sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
O clube precisa “de apoio e carinho”
O Desportivo de Beja entrou com o pé direito no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, competição onde estreou o novo técnico e antigo atleta do clube, o brasileiro Chico Faria, até então monitor da formação.
Texto e fotos Firmino Paixão
O técnico assume o carinho que tem pelo clube e elege como prioridades honrar e dignificar a camisola do histórico emblema bejense. Promete que o grupo se manterá empenhado, não revela outro objetivo que não seja a natural ambição de preservar o prestígio do clube, mas apela aos adeptos e simpatizantes que se reaproximam da equipa, expectante de que os bons resultados produzirão esse efeito de reconciliação.
A equipa tem vindo a subir de rendimento, já se nota aqui claramente a experiência e a metodologia de Chico Faria?O que se passa é que os jogadores já vão assimilando algumas ideias, mas isso é o trabalho deles, peço-lhes muito empenho e dedicação e que desfrutem ao máximo aquela hora e meia por dia em que estamos juntos a treinar, porque, senão, quando chegar o dia do jogo as coisas não saem pelo lado positivo.
Muito trabalho foi a palavra mágica que trouxe para este grupo?Estou farto de lhes dizer que se não houver trabalho não existirão resultados. Temos que olhar sempre em frente, esquecer o que ficou para trás, as coisas agora estão a correr bem, mas ainda estamos no princípio do campeonato, cada vez as responsabilidades vão aumentando mais, e as dificuldades também, porque vamos sendo um alvo a abater e, se não for com trabalho, não conseguiremos dar o passo em frente.
Comparativamente com a prestação na Taça Distrito, o Desportivo de Beja está bem melhor. Só pode estar satisfeito com essa subida de rendimento…Sim, é aquilo que eu disse, estou muito satisfeito e tenho demonstrado essa satisfação aos jogadores, desde que assumi a responsabilidade da equipa não tenho nada a apontar ao meus atletas, porque eles têm dado o máximo, aplicam-se a 100 por cento nos treinos e nos jogos, num ambiente de tremenda camaradagem, e se continuarmos com esse espírito temos tudo para fazermos um bom campeonato.
Houve alterações no plantel, mas também uma nova filosofia de grupo?Vieram quatro novos jogadores para equilibrarmos o plantel e para nos ajudarem. Apesar de o campeonato não ser longo, sempre há castigos e lesões que fragilizam o grupo, são coisinhas que fazem parte do futebol e se nós não estivermos fortes em todos os capítulos, não conseguiremos a nossa melhor produção. Mas também pedi aos jogadores que olhassem um bocadinho para trás, para que não cometêssemos os mesmos erros do passado. Nós aprendemos com os erros, mas também nos motivamos com as vitórias. E o mais importante é que eles, agora, andam felizes.
Seria importante projetar de novo o clube para a primeira divisão distrital: é esse o desafio que está proposto?O que lhes peço é para darmos o máximo que pudermos jogo a jogo, para que ninguém nos aponte nada. Foi isso que me pediram, é isso a única coisa que peço aos jogadores. Que mostremos o máximo de rigor e a maior dignidade, também o maior respeito, sempre, pela equipa adversária. Foi exatamente o que a direção me pediu e é essa a mensagem que passo para o grupo. Vamos praticando estes valores jogo a jogo.
É difícil motivar um grupo que joga apenas por amor à camisola, sem qualquer compensação?Não é fácil, todos sabemos como é difícil a situação que o Desportivo de Beja atravessa, mas se não formos nós, que estamos cá dentro do clube, a dar uma ajuda, não vamos a lado nenhum. Temos que fazer alguma coisa pelo Desportivo e só com a ajuda, o apoio e o carinho de todos, nos bons e nos maus momentos, é que se pode fazer alguma coisa por este clube; naturalmente que com as vitórias será mais fácil percorrer esse caminho.
Seria importante que os bejenses se unissem num forte abraço a este emblema. Já poucos vêm ao estádio ver a equipa…Seria bonito, eu já tive oportunidade de recordar a estes jogadores que, no meu tempo, quando jogávamos, não neste estádio, mas no Flávio dos Santos, tínhamos sempre uma moldura diferente, seria importante agora que víssemos aqui também mais público, mais adeptos do Desportivo a apoiar e incentivar a equipa. Seria uma honra imensa para todos nós, jogadores, técnicos e dirigentes, ficaríamos muito orgulhosos com isso, mas é assim, se formos ganhando, pode ser que as pessoas acreditem em nós e, pouco a pouco, vão regressando.
Que sentimento tem pelo Desportivo de Beja?Eu joguei durante dois anos no Clube Desportivo de Beja, mas estive aqui sempre presente e tenho amor por este clube, apesar de não ser daqui natural, foi o primeiro clube que eu representei em Portugal e fica sempre um carinho e um sentimento mais forte. Gostava que as pessoas que sentem o clube como eu o sinto, e que sempre estiveram ligadas a ele, nos viessem dar uma ajudinha.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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