A partilha do espaço público viário urbano entre todos os meios de transporte e mais respeito pelos peões e ciclistas foi mote para a manifestação nacional promovida pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (Fpcub).
Texto e foto Firmino Paixão
A praça da República, em Beja, foi o local de concentração dos ciclistas da região, numa ação a que o mau tempo terá retirado alguma expressão, sem deixar, contudo, de cumprir os desígnios da iniciativa.
Perante algumas dezenas de amantes da bicicleta, Manuel Silveira Nunes, membro da Fpcub, deu expressão pública a um manifesto onde se recorda: “As últimas semanas foram tristemente marcadas por notícias de vários atropelamentos de ciclistas e peões”. E frisou que cerca de 39 000 peões e utilizadores de bicicleta são anualmente atropelados em Portugal, em acidentes mortais ou com feridos graves, “mas que são relativizados, numa sociedade cada vez mais motorizada”.
O documento alerta para “a privação do espaço que é imposta a crianças e idosos ao não puderem andar livremente e seguros nas ruas das cidades e aldeias, pois o perigo da circulação rodoviária está em quase todo o lado, até nos parques desportivos e de lazer”.
Entre os manifestantes foi comum o sentimento de que “basta de atropelamentos”, em consonância com o desejo que “os planeadores, decisores e utilizadores saibam que a integração e a coerência da vida urbana também passam pela forma e construção de espaços urbanos onde as pessoas possam usufruir do espaço público sem medo e onde as crianças possam brincar na rua com mais segurança”.
O manifesto realça que “as bicicletas são veículos de pleno direito, não devem ser vistos meramente como brinquedos, mas sim como um meio de transporte tão válido como outro qualquer”.
A ação terminou com um passeio pelas artérias da cidade de Beja.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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