José Saúde
Pesquisando relíquias de um passado onde o
universo desportivo gizava horizontes de esperança, encaminho a minha
crónica para Mértola donde se extraem acontecimentos que honradamente
elevam a Vila Museu ao púlpito. Foi no ano de 1924 que surgiu pela
primeira vez uma coletividade no povoado que dava pelo nome de Sporting
Clube Mertolense. Como mentor do movimento desportivo que gerava
baluartes de emoções esteve Eduardo Fonseca, um anfitrião que residia em
Lisboa, sendo contudo José Peste o impulsionador desse primeiro clube
mertolense. Pouco tempo depois a agremiação deu lugar à formação do
Guadiana Football Club. Uma camisola encarnada com gola branca, calções
brancos e meias vermelhas, foi e é o equipamento do atual Clube Futebol
Guadiana, fundado em 1 de janeiro de 1947. Sabe-‑se que o primeiro campo
de futebol situava-se no recinto do velhinho castelo. Os tempos
passaram, o desporto, bem como as suas diversificadas vertentes
evoluíram e Mértola é uma vila em franca expansão. O Guadiana, com a sua
equipa principal, está na I divisão da AF Beja e os responsáveis jamais
descuraram a componente da formação. Por outro lado, as águas do grande
rio do Sul permitem que Mértola retire outras valências desportivas do
meio ambiente que rodeia o burgo. O Clube Náutico é uma organização
comunitária que muito contribui para o desenvolvimento da região
alentejana. Com instalações próprias, viradas para o rio, ali se
concentram atletas para estágios de alta competição. A canoagem é uma
das insígnias mertolenses que leva o nome do Baixo Alentejo ao mais
recôndito lugar deste imenso globo terrestre. Em Mértola arquitetam-se
campeões, constroem-se amizades e disseca-se o fenómeno desportivo ao
mais alto nível. E se o futebol é um bem que perdura há 90 anos, as
canoas “seguem de vela erguida”, assumindo-se como o expoente de uma
província que permanecerá no auge para a ascendência de canoístas
nacionais e internacionais.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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