sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O castrense é candidato


O Futebol Clube castrense regressa ao trabalho para disputar mais um Campeonato Distrital da AF Beja, com os olhos postos no imediato regresso ao Campeonato de Portugal, de onde saiu na última época.

Texto e foto Firmino Paixão


Sem feridas para sarar pela recente despromoção do Campeonato de Portugal, o castrense regressará ao trabalho no próximo dia 27, mantendo Luís Coelho como treinador da equipa. Não há feridas, mas existem mágoas no discurso do presidente Carlos Alberto Pereira, que reclama um apoio efetivo das entidades que tutelam o futebol. Tido como forte candidato à presidência da AF Beja, renunciou quando soube que José Luís Ramalho se recandidatava e aceitou renovar o seu mandato no castrense. Um dia depois, foi surpreendido pela renúncia do atual líder da associação.


O castrense é candidato à vitória no próximo campeonato distrital?Formámos uma equipa competitiva com o objetivo de regressarmos aos nacionais, aliás, o castrense sempre que disputar o campeonato distrital assumir-se-á como candidato à subida de divisão. Queríamos ter ficado no campeonato nacional, temos todas as condições para competir a esse nível, infelizmente não o conseguimos, não direi por demérito da equipa, mas mais por falha da direção, por não termos conseguido, na última fase do campeonato, arranjar reforços que assegurassem a manutenção. Mas o castrense, com a gestão responsável que tem, nunca hipotecará o seu futuro para se manter nos nacionais.


O plantel sofreu algumas baixas mas, seguramente, terá alguns reforços.Apostámos no técnico Luís Coelho para regressarmos aos nacionais e o plantel está praticamente fechado. Penso que ficámos com uma equipa claramente candidata a subir de divisão, no entanto, teremos de respeitar os nossos adversários, porque também têm muito valor. É um campeonato onde temos quatro ou cinco equipas que poderão lutar pelo título.


A despromoção não deixou feridas difíceis de sarar?A nossa postura no futebol é vivê-lo com o intuito de ganhar, mas se a derrota acontecer não será nenhum drama. Temos de ter a consciência que fizemos o máximo ao nosso alcance para atingirmos os objetivos mas, por vezes, o nosso máximo não chega para lá chegarmos e temos de continuar a trabalhar para melhorarmos dia a dia e cada vez sermos melhores e mais capacitados para o árduo trabalho de manter o clube no campeonato nacional ou até distrital. Hoje em dia também é mais difícil arranjar pessoas para trabalhar de forma gratuita em prol dos clubes.


Parecem palavras de desânimo.Sabe que a Associação de Futebol de Beja e a Federação Portuguesa de Futebol cada vez estão mais longe da ajuda que podiam dar aos clubes? Cada vez mais servem-se dos clubes para determinados fins. São entidades que deviam existir para ajudar os clubes e não para se servirem deles, como acontece atualmente. E os clubes, de certa forma, têm receio dessas entidades que, principalmente, servem para criar regulamentos e penalizar os clubes. Não para os ajudar.


Existiram rumores sobre a sua provável candidatura à presidência da AF Beja.Tinha uma equipa formada para ser candidato à presidência da AF Beja, mas nunca iria ser concorrente do presidente em exercício, que me tinha dito que iria continuar. Então recuei com o meu projeto de candidatura, sendo que no dia em que o castrense, em assembleia-geral, me pediu para continuar, condição sem a qual não haveria direção, eu dei a minha palavra ao castrense para que não ficasse com um vazio diretivo. No dia a seguir o ainda presidente da AF Beja informou-me que, afinal, já não se recandidatava. Foi um processo um pouco estranho ao nível das coincidências, mas foram os factos que ocorreram.

O castrense apoiará a solução encontrada, uma lista vinda do interior da própria AF Beja?O castrense gostaria que a AF Beja tivesse um presidente que já tivesse sentido aquilo que é a dificuldade de gerir um clube. Se fosse assim certamente iria virar as agulhas no sentido de apoiar os clubes como eles realmente precisam.


Quando se fala do FC castrense tem de se falar de um clube eclético, onde, para além do futebol, existem outras modalidades?O castrense tem mais de 350 atletas federados. A época passada correu mal à equipa principal, mas foi excelente ao nível das outras modalidades e também para a equipa B. Tivemos uma excelente participação do futebol feminino, onde fomos até às meias-finais da Taça de Promoção e conseguimos o 5.º lugar no campeonato. Por isso, perdemos mais duas atletas para a divisão de elite, mas estamos felizes, porque é o reconhecimento do nosso trabalho. O hóquei em patins teve um ano fantástico, com a melhor classificação de sempre na 3.ª Divisão. Na patinagem artística tivemos vários campeões regionais e no atletismo, para além dos títulos distritais, tivemos um campeão nacional.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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