sexta-feira, 6 de março de 2015

Um palmo e meio de talento

06-03-2015 10:00:52
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O Programa Escolas de Futebol 2015 Encontros de Traquinas e Petizes, patrocinado pela Associação de Futebol de Beja, com organização de diversos clubes seus filiados, já está no terreno.

Texto e foto Firmino Paixão


A primeira etapa destes convívios para jovens futebolistas traquinas (oito e nove anos) e petizes (seis e sete anos) realizou-se em Beja (oito clubes e 18 equipas) e Ourique (sete clubes e nove equipas), com organizações a cargo do Despertar Sporting Clube e do Ourique Desportos Clube.
Num como noutro campo, e nos restantes onde estes convívios irão decorrer, os objetivos são comuns: ocupar os tempos livres, promover o gosto pela prática desportiva, desenvolver a personalidade facilitando a socialização. Ou, numa só palavra, formar.
Na cidade de Beja o presidente do Despertar, Alexandre Leal, confirmou esta ideia. “Os resultados são o que menos importa, o importante é que as crianças se divirtam, que confraternizem e se conheçam umas as outras, ganhem espírito de equipa, respeito umas pelas outras e também pelos árbitros, que conheçam as regras do jogo e que se tornem melhores pessoas”.
O dirigente assinalou: “Foi uma festa para os miúdos, uma festa para os pais e para os outros familiares e seus acompanhantes, participaram muitas crianças e tivemos a sorte de organizar o primeiro encontro, a primeira vez é sempre aquela que traz mais motivação às pessoas, não fomos muito abençoados pelo tempo, porque começou a ficar frio e reduzimos um bocadinho a atividade dos miúdos”. E ainda foram umas boas dezenas de jovens, mas Alexandre Leal explicou: “Podiam ter sido mais, pelo menos pela nossa parte, e acredito que pelos outros clubes também, mas muitos atletas nestas idades ainda ficaram de fora da competição”. E a explicação não tardou, o líder do Despertar lembrou: “Os miúdos que participam nestes convívios têm, obrigatoriamente, que estar inscritos na associação de futebol, e isso tem custos que se refletem, muitas vezes, num exame médico que os pais terão que pagar, mas como os tempos estão difíceis os pais adiam a inscrição e quando chega a altura dos encontros os miúdos não podem participar. Mas explicar isso a um miúdo nesta faixa etária é muito difícil. Nós pretendemos reunir com a Associação de Futebol de Beja nesse sentido. É certo que ainda não manifestámos essa intenção, teremos que o fazer, mas o que acontece é que existem algumas exigências, há uma ficha de jogo, há uma vinheta e os miúdos que não têm vinheta não podem constar da ficha de jogo, logo não podem participar”. Controverso, ou não, é a realidade e Alexandre Leal reforçou essa ideia. “Não existe competição, aquilo que a associação pretende fazer, e bem, é fomentar o desporto, fazer com que as crianças se divirtam, por isso é um pouco controversa a impossibilidade de os miúdos participarem pelo facto de não estarem inscritos na associação”.
Os próximos encontros vão ocorrer em Ferreira do Alentejo (14/3) e castro Verde (21/3) depois de uma ronda de abertura que espelhou a boa organização do Despertar ao nível da formação, apesar de o seu presidente considerar: “Temos que melhorar muito, estamos longe da perfeição, esta direção já herdou uma escola, uma organização e o conhecimento, mas estamos a trabalhar diariamente para seremos cada vez melhores, necessitamos, principalmente, de criar uma estrutura ainda mais forte e possibilitar aos miúdos a melhor prática desportiva para que eles se sintam bem connosco, porque esse é o objetivo principal”. Sobretudo, porque em cada um destes miúdos reside um sonho. “Estiveram aqui alguns miúdos que no futuro nos irão dar muitas alegrias, não sei se só ao nível do futebol distrital, mas ao Despertar darão muitas alegrias enquanto fizerem a sua formação connosco, o futuro pertence-lhes, mas acho que temos aqui muito potencial para trabalhar”, concluiu.

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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