João Madeira
O evoluir dos tempos conduz o adepto desportivo ao passível encontro
com inadiáveis reproduções, onde se reveem antigos jogadores de futebol
que perfizeram famílias que defenderam uma causa à qual se entregaram de
corpo e alma. A família Madeira, originária de Beja, é o testemunho
capital de uma linhagem de irmãos, Joaquim, Nói, Rui, João e Vítor que
espalharam génio futebolístico pelo mais recôndito espaço desportivo.
Tenho debitado histórias sobre a família Madeira, enaltecendo factos
deslumbrantes protagonizados por uma irmandade de atletas que elevaram o
nome de Beja, e da região, ao púlpito de uma atividade que lhes fora
literalmente trivial. João Francisco Graça Madeira nasceu a 13 de março
de 1950 na velha Pax Júlia e foi precisamente no Terreirinho das Peças
que deu os primeiros passos no futebol. Com o Zé Mário, Delfim, André,
Pepita, Chapita, Jacinto Simões, o mano Vítor, de entre outros
companheiros do dia-a-dia, iniciou-se nos jogos de rua. Naquele tempo os
moços organizavam-se em grupos consoante os locais onde residiam, dai
que os dérbis com a malta da Praça de Touros, ou a rapaziada da estação
dos caminhos de ferro, designadamente, fossem os adversários mais
apetecíveis. Desse conjunto de miúdos que despertavam para o cosmos
futebolístico a triagem era absolutamente natural, sendo óbvio que
alguns foram para o Desportivo e outros para o Despertar. Com 13 anos
João Madeira estreou-se pelo Desportivo, onde fez todo o seu percurso no
futebol de formação. Dessa fase áurea recorda: “Com a equipa de
juniores fomos campeões distritais e no campeonato nacional só fomos
eliminados pelo Benfica”. A subida a sénior foi uma realidade, visto que
se tratava de um jogador que evidenciava géneses oriundas de uma tribo
com chancela registada. “Subi a seniores com o Tói Julião e nesses
tempos o Desportivo tinha excelentes jogadores. Joguei, então, com o
Alves, Quinito, Zezinho, Zé Mário, Baiôa, Zé Lameira, Horta e muitos
outros que fizeram história no clube”. O rol de memórias caem em
catadupa e João Madeira lembra a sua segunda época na equipa principal:
“Nessa temporada tivemos como jogador/treinador o Suarez e as aquisições
foram o Saul, Rodrigues Pereira, Júlio e o Zeca, oriundos do Vitória de
Setúbal, o Palma, Benfica, o Saúde, Sporting e o Brito, Lusitano de
Vila Real de Santo António. No Desportivo tive 21 anos onde ajudei a
equipa com subidas aos campeonatos nacionais da terceira e segunda
divisões nacionais”. O antigo jogador, figura proeminente no símbolo
paxjuliano, não esconde que ao largo do seu percurso recebeu convites de
outras agremiações: “Tive vários, sendo o Juventude de Évora o que mais
perto de acontecer”. Na fase final de uma longa carreira, João Madeira
passou pelo Despertar e, depois, jogou ainda no Inatel defendendo as
cores do BNS Conceição, Alvorada e Santa Vitória.
Fonte: Facebook de Jose saude
Fonte: Facebook de Jose saude
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