sexta-feira, 28 de março de 2014
A “Alentejana” está na estrada
Corre-se hoje a terceira etapa da 32.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta, numa ligação entre o Redondo e Mértola, com a extensão de 205 quilómetros, por sinal a mais extensa das cinco desenhadas para esta edição de 2014.
Texto e fotos Firmino Paixão
O terceiro dia da Volta ao Alentejo 2014 marca a transição para o sul da região, deixando para trás a vila do Redondo, um dos berços naturais desta prova desportiva, não apenas pelas tradições velocipédicas da terra, mas ainda, e não menos importante, pela ligação ao histórico autarca Alfredo Barroso, que hoje ainda preside à Assembleia Municipal, mas que durante muitos anos foi suporte fundamental para a manutenção da Alentejana no calendário nacional e internacional. E defensor dos valores que a ela estiveram sempre associados, como a promoção da região e a montra de privilégio para aquilo que eram os anseios das nossas gentes e das nossas terras, numa altura em que a Volta ao Alentejo andava ao colo de muita gente anónima que a conseguiu projetar, não para o lugar que hoje ocupa, porque ela já pisou altares de maior relevo, mas para a sua fixação como acontecimento desportivo fundamental para a região.
Voltemos ao Redondo para deixar a caravana rumar ao sul, numa tirada que se inicia às 10 e 30 horas e cuja chegada está prevista para depois das três e meia da tarde, junto ao Quartel do Bombeiros da Vila Museu, após uma primeira passagem, com disputa de Meta Volante (MV) e das respetivas bonificações. O pelotão passará por Montoito, Falcoeiras, Caridade, Reguengos de Monsaraz (MV) São Marcos do Campo, Amieira, Alqueva, Pedrógão (12 e 40 horas), Orada (12 e 50h), Serpa (13 e 24h), Santa Iria (13 e 27h), Mina de São Domingos (14 e 11h), Mértola (1.ª passagem com MV, 14 e 38h), São João dos Caldeireiros e de novo Mértola. Neste percurso fica de fora a cidade de Beja, à semelhança da edição anterior em que a caravana evitou o perímetro urbano da cidade utilizando a Estrada das Cavadas, entre Boavista e Penedo Gordo, ao que se sabe, por divergências entre a organização e as forças de segurança locais, que se prendem com a falta de regularização de compromissos financeiros existentes e derivados de uma anterior passagem da prova nesta cidade, valores considerados justos por uma das partes, excecionalmente inflacionados pela outra parte. Enquanto a questão não prescreve, Beja ficará na berma da estrada, mas sem ver passar as bicicletas.
Amanhã, a prova visita o litoral alentejano, com uma etapa entre Odemira e Santiago do Cacém (159,2 km), com partida da zona ribeirinha odemirense às 11 e 35 horas e chegada prevista para as 15 e 45 horas, junto ao Pavilhão de Desportos da cidade de Miróbriga. Pelo caminho passará por Zambujeira do Mar (12 e 10h), Almograve (12 e 39h), Odemira MV (13 e 08h), São Luís (13 e 33h), Cercal (13 e 47h), São Domingos (14 e 22h), Santiago do Cacém MV (14 e 51h), Santa Cruz (14 e 58h), Vila Nova Santo André MV (15e 26h), Aldeia Santo André (15 e 32h), Escatelares (15 e 39h) e de novo Santiago do Cacém. No domingo corre-se a designada etapa da consagração, de Alcácer do Sal para Évora, 172.9 km, com passagem por Vendas Novas MV (12 e 46h), Montemor-o-Novo (13 e 19h), Ciborro (13 e 48h), Pavia MV (14 e 42h), Arraiolos MV (15 e 13h) e meta final na Praça do Giraldo, onde a cidade de Évora se reconcilia com a Volta após uma ausência de três anos. Aí serão laureados os vencedores individual e coletivo e os conquistadores dos Prémios de Montanha, Pontos e Juventude.
A garantia da realização da Volta ao Alentejo, pelo menos até 2017, data em que cessa o atual protocolo entre a Podium e a Cimac que suporta a sua organização e a perspetiva de uma eventual requalificação da prova, fazendo subir a sua cotação nos índices da UCI e permitindo a presença de equipas e ciclistas melhor cotados no ranking internacional foram duas notas deixadas durante a apresentação desta edição da Alentejana. No entanto, segundo o diretor da prova e antigo ciclista, Joaquim Gomes, este modelo competitivo favorece mais os interesses do ciclismo nacional, porquanto permite a presença de equipas do escalão Sub/23, que não tem acesso a provas por etapas de nível competitivo superior, opinião corroborada por Delmino Pereira, atual presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, outro vulto do ciclismo português. Entretanto, na tarde de domingo, conheceremos o 32.º vencedor da Volta ao Alentejo, mantendo este singular recorde de nenhum ciclista ter conseguido repetir o triunfo.
O que falta percorrer: 3.ª etapa (28/3) Redondo/Mértola 205 km – passagem por Reguengos Monsaraz, Amieira, Pedrógão, Serpa, Mina São Domingos e Mértola. 4.ª etapa (29/3) Odemira/Santiago Cacém 159.2 km – passagem por Almograve, Longueira, Odemira, S. Luís, Cercal, Sto. André e Santiago. 5.ª etapa (30/3) Alcácer Sal/Évora 172.9 km – Vendas Novas, Ciborro, Pavia, Arraiolos e Évora (praça do Giraldo).
Fonte: http://da.ambaal.pt
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