


À hora que escrevo ainda não é conhecido o resultado do derby lisboeta, agendado para uma excelente 2.ª feira, à noitinha, assim “a modos” estratégicos para lotar um campo que, dizem as más-línguas, nunca enche. Pelos vistos ainda não será desta.
Aconteça o que acontecer, onze pontos de avanço já são mais do que suficientes para colocar pressão sobre os segundos classificados que, ou faz pela vida e ainda pode continuar a sonhar, ou arruma definitivamente a questão do título. E se assim for, lá vem à baila o discurso demagógico dos letrados do costume, tornando culpas aos que aproveitam as flexibilidades que o sistema permite. Antecipando, estrategicamente, a partida com o Nacional, o Porto ganha em duas frentes: espera descansadamente no sofá o desfecho do Clássico da capital torcendo, como é óbvio, pelos da casa. Afinal sempre foram grandes amigos. E prepara atempadamente a recepção ao Sevilha.
Mas se a antecipação ou o adiamento é possível aqui e na maior parte dos países, até como forma de protecção das equipas consoante o interesse das mesmas, há quem se queixe dessa impossibilidade. Não sei se a Espanha atenderá as reivindicações do “Special One”.

Entre portas…curioso é verificar que no distrital de Beja, coincidência ou não, também é de Onze o avanço sobre o segundo classificado e aqui com o calendário certinho. Canta de galo o Despertar! Aposta certa no momento certo, sem pressas, fruto de trabalho sólido, alicerçado nas bases principais que devem suportar o edifício.
Do outro lado, as razões para sorrir não serão muitas e o copo de água terá entornado naquela tarde de má memória dos “Nove da Piedade”.

Nove anos são muito tempo. José Mourinho completou este fim de semana esses nove anos sem perder jogos em casa. É obra! Argumentação mais válida quando constatamos que a façanha foi conseguida defrontando os tubarões desta Europa, no que a dimensão futebolística diz respeito.
Azar do Zé quando, há esse tempo, se atravessou no seu caminho um poderoso Beira Mar, equipa de um campeonato que teimamos em apelidar de pouco competitivo.
Enfim, a velha mania de se menosprezar aquilo que é nosso.

Acontecem todas estas coisas em Fevereiro. Só podia! Tinha de ser um mês anormal.
Até este nem sempre tem 28 dias.

Crónica de José Roque
Fonte: Sportalentejo

Futsal - Crónica do jogo GDC Alcoforado vs GDC Baronia

GDC Alcoforado e GDC Baronia defrontaram-se no passado sábado em Beja para a 6ª jornada do campeonato distrital de futsal da AF Beja (4º encontro entre ambas as equipas esta época, e fica a pergunta, será assim que se desenvolve a modalidade e se dá competitividade e qualidade aos agentes que envolvem a mesma?), e que terminou com um empate a uma bola.
Em campo estavam duas equipas que não tinham segredos uma para a outra, pois já se tinham defrontado este ano, ainda assim a nossa equipa entrou na quadra a querer resolver cedo pressionando bem alto nos momentos sem bola, e tentando desorganizar a bem estruturada defensiva do GDC Alcoforado com rápidas trocas de bola aquando da posse da mesma.
Quanto ao GDC Alcoforado cerrou fileira frente à sua baliza, assente numa organização táctica defensiva quase irrepreensível e num guarda-redes que fez uma excelente exibição. Toda esta concentração no momento defensivo colocava a nu as dificuldades da equipa do GDC Alcoforado em posse de bola tentado somente em transições muito rápidas, com quatro ou cinco trocas de bolas, chegar à baliza defendida por Bruno Maldonado, que também fez algumas defesas de bom nível.
O primeiro ao golo no jogo chega já perto do final da primeira parte e para a nossa equipa, e quanto a nós justificado, pelo caudal ofensivo que a equipa vinha apresentando desde o inicio do jogo. Após uma reposição rápida da bola em campo por Bruno Maldonado, Dário Pataquinho num bonito gesto técnico faz assim o 0-1 para o GDC Baronia.
Até ao intervalo a equipa do GDC Alcoforado conseguiu por uma ou duas ocasiões criar perigo em que poderia ter mesmo marcado, mas a nossa equipa continuava a controlar e a dominar o jogo e quando os nossos jogadores conseguiam furar a defensiva contrária aparecia como referimos atrás o seu guarda-redes a fazer a sua obrigação e a negar o golo aos nossos jogadores.
Ao intervalo Miguel Carvalho alertou para o perigo deste resultado, pedindo concentração nas transições defensivas e mais acerto na hora da finalização.
O inicio da segunda parte mostrava que a tendência dos primeiros 20m se ia manter. O GDC Alcoforado muito bem organizado defensivamente conhecedor de praticamente todas as jogadas da nossa equipa tentava agora quando tinha a bola em seu poder troca-la entre os seus jogadores, em vez de a fazer chegar rapidamente à baliza da nossa equipa, o que por diversas vezes levou a que cometessem muitos passes falhados nessas transições, que a nossa equipa aproveitava para contra-atacar com perigo.
Quanto à nossa equipa, e apesar de estar a ganhar, com o passar dos minutos os jogadores mostravam-se muito intranquilos e cometendo alguns erros especialmente defensivos, pois tudo tentavam para dilatar a vantagem mas até os postes da baliza não permitiam que isso acontecesse.
Do ponto de vista do GDC Alcoforado, estamos em crer, que o golo obtido aos 34m e 57s por Francisco Vidinha aproveitando um desposicionamento defensivo da nossa equipa e uma boa transição ofensiva da sua, trouxe justiça ao resultado, mas na verdade e não tentando ser faccioso se o golo era justo, a igualdade no marcador não o era pois a nossa equipa e apesar da excelente réplica do GDC Alcoforado já tinha tido inúmeras oportunidades para dilatar a vantagem.
Até final de registar um ou outra oportunidade de golo para cada lado, inclusive uma bola no nosso poste já nos segundos finais.
Resumindo foi um bom jogo de futsal sob o ponto de vista táctico. A equipa do GDC Alcoforado demonstrou boa cultura táctica defensiva enquanto que o GDC Baronia mostrou bonitas movimentações ofensivas. Quanto a nós o resultado penaliza o caudal ofensivo e as inúmeras oportunidades desperdiçadas pela nossa equipa e premeia a boa cultura táctica defensiva do GDC Alcoforado.




Fotos diversas de árbitros e jogos de todos os escalões


 









Carlos Simão rende Fernando Raposo

No Desportivo de Beja “Rei morto, rei posto”. Carlos Simão rende Fernando Raposo como técnico da equipa sénior.
Carlos Simão e o seu adjunto Luís Crujo, regressaram ontem ao Clube Desportivo de Beja, substituindo Fernando Raposo à frente do comando técnico da equipa sénior da agremiação da Rua do Sembrano, tornando no terceiro treinador nesta temporada, época que foi iniciado por Nuno Mamede.
Jorge Parente, presidente do Desportivo de Beja, fala da “troca de treinadores” e deixa críticas aos jogadores, por “falarem muito e jogarem pouco”.
Fernando Raposo, que substituíra Nuno Mamede, comandou o Desportivo de Beja durante sete jornadas no Distrital da 1ª Divisão, conseguindo 2 vitórias e cinco derrotas, a última das quais em casa frente ao Rosairense, por cinco bolas a zero.
Quanto a Carlos Simão e a Luís Crujo, regressam ao clube depois da "era Baleizão" . Simão iniciou a temporada 2009/ 2010 e foi substituido em 9 de Março de 2010 por José Piteira, quando Desportivo era segundo a 4 pontos do Odemirense, que viria a sagrar-se Campeão Distrital
Artigo de Teixeira Correia
Fonte: http://www.vozdaplanicie.pt/

A inteligência no jogador de futebol

Quantas vezes já ouvimos criticas a forma de falar ou ao conteúdo das respostas dos jogadores nas conferencias de imprensa, por vezes até alvo de chacota e acusadas de pouca cultura, mas será que um jogador de futebol terá de ser licenciado ou culto para jogar futebol?
Claro que não, e nas conferencias de imprensa muitas vezes esquecemos que os atletas para proteger a sua privacidade e mesmo manter as relações de hierarquia no clube são obrigados a não responder de forma objectiva.
Algo que também não podemos esquecer é que a inteligência no jogador de futebol não se mede pela capacidade de verbalizar ideias e pensamentos porque a inteligência deve ser vista como a capacidade que temos para solucionar problemas com os quais nos deparamos, e temos de considerar também a inteligência emocional, espiritual, visual, espacial entre tantas outras, todas elas importantes no desempenho dos atletas.
No caso do futebol a inteligência cinestésica e motora são fundamentais pois refere-se a habilidade para resolver problemas através do uso de partes do seu corpo ou na sua totalidade e um jogador está sujeito a isso durante um jogo de futebol e resolve-as com inteligência e muitas vezes ate poderão ser analfabetos, mas dentro do jogo encontram soluções geniais para os problemas que encontram dentro de campo. Eusébio, Figo, Ronaldo, entre tantos outros seriam doutores no futebol.

henry ford:

«O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência»  

Fonte: http://joaopratestreinadorfutebol.blogspot.com/

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A ansiedade no jogador de futebol, o que dificulta

Este é um dos temas que ainda passa despercebido a quem não vive diariamente dentro do processo competitivo de uma equipa e que também é importante treinar, o controle da ansiedade.
O atleta envolvido no processo competitivo passa pelas mais variadas situações que podem levar ao estado de ansiedade que irá prejudicar o seu rendimento, situações como por exemplo, erros que comete em campo ao jogar, competições intensas, pressão e critica dos adeptos, troca de clube, salários em atraso, lesões inesperadas pelo atleta, perder jogos consecutivos, má relação com colegas de equipa, etc, etc...
Nestas situações, aqui dadas, o atleta pode vir a desenvolver respostas de ansiedade, ou seja, uma resposta física diante de uma situação de ameaça real ou de uma situação interpretada como ameaçadora.
Contudo uma certa quantidade de ansiedade, aquela ansiedade positiva, é importante para se ter um bom rendimento em qualquer tarefa, o chamado eutress, que impulsiona e motiva para realizações dos nossos objectivos.
Em contra partida, o distress, o estresse disfuncional, podem desencadear respostas inadequadas à situação, os pensamentos automáticos comuns a todos os indivíduos, atletas ou não, fazem parte das nossas experiências, pois a ansiedade em alguns momentos é impulsora do desempenho. Os pensamentos automáticos de ansiedade podem traduzir-se numa vontade normal e funcional de entrar em campo para um jogo competitivo, diferente de pensamentos automáticos disfuncionais, indicadores de ansiedade que vão interferir no desempenho e tidos como disfuncionais.
A ansiedade significa o esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações ameaçadoras da sua vida e do seu equilíbrio. A ausência de flexibilidade que o atleta pode ter para responder às situações de ansiedade torna-o “vulnerável”, o que confirma a ausência de recursos para enfrentar o desafio de forma tranquila. Isto pode activar mecanismos de fuga ou evitação no atleta quando, finalmente, não encontra respostas adaptativas, levando-o, inclusive, à interrupção de habilidades motrizes finas.
São vários os indicadores de ansiedade que podemos sentir antes de uma partida, de um treino, tão simples como DILATAÇÃO DAS PUPILAS – a química do medo faz que as pupilas se dilatem, isso diminui a capacidade de a pessoa perceber os detalhes que a rodeiam, mas aumenta o poder de visão geral,nesse momento, o jogador com ansiedade teria uma capacidade de ver o todo, mas perderia pequenos lances. É comum ouvirmos do publico expressões do tipo: “por que não passou a bola para o jogador ao lado? quer fazer o golo sozinho, podia ter passado a bola”, Expressões como essas dão uma alusão de que o jogador não está vendo direito, o que pode ser verdade, pois pode vir a perder sua capacidade de detalhes, uma vez que tem suas pupilas dilatadas pela ansiedade.
ESTIMULAÇÃO DO CORAÇÃO, a maior irrigação sanguínea faz com que o cérebro e os músculos trabalhem de forma intensa, O facto do coração bater acelerado exige maior oxigenação tornando a respiração mais curta, ofegante, nesse correspondente com o atleta ansioso, com o ritmo cardíaco acelerado, o atleta sentir-se-á esgotado fisicamente, muitas vezes não tendo “pernas” para o jogo todo, no caso do futebol de campo, nos 90 minutos. O futebol é um desporto de resistência em que o atleta precisa poupar sua energia o que leva a precipitação, que é um factor que o jogador sente com o aumento da adrenalina. No caso do futebol, as finalizações sofrerão deficits na qualidade, pela activação excessiva; muitas pessoas ligadas ao desporto não entendem porque determinado atleta esta bem nos treinos e no dia do jogo tem uma actuação menor.
BOCA SECA, quantas vezes não se vê os gestos com a língua dos atletas antes de um jogo a molhar os lábios.
TENSÃO DOS MÚSCULOS, qualquer movimento tem uma dosagem certa de tensão nos músculos para ser bem executado, ou seja, a precisão técnica, a ansiedade e a tensão evitam que exista precisão, pois as vias neurais ocupam-se com impulsos de alerta do sistema de luta ou fuga, decrescendo ou inibindo os impulsos precisos, para completar a destreza e o movimento coordenado. Uma boa execução não sucede quando os atletas pensam nela, o que enfatiza que o aprendido em sintonia com a execução de funções automáticas e inconscientes é algo que está livre de toda interferência do pensamento A táctica e a técnica não mudam de uma semana para outra, mas as reacções psíquicas sim.
COGNIÇÕES, com o sistema límbico accionado, os pensamentos automáticos disfuncionais podem invadir a mente do atleta; por exemplo, “tenho que fazer golo”, “não estou a conseguir marcar golo”, “hoje não é meu dia de sorte”, “estou a errar demais”, “se continuar a jogar assim vou ser substituído” etc. Estes pensamentos ameaçam o atleta, e se ele não souber responder adequadamente a esses estímulos internos, o sistema límbico continuará accionado. Sem recursos, os sintomas continuam (sudorese, taquicardia, palidez etc.), cortando o estímulo medular (arco reflexo) para o cérebro, que é quando o jogador começa a pensar. O piloto automático é interrompido e, nesse momento, o atleta experimenta desconcentração, fica confuso, suas pernas não obedecem, interferindo na performance de seus remates, passes ou em outros comportamentos, músculos tensos, além do limite de activação ideal, não respondem ao comando consciente. O atleta perderá seu timing e fluidez.
Poderia ainda falar de mais, mas seria um texto demasiado longo e apenas queria deixar uma ideia para percebermos o que as vezes não percebemos estando a ver um jogo!

Fonte: http://joaopratestreinadorfutebol.blogspot.com