Os atletas Valdo Pato e Cláudia Félix foram os vencedores absolutos da II Corrida de Obstáculos dos Bombeiros Voluntários de Moura, competição solidária, que reuniu cerca de 140 participantes.
Texto e fotos Firmino Paixão
Foi uma boa resposta da comunidade mourense a esta proposta conjunta do município de Moura e dos seus bombeiros voluntários, através de uma prova de corrida (seis quilómetros) e caminhada (três quilómetros) pelas principais artérias da cidade, em que a verba angariada nas inscrições reverteu na totalidade para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moura.
A prova de corrida, uma espécie de trail urbano, desenvolveu-se através de um percurso com 30 obstáculos, que os atletas tiveram de ultrapassar. O mais lesto, vencedor absoluto da corrida, foi Valdo Pato, 26 anos, natural de Santo Amador e militar na Guarda Nacional Republicana, no Posto Territorial de Barrancos. “Uma prova algo rigorosa, que puxou muito pelo físico dos atletas. Na região não estamos muito habituados a provas de trail nem de obstáculos e sentimos algumas dificuldades, sobretudo porque teve algumas elevações e alguns perigos”, comentou Valdo Pato, no final.
Um dos participantes na caminhada foi o próprio presidente do município, Santiago Macias, que considerou gratificante a forma como a comunidade local respondeu a este apelo solidário e recordou: “A iniciativa é uma organização conjunta da Câmara Municipal de Moura e dos Bombeiros Voluntários de Moura, que congrega, para além desta duas entidades como colaboradores diretos, muitas outras colaborações que são indispensáveis, tais como a PSP, os Escoteiros, e a participação voluntária e solidária de muita gente que se inscreveu”. E pormenorizou: “Uns participam de uma forma, enfim, mais profissional, vêm correr e tentar melhorar performances, outros limitam-se a fazer um passeio de três quilómetros. Mas todos demonstraram o seu empenho e a sua solidariedade para com esta causa, que é uma causa de todos nós”.
Uma causa a que o próprio autarca se associou ativamente: “O presidente do município deu o exemplo, naturalmente, fazendo o percurso dos três quilómetros, com as suas modestas capacidades e conversando com amigos, mas foi, sobretudo, para mostrar que podemos todos fazer mais, e muitos daqueles que hoje estavam só a ver passar as pessoas que participaram na caminhada, tenho a certeza, que no próximo ano se nos irão juntar”.
E como não há duas sem três, a expectativa é que a corrida volte em 2018: “Esta foi a segunda edição, é uma prova com uma logística muito significativa e conta também com um número de participantes algo relevante e esperamos que ela se enraíze, não só junto da nossa comunidade local e do concelho de Moura, mas que venham também outras pessoas, e serão, naturalmente, bem acolhidas”, sustentou o autarca.
Jacinto Correia, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Moura, assistiu à corrida, considerando-a bem-sucedida: “Tivemos um pouco menos de participantes, relativamente ao ano passado, talvez a instabilidade do tempo tenha contribuído para isso, mas não deixou de ser um êxito e, mais uma vez, contámos com a preciosa colaboração da nossa comunidade, que ajudou os bombeiros participando nesta atividade”.
O advogado mourense lembrou ainda: “Foi uma boa ajuda monetária, não há dúvida de que foi importante. As pessoas deram um contributo simbólico de 10 euros por inscrição, porque o objetivo é angariar alguns fundos para ajudar a nossa Associação de Bombeiros”. Uma corrida solidária, mas também uma prova desportiva algo diferente do que por aí se faz, concordou o dirigente: “É uma prova que tem uma característica diferente, com dois percursos distintos, de acordo com as capacidades físicas das pessoas, um mais ligeiro, que qualquer pessoa pode fazer em forma de passeio, e outro mais longo e exigente, que já não está ao alcance de qualquer um”. Quanto aos apoios, recordou Jacinto Correia, “tivemos um grande apoio da Câmara Municipal de Moura, nossos parceiros de organização, mas também da união de freguesias, dos Escoteiros, da PSP e de muitas outras entidades a quem agradecemos encarecidamente e vamos já pensar na terceira edição desta corrida”.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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