Num conhecimento considerado profícuo ao futebol de formação, opino que é no escalão de juniores que se fixam as opções válidas para os dirigentes dos clubes joeirarem a qualidade de jogadores que poderão, ou não, integrar o plantel sénior. Numa conceção credível ao fenómeno evolutivo dos atletas, julgo que a paulatina transformação que o miúdo se depara com o progredir na sua adolescente carreira, estabelece indestrutíveis metas que o conduzem ao mundo dos sonhos. Cada passagem para o escalão superior é um alvo atingido e o miúdo traça de imediato planos futuros. O auge dos sonhos é a passagem à equipa principal. Neste contexto, a imprevisibilidade de uma eventual negação ao escalão supremo do futebol juvenil assemelha-se a uma bomba de neutrões que explode num deserto de fantasias e que agita a configuração derradeira dos novos craques. Sei que na presente época desportiva, 2014/2015, à semelhança da anterior, o escalão de juniores A na AFBeja foi abolido. Uma mão cheia de filiados apresentaram-se disponíveis para uma inscrição, mas depressa as suas intenções se desmoronaram. Assim sendo, a determinação da associação passou por cancelar a competição, ficando o cenário desolador e, sobretudo, coxo no seu teor. Uma panóplia de indecisões que eduzem possíveis danos a jovens jogadores que se consideram, quiçá, sonegados de uma rotina competitiva e, logicamente, a um inesperado senão a um escalão onde era suposto concluírem a sua formação. Há várias teorias a circular nos meandros do futebol dos mais novos, que apontam para uma metodologia onde a idade privilegia a interação entre o escalão e os anos que o jovem apresenta. Comentam, também, os responsáveis dos clubes da estrutura associativa, que a idade de juniores é complicada. É o tempo de partida para outros patamares estudantis. Não obstante o vazio deparado, existe, porém, a certeza que o escalão de juniores A é simplesmente a rampa de lançamento para a equipa principal. Ponto final!
Fonte: http://da.ambaal.pt
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