João Vivas estreou-se na Baja Portalegre aos comandos da sua Kawasaki KX250F - Foto: António Pataca
Com apenas seis anos de idade já acelerava numa Mallaguti, a sua primeira mota. Agora, onze anos mais tarde, João Vivas deu cartas na 25ª Baja Portalegre Vodafone 500. Depois de se ter sido 7º no prólogo (4,56s), o piloto de Veiros terminou a Baja em 11º, com 5,14m nos 395kms de prova. Uma marca que faz de Vivas um dos mais promissores pilotos de TT, embora a sua "praia" seja o motocrosse.
Carreira no Motocrosse
Começa a competir em provas regionais, nos típicos “raids” e numa YZ 85 – presente de aniversário dos pais. Mas é em Ourém que dá o “salto” na carreira, ao estrear-se numa pista de Motocross e nas provas de MX, com 14 anos: “ Penso que já comecei tarde, pois normalmente começa-se aos 5 ou 6 anos de idade, para se começar a evoluir logo desde pequeno”, diz.
Depois disso surge o seu primeiro patrocinador, a Monformotos. Embora a crise também tenha chegado às duas rodas, foi o “empurrão” que faltava: “Quantos mais forem os patrocinadores, também se torna mais fácil para mim evoluir, uma vez que tenho mais condições”, considera João Vivas, ao mesmo tempo que agradece o apoio da Polisport, Crosspro, Cms e Effektracing.
Desde então tudo aconteceu muito rápido. Participa em competições nacionais e faz provas do Campeonato Europeu, arrastado por uma grande força de vontade: “Tudo o que aprendi foi sozinho, por experiencia própria e por alguns vídeos que via na televisão. Só nos últimos anos é que tenho vindo a aperfeiçoar algumas técnicas com a ajuda do César Peixe”, conta, orgulhosamente, o jovem.
Apesar de ter conseguido alguns títulos este ano (Campeão regional Rómoto MX2 e Elite), o seu principal objectivo é ser Campeão Nacional e representar a seleção, apesar das condições de treino não serem as melhores devido à escassez de pistas nesta zona. “Chego a fazer 600 quilómetros por fim-de-semana, enquanto a maioria dos meus adversários têm pistas próximas das suas localidades, o que torna tudo mais fácil e económico”.
Filho de peixe sabe nadar
O gosto pelas motos não aparece por acaso. A paixão de “rodar o punho” foi herdada do pai, António Vivas. É ele o seu principal suporte na carreira e o mais fiel seguidor, uma espécie de “manager” que acompanha e aconselha o filho em todas as ocasiões. Quanto ao futuro não tenciona, para já, deixar de estudar. Mas o sonho de se tornar piloto profissional pode valer o sacrifício de uma vida académica.
O jovem, também conhecido como “o alentejano”, confessa algumas das suas metas: “ O meu sonho de carreira a nível do Motocrosse é conseguir entrar numa equipa do Mundial e tentar ser um dos melhores pilotos do mundo. Gostava de ser uma referência neste desporto para os pilotos mais novos, e ser reconhecido por todo o meu esforço e mérito.
Jovem piloto à passagem do Cc43, onde recebeu uma onda de apoio do público veirense - Foto: António Pataca
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