Aconselha a indelével razão de o ser que as enviusadas vidas desportivas sejam férteis em hospedarem vertentes que se pretendem incessantemente indestrutíveis. Recuo no tempo e revejo irrefutáveis desejos que levavam o jovem a imiscuir-se numa componente atlética inexorável. As convicções pessoais variavam consoante o objetivo que cada um dos adolescentes porfiava. Reconhecendo que o futebol reunia um maior consenso, e disso não restavam dúvidas, ainda assim não é absurdo reavivar memórias e trazer à estampa a indelével carga desportiva que consumia rapazes que se dividiam pelas modalidades deparadas. A disciplina de educação física na escola ostentava princípios básicos para um lapidar de confrontos amigáveis entre os estabelecimentos de ensino. Viajo sobre as ondulantes nuvens do tempo e recordo a azáfama da rapaziada em redor de uma modalidade que entretanto se entranhava na sua imensurável simpatia. Hoje, tudo se processa em sentido diametralmente adverso. E se antigamente a juventude enraizava as apetências nas circunstâncias escolhidas, agora as crianças dispersam- -se pelas diversificadas permissões que o mundo do desporto proporciona e vestem pomposos equipamentos de marca. A minha mocidade, parca em fardamentos apropriados, foi fértil na construção de atletas de eleição. Sugere-me a indelével amizade que nutro por todos os companheiros que comigo alimentaram fantasias, algumas com o sucesso, que destaque com a devida vénia Fernando Mamede. É óbvio que poderia recordar um leque de amigos que abrilhantaram a sua arte no cosmos desportivo, contudo, não pretendo entrar pela exaustão e recordar o antigo campeão mundial dos 10 mil metros, Fernando Mamede. O bejense, atleta do Sporting CP, carimbou o louvável título no dia 2 de julho de 1984, em Estocolmo, Suécia, com o tempo de 28, 21 e 87, batendo nesse meeting o adversário direto, Carlos Lopes. Não obstante o decair das épocas, a imagem de Mamede mantém--se inalterável nas paragonas do atletismo mundial e o seu nome jamais será olvidado. Fica a merecida referência.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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