domingo, 20 de fevereiro de 2011

Séniores "em risco" no Desportivo de Beja


O presidente do emblema da rua do Sembrano garante ao "CA" que a manutenção, ou não, da principal equipa de futebol do clube vai ser decidida até ao final da época.
Seniores "em risco" no Desportivo de Beja


Jorge Manuel Marques Parente, presidente do Clube Desportivo de Beja, 51 anos, natural de Beja
Nas últimas semanas tem-se falado muito sobre a hipótese do futebol sénior terminar no Desp. Beja. Essa possibilidade está, de facto, sobre a mesa? Existem três cenários possíveis para a equipa sénior de futebol, que poderão passar por reduzir ainda mais o custo financeiro com a equipa – desde que esteja assegurada previamente a totalidade das verbas –, ter uma equipa de seniores mas como mais um escalão de formação e, portanto, sem custos com subsídios aos jogadores ou então suspender o futebol sénior. Todas estas hipóteses estão a ser equacionadas pela direcção e vão ser debatidas com os outros órgãos sociais e a comissão consultiva antes do final desta época desportiva.
   
Os sócio terão uma palavra a dizer? A direcção apresentará esta questão para debate na Assembleia Geral a realizar em Abril, para que os sócios se pronunciem sobre este tema que divide tanto as opiniões.
   
Esta semana, em crónica na Rádio Pax, aludia às dificuldades sentidas para manter a actividade nos escalões de formação. Também estes estão em risco? A continuidade destes escalões terá de estar assegurada, mas os custos do seu funcionamento têm aumentado bastante e os subsídios da autarquia têm diminuído. Tanto uns como outros deveriam sofrer correcções! São exageradas as verbas gastas na AFB para a participação das equipas e simbólicos os subsídios atribuídos pela autarquia.
   
O Desp. Beja ainda tem a receber da Câmara de Beja verbas referentes a 2010? Temos a receber da Câmara dois terços do subsídio atribuído em 2010. Este valor deverá rondar os 9.000 euros e será importante para cumprirmos os nossos compromissos com os atletas, técnicos e restantes colaboradores até final da época.
 
A autarquia devia aumentar os apoios ao movimento associativo? Penso que sim! Porque existem outras autarquias do distrito que dão apoios bem mais significativos e porque desempenhamos um papel social junto de bastantes jovens que não é tido em conta.
   
É presidente do Desp. Beja há pouco mais de seis meses. Esperava tantas dificuldades? Esperava bastantes dificuldades mas também pensava obter mais receitas, o que não veio a acontecer.
 
Em Janeiro a sua direcção sofreu uma baixa, com a saída do director para o futebol sénior José Cortes, que num blogue da cidade o acusou de "mostrar reduzido interesse" pela equipa. Quer comentar? Estranhei a crítica, porque como ele é que tinha as funções de acompanhar a equipa sénior, como nunca nos foi solicitado algo que não tenha sido dado e como o pagamento desde o início da época tem sido assegurado por mim próprio, atempadamente e com custos que já ultrapassam os 30.000 euros só neste escalão, nunca pensei que a crítica surgisse de quem menos razão tinha para a fazer. Mas o espírito de missão com que encarei este desafio mantém-se inalterado.
 
 
JORGE PARENTE
   presidente do Desp. Beja
 
   "Esperava bastantes dificuldades mas também pensava obter mais receitas."
Crónica de Carlos Pinto
Fonte: http://www.correioalentejo.com

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