O movimento associativo Ferreira Ativa foi fundado em dezembro de 2003 por iniciativa de um grupo de jovens que comungavam do gosto pela prática de desportos de aventura.
Texto e foto Firmino Paixão
Um projeto com um percurso bem-sucedido, abrangente e multidisciplinar, essencialmente dirigido à comunidade ferreirense e privilegiando o contacto com a natureza. Assumindo-se como a segunda entidade mobilizadora do concelho, depois do futebol, a Ferreira Ativa já formou campeões com grande visibilidade. O kayak polo é uma modalidade que tem levado para Ferreira do Alentejo competições nacionais e estágios de seleções, mas o sucesso deste movimento juvenil não se limita às atividades aquáticas, como revela o seu presidente, José Diogo Branco.
Nove anos depois da fundação, como está o movimento associativo Ferreira Ativa?Ao nível do kayak polo não estamos muito bem, temos poucos atletas, muitos estão deslocados e acabamos por treinar pouco, fazemos por isso, mas gostáva-mos de estar um pouco melhores. Esperemos que no próximo ano possamos contar com mais um ou outro atleta.
Mas a vossa atividade não se limita ao kayak polo…Nas outras modalidades temos o ténis em bom nível, temos o vice- -campeão regional de sub/12, temos também seis atletas no bmx freestyle, no campeonato regional do Algarve, também com boas prestações; no BTT não temos competição mas acabamos por participar em muitos passeios e, ao fim ao cabo, também representamos o nosso concelho. No skate temos alguns jovens a praticar e a participar em provas.
Na marcha atlética estão com enorme visibilidade…Temos agora o Dionísio Ventura, que foi representar a seleção de Portugal no Campeonato do Mundo, na Rússia. Acabou por ser o segundo melhor português mas, infelizmente, não conseguiu o objetivo principal que era os mínimos para os Jogos Olímpicos. Temos estado a apoiá-lo, com uma grande ajuda também do município de Ferreira do Alentejo.
A vossa atividade abrange toda a comunidade dispersa pelas várias freguesias?Sim, por exemplo, no ano passado realizámos a nossa prova por equipas em BTT em Figueira de Cavaleiros, teve um grande sucesso e esteve na origem da formação de uma equipa naquela freguesia. Nos safaris fotográficos vamos sempre para as freguesias e tentamos o máximo possível divulgar todas as nossas atividades por todas as freguesias do concelho.
O movimento tem também uma vertente de prestador de serviços na organização de eventos...A prestação de serviços, desde há dois anos, tem sido muito pouca, temos diminuído as nossas receitas. Para além do apoio que o município nos dá, nós procuramos outras receitas, mas a prestação de serviços tem vindo mesmo a diminuir e, este ano, por exemplo, ainda não tivemos nenhum evento, o que nos retira uma fonte de financiamento direto e que terá a ver com a própria crise que o País atravessa, em que as pessoas deixem de procurar essas atividades
Têm outras fontes de financiamento?Acabamos sempre por fazer algumas receitas, as atividades pagam-se a elas próprias, nomeadamente as recreativas. Aquelas que organizamos para toda a comunidade acabam por ser autossuficientes, mas as atividades de competição são também suportadas por esses eventos e pela quotização dos nossos associados.
As dificuldades do movimento associativo são cada vez maiores…São muitas sim, ninguém faz ideia do que é pôr tanta gente a mexer, nós temos cerca de 65 atletas a representar várias modalidades e isso acarreta muitos encargos, por exemplo com inscrições, só ao nível do ténis, temos sempre despesas fixas, depois os veículos, os seguros, é muito difícil pôr esta máquina a funcionar com o pouco que temos. Mas esperamos poder continuar a fazê-lo, com todo o gosto, porque todos os órgãos sociais do clube ocupam os seus tempos livres nisto e esperamos que no futuro seja possível continuarmos a proporcionar estas atividades e todas as modalidades a todas as pessoas do nosso concelho.
Qual é a vossa representatividade no movimento associativo local?Ao nível de dinâmica desportiva do concelho de Ferreira do Alentejo acabamos por ter cinco modalidades, 65 atletas. Acabamos por ter uma grande amplitude de modalidades e de apoios, fazemos questão de apoiar todos os jovens, porque isto é um meio pequeno, todos merecem a nossa atenção e para isso é que trabalhamos. Às vezes damos um bocado mais de nós para suprirmos certas carências, mas basta-nos ver a satisfação dos nossos jovens quando saem para conhecerem outras paragens e contactar com outros atletas. Esse sentimento não tem preço.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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