A Casa do Benfica em castro Verde foi oficialmente inaugurada por Luís Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, que reafirmou a ideia de que o Benfica continua a lutar pela conquista do quinto campeonato consecutivo, apesar do recente insucesso nas competições europeias.
Texto e fotos Firmino Paixão
“O futebol tem de ser uma festa em que as famílias participem e expressem, de forma positiva, o seu amor ao clube, daí que se exija bom senso da parte de todos os intervenientes nesta importante indústria, que vive, atualmente, no caos. Um caos onde nós não queremos estar”, afirmou Luis Filipe Vieira, durante a cerimónia de inauguração oficial da Casa do Benfica em castro Verde, onde se deslocou na companhia dos vice-presidentes Domingos d’Almeida Lima e Alcino António e do antigo capitão António Veloso.
Nos sinos da Basílica Real de castro Verde soavam as sete badaladas, 19 horas exatas, quando Luís Filipe Vieira chegou ao município de castro Verde, em cujos paços do concelho seria recebido pelo autarca António José de Brito e pela presidente da Assembleia Municipal, Ana Paula Baltazar, para uma sessão de boas vindas, onde se juntou José Carlos Tomé, presidente da Casa do Benfica local que, momentos depois, receberia a visita do líder encarnado para a sua inauguração oficial, 14 anos após a fundação.
Futuro Algo agastado com o que durante o percurso para a vila alentejana vinha ouvindo na rádio, não hesitou em lamentar que “ao ouvir algumas pessoas falarem até parece que existe um caos no Benfica. Não existe nenhum caos! Somos um clube bem preparado para o futuro, temos uma visão para o futuro desportivo deste país”, disse, justificando que: “Continuamos otimistas, nada está perdido, estamos na primeira fase do campeonato e pretendemos fazer o penta, mas tenho que dizer-vos que algum descontentamento que, eventualmente, exista, tem muito a ver também com a carga emocional de termos ganho tudo nos últimos quatro anos”.
Antes já ouvira o autarca de castro Verde, assumido benfiquista, sublinhar que estava perante um dos primeiros atos públicos desde a sua recente tomada de posse, pelo que considerou ser aquele “um momento especial”.
António José de Brito fez questão de trazer à recordação dos presentes que Frederico, antigo internacional e jogador do Benfica, nasceu naquela terra e que a mãe de uma das atuais “joias da coroa benfiquista”, Diogo Gonçalves, também era natural de castro Verde, vila onde o jovem internacional deu os primeiros pontapés na bola. O novo autarca destacou ainda a presença de Hélder Conduto, seu antigo companheiro nas lides radiofónicas, aos microfones da Rádio castrense, que hoje ocupa cargo de dirigente na Benfica TV.
Luís Filipe Vieira, muito saudado por adeptos e populares na chegada às instalações da Casa do Benfica (n.º 159), foi recebido pelo Campaniça Trio, grupo de Pedro Mestre, que lhe ofereceu uma cantiga alusiva ao momento: “Oh águia que vás tão alta/Com o teu voo tão natural/Vais levar aos benfiquistas/As notícias de Portugal”.
Visita à escola Já na Escola Secundária de castro Verde, e à volta da mesa, na presença de cerca de 220 adeptos e convidados, entre eles representantes das casas do Benfica em Aljustrel, Almodôvar, Beja, Grândola, Olhão, São Brás de Alportel, Serpa e Sines, o líder da representação benfiquista local, José Tomé, reconheceria que “este é um dos momentos altos da história da Casa do Benfica em castro Verde, que marca todo um trabalho desde a sua fundação, pelo que saudamos todos os seus fundadores e todos os órgãos sociais que representaram a casa durante estes 14 anos de existência”.
Luís Filipe Vieira voltou a usar da palavra para reiterar, à mistura com uma gralha, que “é com muita alegria que volto a inaugurar uma casa do Benfica, desta vez nesta bela vila alentejana de castro Verde, que se enche hoje de verde, perdão, de vermelho e branco, repito vermelho e branco”, disse, perante os sorrisos dos presentes, seguidos de vivas ao Benfica. Vieira sublinhou a importância das casas na vida do Benfica lembrando: “Desde que cheguei, sempre as considerei um pilar fundamental para a estratégia do clube, até as considerei como o nosso verdadeiro ‘braço armado’ na difusão dos valores do Benfica pelas regiões, vilas e cidade de Portugal e do mundo”.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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