Numa profícua visualização sobre a evolução do cosmos desportivo sul alentejano e a influência do poder local após a Revolução dos Cravos, 25 de Abril de 1974, deparamo-nos, hoje, com um conjunto de infraestruturas que permitem um evolutivo crescimento quer de atletas, quer de coletividades e, consequentemente, a proficiente construção de espaços outrora impensáveis. Quem conheceu a realidade do antigamente e examina o contexto observado, ficará com a noção de que valeu a pena a luta pela liberdade e em particular pelo movimento associativo que numa fase em que o povo incessantemente se mostrava carente de atividades, disse presente. A abertura à população ofertada pelo poder local é tão-só uma antítese daquela que foi praticada pelo antigo regime ditatorial, Estado Novo, ao longo de décadas. Nos 13 concelhos do distrito de Beja existe crença, determinação e trabalho. Basta recorrermos a uma viagem pela diversidade de lugarejos, aldeias, vilas e cidades, para compreendermos o quão brilhante tem sido a labuta de municípios e munícipes em redor de um ideal que atinge parâmetros imensuráveis numa província tantas vezes esquecida pelo poder central. Examino o boom desportivo, deixo-me embalar pelos refulgentes sons de Abril e dou por mim a viajar numa faustosa onda do tempo que me sussurra ao ouvido que o processo democrático em que coabitamos é inovador e colossal. Num olhar sobre o método evolucionista do fenómeno, conclui-se que os equipamentos desportivos construídos na região são benfeitorias que a plebe agradece. São os campos de futebol com relva natural, outros sintéticos; são os pavilhões que albergam um amontoado de modalidades que evoluem em toda a sua extensão; são as pistas de atletismo; são as piscinas; enfim, um conjunto infraestrutural que dantes parecia virado do avesso e que agora serve um infindável número de atletas que fazem do boom desportivo um hino à autonomia. Bem-haja a voluntariedade do poder local, dos dirigentes, atletas e de muitas individualidades anónimas que jamais viraram a cara ao combate. Abril, desportivamente, venceu!
Fonte: http://da.ambaal.pt
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