O Futebol é o desporto rei em todo o mundo!
Quando uma criança nasce, se for um rapaz, mais cedo ou mais tarde alguém lhe vai oferecer uma bola de futebol e esta redondinha acompanha-lo-à para todo o lado – casa, escola, bairro, clube ou onde possa chutá-la.
Essa criança começa por praticar um desporto sem nenhuma obrigatoriedade, com magia e liberdade que se traduzem nas fintas e remates a imitar os craques idolatrados. Estamos numa fase que não existem regras ou normas.
Uma segunda etapa inicia-se quando a criança começa a praticar futebol integrado numa equipa, deixa de estar só e aprende que existem novos conceitos do colectivo a dominar. A criança começa então a demonstrar a sua competência ao adaptar-se respeitando o que está instituído. Ao mesmo tempo que aprende o que é o futebol começa a interiorizar as Leis de Jogo e a sua lógica.
É então como jogador de futebol que a criança se depara na competição com uma nova personagem – o árbitro de futebol. Para uma criança o árbitro representa a lei, sem ele não há jogo, e no árbitro deposita toda a confiança e respeito. O árbitro passa a ser visto como indispensável, infalível e incorruptível. Neste estádio a função do árbitro será de um educador, transmitindo às crianças todo seu conhecimento e desenvolvimento da noção das regras do jogo de futebol. Também neste estádio o árbitro pode e deve aproveitar para ter a sua melhor escola de aprendizagem para logo aí começar a ser um árbitro respeitado, não só pelas crianças mas também pelos exigentes pais que assistem aos jogos. A emoção e o coração levarão sempre à crítica feita por um pai a um árbitro.
O árbitro ainda terá como principal função passar à criança o respeito ao fair play (jogo limpo). Impedir a violência. Exigir que nenhum adversário seja humilhado ou abusado por razões raciais, étnicas ou religiosas. E que o futebol faz amigos.
Infelizmente para o futebol, a criança vê nos seus pais a principal figura relacionada com a verdade, e sendo assim, quando ela observa o seu pai ou a sua mãe criticar abertamente o árbitro, ela sente-se no mesmo direito. E é precisamente aí que reside a origem da tese que "...o árbitro será sempre o causador da sua derrota".
Dinis Gorjão
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