sexta-feira, 5 de julho de 2013

Vítor Luzia, líder do CP Beja quer dinamizar plataformas de iniciação: Uma aposta forte na captação



O novo presidente do Clube de Patinagem de Beja, Vítor Luzia, apresentou-se à grande família do “Imparável” no Memorial João Magalhães, um evento de topo que evoca a memória do seu fundador.

Texto e foto Firmino Paixão
O empresário Vítor Luzia, 38 anos, antigo hoquista, assumiu a presidência do Clube de Patinagem de Beja naquelas que foram as eleições mais concorridas desde sua fundação. O novo dirigente elege como prioridades do seu mandato a captação de mais jovens para as classes de iniciação das diversas disciplinas, dá sinais de novos projetos que não considera oportuno divulgar já, mas assegura que a estrutura diretiva que nos últimos anos esteve no terreno continua intacta, na afirmação de que o clube se manterá “imparável”.

O seu primeiro ato público como presidente foi o Memorial João Magalhães. Um bom princípio?Foi importante e mais significativo num ano em que o clube comemora o 20.º aniversário. Tomámos posse recentemente e a nossa primeira presença pública foi no Memorial João Magalhães, o que nos orgulhou bastante, porque este evento é o exponencial máximo do clube, em que participam todos os atletas nas suas diferentes disciplinas.

Vai dar continuidade a um projeto idealizado por uma figura impar desta modalidade, como foi João Magalhães?É com muito orgulho. Conheci o João Magalhães quando era miúdo. Fui atleta dele, nessa época ainda na secção de patinagem do Clube Desportivo de Beja, que mais tarde deu origem ao Clube de Patinagem de Beja. Já nessa altura João Magalhães era dirigente e nas minhas lides de hóquei em pequenino tive o gosto de o conhecer. Mas sinto um grande orgulho, e sinto também que é uma enorme responsabilidade continuar a sua obra.

Quantos atletas tem o Clube de Patinagem de Beja?O clube tem cerca de 170 atletas, mas o nosso objetivo é crescermos em todas as disciplinas e escalões e, essencialmente, ao nível da iniciação, fomentando ao máximo a captação, porque será isso que nos vai dar lastro para o futuro. Mas já temos hoje uma quantidade de miúdos como nunca me lembro de ter visto.

O que o levou a apresentar uma candidatura à presidência do clube? A minha ligação ao clube retomou­-‑se e foi intensificada quer pela presença dos meus filhos, quer através da equipa de veteranos onde ainda pratico, e as pessoas começaram a falar comigo e a pedir-me maior participação na vida do clube. Entretanto surgiram duas listas que integravam pessoas muito válidas e dispostas a trabalhar, foi a primeira vez que isso aconteceu neste clube, o que é muito bom. Uma lista encabeçada por mim, outra pelo Manuel Covas Lima.

Foi uma disputa renhida?Ganhámos com uma vantagem de três votos. Foram as eleições mais concorridas de sempre neste clube. Tivemos mais de 160 votos num clube que tem cerca de 930 sócios, se calhar não haverá muitos clubes em Beja que consigam ter um ato eleitoral com esta afluência que tivemos. Mas, independentemente da lista que ganhasse, o clube continuaria unido.

Que propostas apresentou para desenvolver ao longo do mandato?O que preconizámos, basicamente, foi uma aposta muito forte na captação de miúdos para a área de iniciação. Gostávamos de voltar a juntar a iniciação do hóquei e da patinagem, como já existiu em tempos e há alguns anos que não se faz. Também pretendemos criar mais condições ao nível de equipamentos para os miúdos que se iniciam na modalidade.

E o regresso da equipa de seniores às competições nacionais?Esse é outro dos objetivos que temos, mas tivemos o cuidado de não nos comprometermos com essa questão. É um objetivo que vamos tentar alcançar, o nosso mandato é por dois anos e este ano será bastante complicado operacionalizar já isso, porque a decisão e a criação das condições tinha que ser tomada num prazo muito curto. É um investimento elevado para a dimensão do clube mas, não sendo nesta época, faremos todos os esforços para que seja na próxima, até para aproveitarmos alguns jogadores que estão a treinar atividade competitiva e outros jovens oriundos da formação.

A patinagem de velocidade foi um dos grandes expoentes…O clube nunca deixou de a praticar. Ultimamente contamos apenas com dois atletas que não residem em Portugal, mas são atletas de eleição que fazem o favor de vestir a camisola do clube nos campeonatos nacionais e nas provas internacionais. Mas o nosso objetivo é reativar a iniciação à patinagem de velocidade.

A patinagem artística é a vertente que está mais equilibrada?Essa disciplina tem bastantes atletas e pretendemos captar ainda mais. Os nossos objetivos nessa vertente é estarmos perto das escolas e dos infantários para captarmos os miúdos o mais cedo possível e aumentarmos o número de atletas que já temos. A qualidade virá a seguir.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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