Um invulgar body step

Um quarto de hora depois das sete na tarde. Hora de ponta na superfície comercial. Os carrinhos de compras cruzam-se, impulsionados por clientes concentrados nas melhores escolhas e nos mais baixos preços.

Texto e foto Firmino Paixão

Ouvia-se um repetido “pic-pic” vindo das caixas, era a sonoridade dos leitores de códigos de barras que projetam os preços para a fatura final. Uma rotina repentinamente quebrada. Soam uns acordes bem ritmados vindos de uma coluna estrategicamente colocada. Não tardou que Carlos Marreiros, vindo nem se soube de onde, pegasse num step e ensaiasse os primeiros movimentos. Aos poucos foram surgindo mais e mais alunos, mais e mais steps, vindos de todos os lados, e o grupo tomou volume, cerca de 40 praticantes. Era a turma de desporto Marreiros Body Step a surpreender os clientes do Continente com um flash mob (concentração inesperada) de cor e ritmo.
Mas não foram muitos os minutos, talvez uns 15, e tão depressa como se tinham reunido, assim dispersaram para diferentes locais, ainda havia gente de telemóvel em punho a registar este surpreendente movimento, que queimou o stresse de um dia de trabalho.
Carlos Marreiros, licenciado em Desporto, explicou que: “O primeiro objetivo da nossa turma é a união do grupo, construí-                                       mos uma família através de atividade física devidamente orientada, com exercícios corretamente executados e é também uma forma de nos divertirmos”. E, naturalmente, de surpreenderem as pessoas onde quer que seja, como aconteceu naquele final de tarde na superfície comercial: “Sim, mas temos feito demonstrações no Centro de Paralisia Cerebral de Beja e Cercibeja e para a Liga Portuguesa Contra o Cancro. São convites irrecusáveis, porque, além de promovermos a atividade física, também sensibilizamos as pessoas a ajudarem essas instituições”. Neste caso, lembrou, “pensámos um flash mob na área do step, porque não é muito vulgar e como temos uma aluna que trabalha no Continente, foi a própria que o articulou e o retorno foi muito positivo”.
Fonte:  http://da.ambaal.pt