Depois de em 2010 ter obtido três medalhas de bronze internacionais e um título nacional, o judoca almodovarense eleva a fasquia e já sonha com as Olimpíadas de 2012.
"Era um orgulho ser campeão pelo Almodôvar"
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Em 2010 garantiu três medalhas de bronze em provas internacionais (Taça do Mundo em Praga, Taça da Europa em Londres e Europeu sub-23 em Sarajevo) e um título nacional – pode dizer-se que foi o seu melhor ano, desportivamente falando? Sim, posso dizer que este foi, sem dúvida, o meu melhor ano em termos de resultados desportivos.
Depois destes êxitos, que ambições tem ainda no "mundo" do judo? A minha principal ambição é participar nos Jogos Olímpicos. É uma competição única e histórica, cuja participação exige um grande sacrifício por parte dos atletas pelo facto do seu apuramento ser extremamente difícil. A presença neste evento é gratificante, não só pela participação na prova mais importante do calendário do judo, mas também pela recompensa de todo o esforço que o atleta teve, não só durante os dois anos de apuramento mas também em toda a sua carreira desportiva.
Essa ambição passa por Londres já em 2012 ou apenas pelos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil? Consegui entrar este ano no projecto olímpico, por isso acho que não devo perder esta oportunidade e tentar já o apuramento para estes próximos Jogos. Temos que ter em conta o facto de que no judo cada país só puder levar um atleta por categoria de peso e na minha categoria temos o campeão europeu deste ano, o João Pina, que é um atleta extremamente forte. Isto é uma dificuldade extra ao já difícil apuramento para os Jogos. Mas é claro que vou tentar! Falta ainda um ano e meio até ao final do apuramento e muita coisa pode acontecer até lá.
O título olímpico está nos seus planos ou isso é sonhar alto demais? Nunca é demais sonhar com um pódio nessas grandes competições! Muitas das vezes o mais difícil não é alcançar uma medalha, mas sim o apuramento para se poder entrar numa prova dessa categoria. Depois de estar lá, tudo pode acontecer. Muitas vezes, campeões de anos passados perdem logo no primeiro combate e atletas considerados outsiders ganham medalhas. Depende de muitos factores, como o sorteio, o desgaste físico, estar num dia "sim" ou "não"…
Há quanto tempo pratica judo? Comecei o judo quando tinha seis anos. Já pratico há 16.
Porquê esta modalidade? Nunca experimentou outra? Antes de entrar, não sabia o que era o judo. Havia a modalidade em Almodôvar e o meu pai decidiu colocar-me numa das aulas de iniciação. Há medida que fui tirando medalhas, foi surgindo um maior interesse pela a modalidade e nunca mais larguei o judo. Mas como complemento dos meus treinos de judo ainda pratiquei natação por uns tempos.
Agora representa o Algés e Dafundo, mas durante muitos anos entrava nas provas com o judogi do Clube Desportivo de Almodôvar. Como era competir pelo clube da sua terra e ser campeão nacional? Era um orgulho! Quando estava em Almodôvar consegui ser campeão nacional em todos os escalões etários de idades inferiores, apesar de só treinar duas vezes por semana e de muitas vezes não poder ter melhores condições, tanto de treino como para deslocações a provas para competir. Nesse aspecto, devo agradecer ao meu antigo mestre, Veríssimo Segurado, por todo o trabalho que realizou comigo ao longo dos meus anos de iniciação. Foi esse trabalho que me permitiu chegar até onde cheguei.
Sentes que em Portugal, e também no distrito de Beja, os praticantes de modalidades, mesmo campeões nacionais e internacionais, sofrem de falta de reconhecimento por comparação aos futebolistas? Sem dúvida nenhuma, mas isso não é só um problema distrital. É global! E é relativo a Portugal e à mentalidade da população portuguesa. Se muitas das vezes as pessoas contassem os títulos que as modalidades de um clube desportivo alcançam em comparação aos títulos do futebol, com certeza que se iriam surpreender.
ANDRÉ ALVES
judoca
"Quando estava em Almodôvar consegui ser campeão nacional em todos os escalões etários de idades inferiores."
Depois destes êxitos, que ambições tem ainda no "mundo" do judo? A minha principal ambição é participar nos Jogos Olímpicos. É uma competição única e histórica, cuja participação exige um grande sacrifício por parte dos atletas pelo facto do seu apuramento ser extremamente difícil. A presença neste evento é gratificante, não só pela participação na prova mais importante do calendário do judo, mas também pela recompensa de todo o esforço que o atleta teve, não só durante os dois anos de apuramento mas também em toda a sua carreira desportiva.
Essa ambição passa por Londres já em 2012 ou apenas pelos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil? Consegui entrar este ano no projecto olímpico, por isso acho que não devo perder esta oportunidade e tentar já o apuramento para estes próximos Jogos. Temos que ter em conta o facto de que no judo cada país só puder levar um atleta por categoria de peso e na minha categoria temos o campeão europeu deste ano, o João Pina, que é um atleta extremamente forte. Isto é uma dificuldade extra ao já difícil apuramento para os Jogos. Mas é claro que vou tentar! Falta ainda um ano e meio até ao final do apuramento e muita coisa pode acontecer até lá.
O título olímpico está nos seus planos ou isso é sonhar alto demais? Nunca é demais sonhar com um pódio nessas grandes competições! Muitas das vezes o mais difícil não é alcançar uma medalha, mas sim o apuramento para se poder entrar numa prova dessa categoria. Depois de estar lá, tudo pode acontecer. Muitas vezes, campeões de anos passados perdem logo no primeiro combate e atletas considerados outsiders ganham medalhas. Depende de muitos factores, como o sorteio, o desgaste físico, estar num dia "sim" ou "não"…
Há quanto tempo pratica judo? Comecei o judo quando tinha seis anos. Já pratico há 16.
Porquê esta modalidade? Nunca experimentou outra? Antes de entrar, não sabia o que era o judo. Havia a modalidade em Almodôvar e o meu pai decidiu colocar-me numa das aulas de iniciação. Há medida que fui tirando medalhas, foi surgindo um maior interesse pela a modalidade e nunca mais larguei o judo. Mas como complemento dos meus treinos de judo ainda pratiquei natação por uns tempos.
Agora representa o Algés e Dafundo, mas durante muitos anos entrava nas provas com o judogi do Clube Desportivo de Almodôvar. Como era competir pelo clube da sua terra e ser campeão nacional? Era um orgulho! Quando estava em Almodôvar consegui ser campeão nacional em todos os escalões etários de idades inferiores, apesar de só treinar duas vezes por semana e de muitas vezes não poder ter melhores condições, tanto de treino como para deslocações a provas para competir. Nesse aspecto, devo agradecer ao meu antigo mestre, Veríssimo Segurado, por todo o trabalho que realizou comigo ao longo dos meus anos de iniciação. Foi esse trabalho que me permitiu chegar até onde cheguei.
Sentes que em Portugal, e também no distrito de Beja, os praticantes de modalidades, mesmo campeões nacionais e internacionais, sofrem de falta de reconhecimento por comparação aos futebolistas? Sem dúvida nenhuma, mas isso não é só um problema distrital. É global! E é relativo a Portugal e à mentalidade da população portuguesa. Se muitas das vezes as pessoas contassem os títulos que as modalidades de um clube desportivo alcançam em comparação aos títulos do futebol, com certeza que se iriam surpreender.
ANDRÉ ALVES
judoca
"Quando estava em Almodôvar consegui ser campeão nacional em todos os escalões etários de idades inferiores."
Uma vitória e uma derrota no Grand Slam de Paris | |
André Alves esteve no passado fim-de-semana no Grand Slam de Paris, ao serviço da Selecção Nacional de judo. O judoca almodovarense competiu na categoria -73Kg, obtendo uma vitória e uma derrota. Cronica e entrevista de Carlos Pinto Fonte: http://www.correioalentejo.com |
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