José Saúde
Vasculhando os arquivos desportivos bejenses,
detenho-me perante a evolução da competição designada Taça, em seniores,
na Associação Futebol de Beja. Conduz a distância do tempo em rever
imagens que ficaram nos anais da história do futebol na região, sendo
que na montra dos contemplados subsistem emblemas que honraram a
conquista do almejado troféu intitulado, amiúde, como a festa do povo da
bola. De uma maneira sucinta, porque é bom recordar a amplitude que o
futebol foi conquistando numa plebe ansiosa pela evolução do fenómeno,
recordo que a primeira taça disputada na velha Pax Julia, terá tido o
nome de Taça da Associação dos Bombeiros Voluntários de Beja e foi
jogada na longínqua época de 1924/1925, sagrando-se vencedor o Despertar
SC, uma coletividade que tinha como presidente Manuel Peladinho, um dos
grandes mentores da arquitetura despertariana. No último sábado, 17 de
maio, no complexo desportivo Fernando Mamede, em Beja, defrontaram-se o
Odemirense e o Piense numa luta titânica, e equitativa, que visou chamar
para as hostes de um dos finalistas a respetiva taça. Taça que
representa, também, o culminar de uma temporada onde erguer o “caneco” é
a cúpula de um sonho. Com as cordiais claques em redor do relvado a
puxar pelos seus conjuntos, o futebol praticado foi atrativo, as equipas
não sentiram falta de apoio, houve emoção, ficando a certeza que
Odemira e Pias ter-se-ão sentido desnudadas de gentes que, em
“procissão”, rumaram à capital, Beja, com o lógico objetivo de
transportarem na viagem de regresso o cobiçado troféu. Com a experiência
que possuo destas ocorrências desportivas, permitam-me citar que se num
dos lados esteve um vencedor, Piense, do outro um Odemirense, digno
vencido, que vendeu cara a derrota. A festividade final foi, assim, da
equipa de Pias, graça a um golo solitário apontado por Rui Moita.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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