José Saúde
Contemporizando memórias que paulatinamente se
dissipam num tempo que teima apagar inolvidáveis imagens desportivas
passadas, enalteço, hoje, o campeonato do Inatel (Instituto Nacional
para o Aproveitamento dos Tempos Livres), antiga FNAT (Fundação Nacional
para a Alegria no Trabalho), e o subsequente aproveitamento de gentes
trabalhadoras no que concerne ao seu virtuoso desenvolvimento
desportivo. O Inatel, colateralmente, insere a sua temática em diversas
vertentes desportivas, sendo o semblante mais visível o futebol. Neste
contexto, cito, com rigor, que no mais recôndito lugar neste imenso
Alentejo, existem massas operárias que, nos tempos livres, se dedicam
com dignidade a uma prática desportiva expressamente salutar. Asseguro
que o futebol permanece como imaculada paixão em povoações, ou
lugarejos, distantes dos maiores centros urbanos. O povo, uníssono,
delira com as vitórias da sua equipa e os atletas, efusivamente,
agradecem. Lanço um olhar atento pelo aglomerado demográfico do Penedo
Gordo, tido como um bairro dos subúrbios de Beja, e revejo rostos de
gentes que muito contribuíram, e contribuem, para enaltecer o panorama
desportivo regional bejense. A Associação Cultural e Desportiva do
Penedo Gordo é uma coletividade que há muito se apresenta como uma
escola donde sobressaem jogadores de craveiras reconhecidas. E se no
passado o Penedo Gordo assumiu um papel preponderante na aquisição de
atletas para emblemas de maior dimensão regional, no presente a história
repete-se. Na atual época, 2013/2014, a ACD Penedo Gordo sagrou-se
campeã distrital do Inatel, vencendo a turma de GDR Luzianes no Complexo
Desportivo Fernando Mamede, em Beja, por 2-0. António Calatróia,
treinador, e todo o staff, plantel e dirigentes, são pessoas orgulhosas
pelo brilhante trabalho feito, assumindo-se, também, como dignos
representantes de um povo que, literalmente, soube sempre defender a sua
coerência desportiva.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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