O Clube de Vela de Tavira, em Sub/13Femininos, e a Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, em Sub/14 Masculinos, foram os vencedores do “BEJANDEBOL 2022”, organizado pelo Centro de Formação da Zona Azul, que reuniu dez clubes e centena e meia de atletas, no Pavilhão Desportivo de Santa Maria, nesta cidade de Beja.
Texto Firmino Paixão
O andebol é espectacular e a festa foi bonita. O Centro de Formação de Andebol da Zona Azul 'fez o que ainda não foi feito', parafraseando o lema da selecção nacional desta modalidade, que aqui cai na perfeição. No passado fim de semana de 9 e 10 de abril, realizou-se mais uma atividade desporiva intensa, com a participação de dez clubes e cerca de centena e meia de atletas, nos escalões de Sub/13 e Sub/14, femininos e masculinos.
Foi assim a edição 2022 do ‘BEJANDEBOL’, uma iniciativa que, sem desvalorizar os resultados desportivos, promoveu, principalmente, o crescimento dos jovens atletas, e lhes conferiu mais e melhores competências. E por tudo isto, o diretor técnico da Academia, o engenheiro João Pirata, considerou que “o balanço é totalmente positivo, aliás, pensamos que estes eventos só têm coisas positivas. São bons para os atletas, são bons para a cidade e para o trabalho que estamos a fazer no Centro de Formação de Andebol, portanto, acho que ficámos todos a ganhar com a realização desta acção”. Os objetivos subjacentes a esta organização, são vários, sustentou o dirigente: “Nós fizemos uma aposta séria na formação, largámos este ano a semente, com o ‘BEJANDEBOL’, a nossa ideia é que este evento cresça, eventualmente, tenha mais dias de competição e mais equipas, porque é isto depois que fideliza os miúdos aos clubes e à modalidade, e a experiência que adquirem, à volta dos próprios jogos, é fundamental para a sua continuidade na modalidade. É essa a minha experiência e a sensibilidade que adquiri com outros torneios. Depois, também queremos que o ‘BEJANDEBOL’ se torne uma referência nestes circuitos desportivos que existem em várias zonas do país e queremos marcar a nossa posição com este evento”.
Um torneio que privilegia o crescimento dos jovens andebolistas, garantiu João Pirata. “Acho que sim! Costumo dizer que esta questão da formação é sempre um complemento para o outro tipo da formação que nós queremos para os nossos miúdos. O desporto é, de facto, um complemento importante. Este tipo de torneios cria todo um ambiente de grupo e de confraternização com as outras equipas, com a forma de lidar com derrotas e com vitórias e, no final, acho que fica essa experiência, porque eles acabam por esquecer o resultado, mas a vivência destes momentos, essa sim, perdurará na sua memória”.
De resto, os resultados importaram pouco, a evolução competitiva sim, foi valorizada e é por isso que o dirigente adiantou que “em termos de qualidade competitiva o balanço é positivo, tanto nos femininos, como nos masculinos, notou-se perfeitamente algum progresso entre o primeiro e o último jogo que os miúdos disputaram. Tivemos a sorte de ganhar a final dos Sub/14 masculinos, mas não é isso, de todo, o mais importante, o essencial é constatar esta alegria deles e o envolvimento dos familiares, isso sim, esses é que são os valores que sobressaem nestes momentos, que perduram no tempo e que deixam a sua peugada, esperamos nós”.
Criado antes da pandemia, o Centro de Formação acabou por ser, de alguma forma, penalizado com essa contrariedade, esclareceu o técnico. “O projecto do Centro de Formação de Andebol da Zona Azul foi uma ideia do professor Bexiga Fialho que nasceu e se materializou, realmente, numa altura conturbada, mesmo assim cresceu, mesmo em tempo de pandemia aumentou o número de atletas, portanto, a aposta foi ganha. Queremos cimentá-la e este tipo de eventos ajudam a consolidar esse projecto, que é nosso e temos com certeza ambições maiores para o futuro”. Um futuro em que os responsáveis pretendem assinalar um crescimento efectivo, mas também muito sustentado. “É fundamental que seja assim - garantiu João Pirata - tivemos épocas com altos e baixos, devido a interregnos em alguns escalões de formação, mas a nossa ideia é alimentar e consolidar a fornada de baixo, até aos juvenis, e depois a competição há-de surgir naturalmente. Se este trabalho for bem feito, de certeza absoluta que iremos ter competição e boas equipas de seniores”.
Para trás ficou, então, um evento que gerou alguma dinâmica mas que, assumiu João Pirata, “teve uma logística enorme, mas tivemos o apoio importantíssimo da Câmara Municipal de Beja e da União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista. Tivemos também o apoio do Instituto Politécnico de Beja que nos disponibilizou as suas instalações para as refeições das comitivas. Naturalmente que isto exige o empenho de todos, dá sempre algum trabalho, mas o resultado final é sempre gratificante”, por isso mesmo, no próximo ano a coisa promete. “Sim, queremos fazer uma coisa maior, e se esta logística com dez equipas já deu algum trabalho, vamos ter mesmo que preparar a próxima competição com alguma antecedência, para aumentarmos a qualidade e proporcionarmos boas experiências a quem nos visita”, concluiu.
RESULTADOS
Sub/13 Femininos:
- Zona Azul-Cautchú, 9-9;
- AC Sines-Vela Tavira, 7-8;
- Zona Azul-AC Sines, 7-11;
- Cautchú-Vela Tavira, 5-11;
- AC Sines-Zona Azul, 12-8;
- Vela Tavira-Cautchú, 12-2.
Vencedor: Vela de Tavira.
Sub/14 Masculinos:
- Zona Azul-Sporting de Cuba, 16-8;
- Évora AC-CCP Serpa, 12-9;
- Zona Azul-NA Redondo, 14-8;
- Évora AC-Cautchú, 10-11;
- Sporting Cuba-NA Redondo, 18-19;
- CCP Serpa-Cautchú, 4-5;
- Zona Azul-Évora AC, 15-11;
- Cautchú-NA Redondo, 17-8;
- CCP Serpa-Sporting Cuba, 20-10;
- Évora AC-NA Redondo, 14-12;
- Zona Azul-Cautchú, 23-14.
Vencedor: Zona Azul.
Fonte: https://diariodoalentejo.pt/
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