José Saúde
Vamos proclama-los como a tribo dos 
“guerreiros”! Homens que permanecem isentos às contingências de uma vida
 que já vai longa. Tiveram em comum o prazer pelo futebol. Foram 
idolatrados e aclamados como semideuses no interior das quatro linhas. O
 tempo encarregar-se-ia de os separar mas as suas imagens continuaram a 
brilhar numa sociedade desportiva que outrora os aplaudiu. “Guerreiros” 
que foram exímios jogadores de Beja. Deixaram as suas marcas no 
Desportivo, no Despertar e mais tarde nos escalões de formação da Zona 
Azul. A sua entrega aos emblemas da cidade foi sublime. Nada a obstar 
que requeira uma inusitada observação menos credível. Craques que 
transportaram consigo o nome da velha Pax Julia nos palcos nacionais. 
Alguns, envergaram as camisolas de grandes emblemas lusitanos; outros, 
defenderam com audácia os clubes da cidade. A sua peleja, visando 
enaltecer a agremiação que honradamente defenderam, fora elevada. Hoje, 
vergados ao peso da idade, são ilustres portadores de feitos desportivos
 que embelezam a montra das consagradas glórias do passado. Revejo as 
finezas de antigos campeões que dignificaram as cores que exibiram em 
franca apoteose. Para trás ficou um catálogo de enormes recordações. 
Todos, creio, sonharam por um reencontro com antigos companheiros. Um 
momento para reviver amigos que parecia dissipar-se num tempo sem tempo.
 A intensidade da vida moderna obriga a trajetórias impensáveis. Mas os 
“guerreiros” sonharam. Sonharam pelo reencontrar amizades passadas e 
pelas subtis conversas do balneário. Sonharam em partilhar pormenores 
dos velhos dérbis. Dos treinos e da receção aos novos craques. Das 
épocas de sonho, ou de maldição. No lampejar das estrelas escreviam-se 
inequívocos desejos. Faltava o clique. No próximo dia 20 de setembro, 
sábado, com o acolhimento aos convivas marcado para as 12 e 30 horas 
junto à piscina municipal de Beja, a tribo dos “guerreiros” 
reencontrar-se-á para um almoço/convívio, 13 horas, onde dissecarão 
velhas histórias que jamais se esquecerão.  
Fonte: http://da.ambaal.pt
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