sexta-feira, 1 de abril de 2016
A remar para o futuro
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Wengorovius Ferro Meneses, presidiu à inauguração da primeira fase da Pista de Canoagem e Remo na Tapada Grande da Mina de São Domingos.
Texto e fotos Firmino Paixão
O novo equipamento já recebeu um investimento quantificado em cerca de 370 mil euros, cofinanciado pela Câmara de Mértola (58 por cento) e pelo Proder (42 por cento), e foi oficialmente inaugurado no final do Plastex Riders Trophy, competição de canoagem que ali reuniu atletas de vários países.
O novo equipamento terá sustentabilidade através da presença de equipas nacionais e internacionais que ali possam estagiar, assumindo-se como ferramenta potenciadora do desenvolvimento daquela terra que, outrora, foi um importante centro mineiro.
O equipamento será valorizado com a montagem de sistemas de largada, uma torre de chegadas e um hangar, investimento que rondará mais cerca de 300 mil euros.
Está, assim, concretizado um desejo antigo dos dirigentes do Clube Náutico de Mértola, e o presidente ainda em exercício, Carlos Viegas, assumiu: “Concretizou-se um sonho meu e do Clube Náutico de Mértola, um objetivo intuído e sonhado há mais de 25 anos, mais uma fase de um projeto que reputamos de estruturante para o clube, para o concelho, para a região e para o País”. Lembrando: “Esta é a segunda pista de canoagem de que Portugal passa a dispor”, e, entre vários agradecimentos, destacou o associado n.º 1 do clube, Jorge Pulido Valente, lembrando que “tudo isto começou com as suas canoas”.
Numa alusão muito direta à oposição que recentemente concorreu aos órgãos sociais do clube, deixou outro agradecimento: “A todos aqueles que têm criado dificuldades e colocado entraves ao nosso trabalho, sem eles não teríamos tido tanta força e o resultado não seria tão bom, nem nos daria tanto prazer estarmos aqui a comemorar esta vitória”.
Tomou então a palavra o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, prometendo que a federação tudo fará para que a Mina de São Domingos seja palco de eventos desportivos regionais e nacionais. E lembrou: “Este ano as nossas seleções olímpicas, feminina e masculina, já aqui estagiaram, preparando os Jogos Olímpicos”. Saudou a presença do secretário de Estado que tutela o desporto e felicitou o município de Mértola e o Clube Náutico, destacando Carlos Viegas e aquilo que considerou ser “o seu espírito sonhador que, por vezes, roça um pouco a loucura, mas sem ele não seria possível estarmos hoje a inaugurar esta instalação”.
Mas também o governante João Meneses quis referir que “esta pista tem todas as condições para apoiar a prática desportiva das gentes de Mértola, mas pode também representar uma mais-valia para o desenvolvimento do turismo de pendor ecológico e desportivo, nesta vasta e belíssima região do País”. E acrescentou que “se a prática da canoagem já apresenta um grande vigor em Mértola, e isso deve-se em grande medida ao excelente contributo do Clube Náutico, de agora em diante teremos um centro ainda de mais excelência a sul do Tejo, quer para o alto rendimento, quer para a prática de lazer”. Por fim, enalteceu os resultados verdadeiramente assinaláveis que o Clube Náutico tem conseguido com os seus escalões de formação.
As últimas palavras couberam ao autarca anfitrião, Jorge Rosa, que agradeceu a todos os parceiros que se empenharam no projeto, nomeadamente à Federação Portuguesa de Canoagem “por trazer eventos para a Mina de São Domingos”, dizendo esperar que se continue a percorrer este caminho em conjunto.
O presidente do município de Mértola quantificou o montante do investimento e explicou: “Foi uma intervenção global, falamos na pista porque é o elemento mais importante, mas incluímos a renovação do anfiteatro, a extensão do bar da praia e os balneários de apoio à pista”. E referiu ainda: “Estamos muito felizes por termos aqui mais este equipamento, sabemos da importância desta pista, quer para a Mina de São Domingos, quer no contexto nacional, e estamos duplamente felizes por este investimento acontecer na Mina de São Domingos, porque a história desta terra é inapagável, o seu passado histórico é fascinante, é uma terra muito importante no contexto municipal e regional, por isso, temos de a recolocar no contexto do desenvolvimento da região, nem que seja na vertente do turismo”.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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