1ª Como e quando entraste na Arbitragem?
Entrei na arbitragem quando tinha dezassete anos, tendo em conta que neste momento tenho vinte e seis, são nove anos a caminhar para os dez que sou árbitro.
Entrei neste Mundo a convite do José Teodósio, grande amigo, pessoa pela qual tenho um enorme respeito e consideração. Sabendo ele que eu era louco por futebol, achou que eu poderia ter algum potencial para arbitrar… Agradeço imenso a ele!
2ª Qual tem sido o teu percurso na arbitragem?
Neste momento sou árbitro de 2ª Categoria Nacional, sou árbitro dos quadros da Federação Portuguesa de Futebol há quatro épocas, incluindo esta, tive duas épocas na 3ª Divisão Nacional e na época passada eu e o meu colega Daniel Lança conseguimos a promoção a esta mesma divisão.
3ª Como vês o actual momento da arbitragem no nosso distrito?
Se falar-mos de arbitragem a nível global (Futebol e Futsal) penso que estamos no bom caminho, existem muitos jovens com valor cheios de força e vontade de aprender, dedicados e que certamente irão triunfar na sua carreira. Se falar apenas de Futsal, penso que neste momento temos poucos árbitros e falta ainda muito ritmo aos que temos, pois são poucos jogos e para chegar perto da perfeição é necessário muito trabalho, muitos jogos, aprender com os erros que se cometem, mais formação entre outras coisas.
4ª No Nosso Distrito a arbitragem tem falta de Cultura ou não? Se sim, porquê?
Não creio que falta de cultura seja o termo correcto. Como em tudo na vida existem coisas boas e coisas más, pessoas boas e pessoas más, na arbitragem existem bons e maus árbitros, mas todos eles com os seus valores, todos eles grandes Homens e Mulheres que disponibilizam o seu tempo, abdicam de estar com a família em prol da sua paixão. Ser árbitro não é fácil, antes de se entrar nas quatro linhas já se esta a ser criticado, é necessário deixar-se tudo para trás das costas e concentrar-se ao máximo no seu papel.
5ª Quais as pessoas que têm dificultado o teu trabalho na arbitragem?
Ninguém dificulta o meu trabalho enquanto árbitro, antes pelo contrário, sinto que todos estão orgulhosos pelo que conseguimos alcançar na arbitragem de Futsal. Temos um concelho de arbitragem que nos apoia bastante, uma comissão técnica, quando surge alguma dúvida mais invulgar pode-mos sempre contar com colegas mais experientes de outras associações, graças ao bom relacionamento interpessoal que temos entre nos, todos nos ajudam e agradeço a todos eles.
6ª Qual a referência que tens na Arbitragem?
Poderia citar vários nomes de pessoas que admiro enquanto árbitro, várias personalidades, mas vou destacar o José Teodósio. Primeiro porque foi quem me deu a conhecer este mundo fantástico que é a arbitragem, depois porque na minha opinião foi um grande árbitro, aprendi muito com ele, ainda continuo a aprender. Ele é sem duvida uma grande referência para mim. Diz ele que o seu sonho para nós (para mim e para o Daniel Lança) seria ver-nos a dirigir uma final da taça de Portugal, eu enquanto árbitro e amigo adoraria ver o Quinta Queimada a realizar esse sonho que tem em relação a nós.
7º Como vês o Futsal a nível do Distrito de Beja?
O Futsal esta época a nível distrital deu um grande salto. As equipas estão bastante equilibradas, os jogadores vão já tendo uma melhor percepção do que é o Futsal, da forma como é jogado, das leis de jogo, estou a seguir com bastante entusiasmo este Campeonato e Taça do Distrito de Beja.
Como é óbvio falta formação nos clubes, falta os miúdos começarem a praticar logo cedo esta modalidade para que este desporto seja um ícone representativo do nosso Distrito.
Faltam mais equipas para que o Campeonato seja ainda mais disputado, mais jogadores mais árbitros, mais treinadores de Futsal… mas penso que a curto prazo vamos ter todos estes elementos reunidos e vamos ser dos distritos com mais e melhor Futsal a nível Nacional (assim o espero).
8º Como árbitro de 2º Categoria como estas a ver o Futsal nessa mesma categoria?
Futsal é um jogo cheio de ritmo, feito de tácticas e individualismos que marcam a diferença. Nesta divisão (2ª Div. Nacional) existem grandes jogadores de Futsal, treinadores que merecem todo o nosso respeito, equipas grandes já com grandes investimentos inclusive. Nota-se um grande respeito entre jogadores, árbitros, público e restantes agentes desportivos. Aqui os jogos são sempre a um ritmo muito elevado onde é necessário ter concentração máxima para não falhar em nada.
8º Como árbitro, o que achaste da forma como correu a taça e agora o campeonato, que se aproxima do seu final, uma vez que já está nos playoffs?
Muito disputado, sempre com grandes inconstantes.
A nível de arbitragem foram encontrados alguns erros durante os jogos, mas que foram reparados por parte do concelho de arbitragem e árbitros e que os árbitros já trabalharam para que os mesmos não aconteçam. Quando falo de erros de arbitragem são erros de apreciação, de colocação e movimentação, pois são os que mais acontecem frequentemente.
Deixar também uma palavra de agrado as equipas que nos estão a proporcionar uma temporada de futsal repleta de emoção, de competitividade saudável e a dignificar a modalidade ao máximo no nosso Distrito.
Os árbitros também estão a evoluir, a aprender tal como as equipas e é isso que se pretende.
9ª Deixa uma mensagem e um comentário aos leitores deste blogue.
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Queria agradecer este convite de forma a mostrar a minha opinião acerca destes temas apresentados. O Futsal é uma modalidade em crescimento a nível Distrital mas também Nacional. É simplesmente fascinante e quem entra neste meio já não quer sair. A mensagem que pretendo transmitir a vocês é que apostem nesta modalidade pois não tenho dúvidas que será o desporto de Futuro em Portugal, apaixonem-se, vibrem, respeitem e apoiem sempre as suas equipas.
Ao administrador deste blog que continue com este excelente trabalho, pois para muitos é a única fonte de informação que dispõem. Cumprimentos a todos e obrigado.
