sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Um objetivo pragmático
O Futebol Clube castrense está a fazer a sua estreia no Campeonato Nacional de Seniores. Um clube financeiramente equilibrado, mercê de uma gestão rigorosa e que procura fixar-se no escalão nacional.
Texto e foto Firmino Paixão
Nos dois primeiros jogos a equipa conseguiu um empate e uma vitória, ou seja, um início prometedor rumo aos objetivos traçados, a manutenção do clube a este nível. Com uma equipa reforçada e o plantel ainda em aberto, o castrense apela à união dos desportistas da região para que o Baixo Alentejo consiga reforçar a sua posição nos campeonatos nacionais. Carlos Alberto Pereira, presidente do clube, está avisado para as dificuldades que a equipa vai encontrar, mas otimista quando ao seu percurso, por isso refere que “estamos a fazer tudo aquilo que é possível para conseguirmos um plantel que nos permita atingir os nossos objetivos neste campeonato, que é a manutenção, não queremos mais do que isso”.
Os desafios são mais exigentes e, sendo uma equipa amadora, pretende-se uma atitude mais profissional no desempenho?
Os atletas neste campeonato, de uma forma geral, já são jogadores muito experientes e com uma qualidade técnica considerável. Cada vez é mais difícil arranjar jogadores no nosso distrito para formar uma equipa para o Campeonato Nacional de Seniores. Dentro das possibilidades do clube contratámos alguns jogadores do Algarve, com alguma experiência e que certamente nos vão ajudar a atingir o objetivo. Estamos conscientes de que será muito difícil, mas quanto maiores forem as dificuldades, maior terá que ser o nosso esforço.
A equipa perdeu alguns atletas que foram campeões na época passada, mas seguramente que se apetrechou com outros de muita qualidade?
Estamos contentes com o desempenho de todos os reforços que contratámos, mas o plantel também não está fechado e já durante a semana chegou mais um jogador, o defesa-esquerdo Jackson. Virá também o Muzemba e ainda precisamos de mais um ponta de lança. Com esses três elementos penso que o plantel ficará fechado e equilibrado.
Tudo dentro de um orçamento que habitualmente é contido e rigoroso?
Neste campeonato as ajudas deviam ser maiores. Só para termos uma ideia, a organização do jogo com o Cova da Piedade custou ao castrense para cima de 1 100 euros e, no nosso distrito, conseguir uma receita equivalente, num só jogo, é algo extremamente difícil. Tivemos uma casa razoável, mas nem conseguiremos receita equivalente a metade das despesas.
Só a ambição e a responsabilidade foram reforçadas?
Claro, e o nosso esforço e empenho terão que ser cada vez maiores, esperando também que as pessoas participem, que todos aqueles que gostam do castrense e os que gostam do futebol de uma maneira geral nos ajudem a superar as dificuldades. Precisamos de ter mais clubes a representar a nossa região.
Será desejável que a manutenção seja conseguida logo no final da primeira fase da prova?
Será muito difícil mas, se o conseguirmos, será um grande feito. Conheço as equipas e vejo que são conjuntos muito fortes e o campeonato vai ser muito difícil, não só para nós, mas também para todas os outros clubes. Agora nós temos é que trabalhar para enfrentarmos todos os jogos, conseguindo, no mínimo, pontuar fora de casa e tentarmos vencer no nosso campo. Mas se não o conseguirmos, também não será nenhum drama, isto é apenas um jogo e o futebol é assim mesmo.
Sem as equipas açorianas a Série H ficou mais regional e talvez mais acessível?
Em termos de deslocações é verdade, em termos de qualidade das equipas acho que não. Relativamente ao que conheci do ano passado, a qualidade das equipas aumentou, e vejamos, por exemplo, o Cova da Piedade, com quatro jogadores que já foram titulares em clubes da 1.º Liga, e muitos que já passaram pelas camadas jovens dos grandes clubes.
No domingo joga-se para a Taça de Portugal, com um novo figurino e com um adversário que será o Vasco da Gama da Vidigueira.
Gosto deste novo figurino, só peca por tardio. Jogar em casa é sempre melhor mas, com um adversário muito difícil, temos que o respeitar como se fosse uma equipa do nosso campeonato. Na época passada fizeram um distrital excecional e não subiram porque nós, na parte final, suplantámo-nos e conseguimos esse feito. É uma equipa difícil, encararemos o jogo de uma forma muito séria, para tentarmos passar a eliminatória – é o nosso objetivo.
Este é o patamar onde o castrense está por mérito próprio e é aqui que o quer deixar quando cessar o seu tempo de liderança no clube?
Gostava de deixar o castrense neste campeonato mas, mais do que isso, deixar o clube como tem estado até agora enquanto eu fui o líder, ou seja, estável e com uma gestão responsável, porque as boas lideranças não se avaliam enquanto a pessoa está, mas quando a pessoa sai.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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