sexta-feira, 25 de outubro de 2013

José Dinis Gorjão


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O voluntarismo em apitar os jogos interturmas do Desporto Escolar, fê-lo ganhar gosto pela arbitragem, condição que acrescentou ao hábito diário de ler jornais desportivos, retendo conhecimentos que lhe valeram a alcunha de “enciclopédia do futebol”.
O José Dinis foi, talvez, um dos precursores do ciclo de juventude que, nos últimos tempos, chegou à arbitragem bejense. Tirou o curso da A.F.Beja com 16 anos, surpreendido por ser gratuito, e levou com ele outros amigos. “Fiz-me homem a apitar”, revelação sincera de quem está grato ao que a arbitragem lhe tem dado “Já conheci quase todas as ilhas, todo o sul do País e o Alentejo em pormenor”.
Nascido há 28 anos, em Santo Aleixo da Restauração, é sargento do Exército Português e alimenta o sonho de pisar um palco da 1.ª Liga, mas diz, com reservas, “sei que as hipóteses são poucas, há muitos árbitros com qualidade, mas não desistirei de trabalhar para esse objetivo”. Nos 13 anos que já leva de arbitragem pisou durante quatro épocas os palcos da 3.ª Categoria Nacional, sete épocas na 1.ª Distrital, uma na 2.ª e outra como estagiário.
Ser eleito “O Árbitro do Ano”, por cinco vezes, na “Gala da Rádio castrense”, é uma das melhores recordações da carreira “Teve um sabor especial ver o meu trabalho reconhecido pelos críticos especializados”. No sentido inverso, o pior momento, foi assistir a uma bárbara agressão a um colega “tentei protegê-lo das agressões do atleta e levá-lo rapidamente para o balneário”.
Quanto lhe apontam erros, o José Dinis assume-os. “Quando os jogadores me confrontam – Então não viu a falta? - respondo que, se calhar me enganei, que não vi, que vou colocar-me melhor”. No final dos jogos faz uma reflexão crítica com os assistentes. “Não há ninguém mais crítico com o meu trabalho do que eu próprio”.
No diagnóstico à arbitragem bejense, Dinis Gorjão diz que “está de boa saúde, está rejuvenescida, mas ainda precisa de mais juventude” e conclui com a afirmação de que “hoje em dia, só o talento não chega é preciso muito trabalho e dedicação”.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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