O Sporting Clube de Viana do Alentejo vive um momento inédito no seu historial, depois da conquista do Campeonato da Divisão de Elite da AF Évora e de ter assegurado a promoção ao Campeonato de Portugal Prio.
Texto e foto Firmino Paixão
O relvado sintético do Campo de Jogos João Sousa Faria e Melo, em Viana do Alentejo, receberá, nesta época, e pela primeira vez, jogos do Campeonato de Portugal. O Sporting Clube de Viana, filial n.º 104 do Sporting Clube de Portugal, fundada em 28 de maio de 1944, é atualmente o único representante da AF Évora a competir a este nível. O presidente do clube, o empresário João Miguel Anéis, 42 anos, não esconde que “é um grande orgulho, mas é o fruto do trabalho de alguns anos. Temos trabalhado com o objetivo de estarmos nas finais da Taça do Distrito de Évora, ganhámos duas consecutivas, a última deixámo-la escapar, mas vencemos o Campeonato da Divisão de Elite, que nos deu acesso a participar no Campeonato de Portugal Prio. Foi um sonho que demorou quatro anos a concretizar mas, atualmente, é uma realidade com a qual nos confrontamos e em que estamos empenhados”.
Sendo o Sporting de Viana um estreante nestas andanças, não sabemos se com poucos ou muitos recursos, quais são os objetivos para a época?Os recursos são os mesmos do passado recente, estamos a procurar novos patrocinadores para enfrentarmos este novo compromisso. Vamos disputar uma prova onde teremos outra visibilidade, trata-se de um campeonato nacional, com novas equipas e novos públicos, mas também novas exigências. Queremos divulgar a nossa terra, os apoios aumentaram ao nível dos patrocinadores que tínhamos até agora, mas não podemos, nem devemos, sair muito do nosso orçamento.
Vão projetar a época focados apenas na manutenção?O nosso objetivo é sempre a manutenção no Campeonato de Portugal, mas também estamos focados na Taça de Portugal, prova onde queremos chegar o mais longe possível. No passado, enquanto vencedores da Taça Distrito de Évora, atingimos uma segunda eliminatória, mas depois fomos eliminados na terceira, gostávamos de chegar um pouco mais longe.
O plantel está preparado para as novas exigências?Mantivemos todos os jogadores que quiseram ficar connosco, a prata da casa é algo que nós sabíamos que tinha uma grande qualidade. Queríamos manter os jogadores que nos ajudaram a subir de divisão. Conseguimos alguns reforços e a equipa está praticamente delineada embora ainda seja possível chegar alguém que possam ser efetivamente uma mais-valia.
A comunidade local apoia o Sporting e revê-se neste esforço que tem vindo a ser feito?As pessoas de Viana do Alentejo, sócios e adeptos, reveem-se completamente no seu clube. Apoiam, vêm ajudar e acarinham muito os nossos jogadores. Viana do Alentejo tem sido espetacular nesse aspeto, é uma vila que não olha para a equipa por ser o seu clube, olham e acarinham os jogadores como pessoas que são.
Sporting de Viana, Aljustrelense e Moura, três emblemas sul alentejanos competirão todos na Série H…Será importante que todos tenham sucesso. Que se unam, como acontece noutras regiões onde existem várias equipas, nomeadamente o Algarve que tem cinco ou seis clubes nesta série. Se estivermos unidos, e repare que aqui podiam estar o Juventude e o Atlético de Reguengos, e aí haveria uma certa equivalência em número de equipas, mas eles não conseguiram a manutenção. Vamos ver se no próximo ano sobe alguma e se as que estão se mantêm, para termos uma representação mais consistente e demonstrarmos que no Alentejo também existe grande qualidade de futebol.
Este projeto começou com a vinda de José Pratas para treinador principal e de repente ele saiu.Estávamos muito felizes com a qualidade de José Pratas, e com a qualidade do conjunto de jogadores que temos. A direção quis ir buscar para o nosso clube um grande treinador como é José Pratas que veio acompanhado de uma excelente equipa técnica. Mas tem tanta qualidade que foi convidado para treinar na Hungria (adjunto de Leonel Pontes, no Debrecen) e nós, que estávamos com uma grande expectativa para este campeonato, ficámos sem José Pratas, mas até ficámos satisfeitos por ele e a sua equipa técnica vai continuar o trabalho feito até aqui e que os jogadores estavam a gostar. Não quisemos impedir José Pratas de abraçar outro projeto, achamos que ele vai ser bem-sucedido e que ainda ouviremos falar muito bem dele no futebol.
O Pedro Sanina, que era um dos adjuntos, esteve para assumir a equipa?Convidámo-lo para isso, reunimo-nos mas não houve acordo. Acreditávamos, sem qualquer margem de dúvida, que o Pedro Sanina continuaria o trabalho com enorme competência. Entretanto tínhamos outras opções com o mesmo perfil, e acabámos por contratar o João Daniel Rico (ex-Piense), cujo currículo e experiência nos dão garantias de ser bem-sucedido ao abraçar o nosso projeto.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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