Vamos aqui transcrever esta crónica para que possam comentar no bom sentido.
Esta crónica não deve ser considerada uma queixa mas apenas um desabafo ou um lamento, porque quem está num projecto com um sentido de missão, não deve queixar-se, mas pode lamentar-se.
Lamento-me essencialmente de duas coisas que não parecendo estar interligadas, acaba uma por influenciar a outra. Estou a referir-se à falta de apoio da autarquia bejense ao Clube Desportivo de Beja e à crise do associativismo.
A crise do associativismo em Beja já vem de longa data, no entanto ainda mais se agrava quando os apoios que são dados pela autarquia a este clube, significam somente 30% do seu orçamento anual ou seja apenas dão para pagar as inscrições e taxas nos órgãos federativos, obrigatórias para se poder participar nos diversos campeonatos.
Quem gere o clube, tem assim de procurar encontrar verbas para suprir os restantes 70% do orçamento contactando as poucas empresas que ainda estão disponíveis para ajudar, mas principalmente através de empréstimos feitos pelos próprios dirigentes, muito provavelmente a fundo perdido.
Assim, muito poucos estão interessados em trabalhar nos seus tempos livres incluindo os fins-de-semana, de uma forma não apenas gratuita, mas ainda por cima a pagar, para que o clube se mantenha em actividade.
E não me estou sequer a referir ao escalão dos seniores, mas sim aos escalões de formação, em que o custo das deslocações diárias dos atletas oriundos de algumas freguesias rurais para os treinos e para os jogos, os custos com as equipas técnicas credenciadas, os motoristas, o massagista, o roupeiro, os lanches para os atletas e o pagamento de utilização de campo para a realização de alguns jogos em casa, ascendem por época a mais do triplo do subsídio atribuído pela autarquia.
Esta situação torna-se ainda mais relevante quando nem todos os clubes do concelho se encontram à partida em pé de igualdade, principalmente quanto ás fontes de receita, e agrava-se na comparação com a maioria dos clubes do distrito. Originando desequilíbrios ao nível das condições de trabalho, ao nível da tesouraria e também ao nível desportivo.
A crise que assola este clube é semelhante à que atinge o País com a necessidade de reduzir as despesas e o défice, e aumentar as receitas, principalmente através de receitas fixas.
O diagnóstico está há muito feito, mas a resolução dos problemas e a inversão do ciclo levam algum tempo, tempo esse em que o Clube Desportivo de Beja vai ter de continuar a lutar pela sua sobrevivência.
Lamento-me essencialmente de duas coisas que não parecendo estar interligadas, acaba uma por influenciar a outra. Estou a referir-se à falta de apoio da autarquia bejense ao Clube Desportivo de Beja e à crise do associativismo.
A crise do associativismo em Beja já vem de longa data, no entanto ainda mais se agrava quando os apoios que são dados pela autarquia a este clube, significam somente 30% do seu orçamento anual ou seja apenas dão para pagar as inscrições e taxas nos órgãos federativos, obrigatórias para se poder participar nos diversos campeonatos.
Quem gere o clube, tem assim de procurar encontrar verbas para suprir os restantes 70% do orçamento contactando as poucas empresas que ainda estão disponíveis para ajudar, mas principalmente através de empréstimos feitos pelos próprios dirigentes, muito provavelmente a fundo perdido.
Assim, muito poucos estão interessados em trabalhar nos seus tempos livres incluindo os fins-de-semana, de uma forma não apenas gratuita, mas ainda por cima a pagar, para que o clube se mantenha em actividade.
E não me estou sequer a referir ao escalão dos seniores, mas sim aos escalões de formação, em que o custo das deslocações diárias dos atletas oriundos de algumas freguesias rurais para os treinos e para os jogos, os custos com as equipas técnicas credenciadas, os motoristas, o massagista, o roupeiro, os lanches para os atletas e o pagamento de utilização de campo para a realização de alguns jogos em casa, ascendem por época a mais do triplo do subsídio atribuído pela autarquia.
Esta situação torna-se ainda mais relevante quando nem todos os clubes do concelho se encontram à partida em pé de igualdade, principalmente quanto ás fontes de receita, e agrava-se na comparação com a maioria dos clubes do distrito. Originando desequilíbrios ao nível das condições de trabalho, ao nível da tesouraria e também ao nível desportivo.
A crise que assola este clube é semelhante à que atinge o País com a necessidade de reduzir as despesas e o défice, e aumentar as receitas, principalmente através de receitas fixas.
O diagnóstico está há muito feito, mas a resolução dos problemas e a inversão do ciclo levam algum tempo, tempo esse em que o Clube Desportivo de Beja vai ter de continuar a lutar pela sua sobrevivência.
Crónica de Jorge parente Presidente do Clube desportivo de beja
Fonte: http://www.radiopax.com
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