Firmino Paixão
Conhecemo-nos ainda moçoilos de escola. Estreitávamos a relação
quando, sazonalmente, eu ia às compras na loja do comércio tradicional
onde tu foste modelo de atendimento personalizado e exemplo de bom
comunicador.
Corria a década de sessenta, ainda não se falava nesse novo fenómeno desportivo que se chama futsal, abreviatura de futebol de salão. Mas os torneios de futebol de 5 do jardim público eram célebres.
De meias com a rapaziada do arrabalde da Graça fundámos o Santo Amaro Futebol Clube. Camisolas brancas oferecidas pelos Armazéns Teixeira, uma lista diagonal em vermelho, calção preto e emblemas sabiamente bordados pela irmã do Luís Pelé. Tu eras o guarda-redes, eu o ponta de lança, mas o Tói Julião arrebatou-me o troféu de melhor marcador porque a equipa dele seguiu para a segunda fase da prova.
Comungámos sempre o mesmo gosto pelo desporto e apetência pela comunicação. Foste um dos bons intérpretes daquela fabulosa equipa do Desportivamente, que através das ondas da Rádio Pax espalhava as notícias desportivas pela planície.
O José Garrochinho fabricava milagrosas antenas de rádio amador, que me ajudavas a pendurar nos postes do José Agostinho de Matos, para os relatos do Ferrobico. Ambos fomos discípulos do Delmiro Palma naquela deliciosa aventura que foi o jornal desportivo O Ás, que produzíamos, dobrávamos e expedíamos com quase tanto amor como se tem a um filho, numa cúmplice relação de amizade que, sem darmos por isso, íamos aprofundando. Não há muito tempo que me levaste ao teu pequeno museu onde guardas as recordações desse tempo e penduras os símbolos desse muito digno percurso pela comunicação.
Veio a Rádio castrense e mobilizou o teu saber e arte de comunicar. Cresceste como radialista, os teus comentários e opiniões tornaram-se sentenças.
Reencontramo-nos muitas vezes, como tu costumas dizer, num qualquer campo deste Alentejo que é uma paixão, onde perdura o nosso cumprimento sempre cordial e amigo então companheiro ….
A doença traiçoeira retirou-te, momentaneamente, dos campos de futebol, onde todos queremos que voltes rapidamente, a tempo de relatares com emoção a festa do título do castrense e de festejares mais uma provável subida de divisão do teu querido Ferrobico.
Vamos lá, companheiro Zé…
Arranja forças para te reunires a nós, brindando ao que tem sido uma saudável vivência no desporto e pelo desporto, através da comunicação.
Bem-haja pela tua amizade.
Corria a década de sessenta, ainda não se falava nesse novo fenómeno desportivo que se chama futsal, abreviatura de futebol de salão. Mas os torneios de futebol de 5 do jardim público eram célebres.
De meias com a rapaziada do arrabalde da Graça fundámos o Santo Amaro Futebol Clube. Camisolas brancas oferecidas pelos Armazéns Teixeira, uma lista diagonal em vermelho, calção preto e emblemas sabiamente bordados pela irmã do Luís Pelé. Tu eras o guarda-redes, eu o ponta de lança, mas o Tói Julião arrebatou-me o troféu de melhor marcador porque a equipa dele seguiu para a segunda fase da prova.
Comungámos sempre o mesmo gosto pelo desporto e apetência pela comunicação. Foste um dos bons intérpretes daquela fabulosa equipa do Desportivamente, que através das ondas da Rádio Pax espalhava as notícias desportivas pela planície.
O José Garrochinho fabricava milagrosas antenas de rádio amador, que me ajudavas a pendurar nos postes do José Agostinho de Matos, para os relatos do Ferrobico. Ambos fomos discípulos do Delmiro Palma naquela deliciosa aventura que foi o jornal desportivo O Ás, que produzíamos, dobrávamos e expedíamos com quase tanto amor como se tem a um filho, numa cúmplice relação de amizade que, sem darmos por isso, íamos aprofundando. Não há muito tempo que me levaste ao teu pequeno museu onde guardas as recordações desse tempo e penduras os símbolos desse muito digno percurso pela comunicação.
Veio a Rádio castrense e mobilizou o teu saber e arte de comunicar. Cresceste como radialista, os teus comentários e opiniões tornaram-se sentenças.
Reencontramo-nos muitas vezes, como tu costumas dizer, num qualquer campo deste Alentejo que é uma paixão, onde perdura o nosso cumprimento sempre cordial e amigo então companheiro ….
A doença traiçoeira retirou-te, momentaneamente, dos campos de futebol, onde todos queremos que voltes rapidamente, a tempo de relatares com emoção a festa do título do castrense e de festejares mais uma provável subida de divisão do teu querido Ferrobico.
Vamos lá, companheiro Zé…
Arranja forças para te reunires a nós, brindando ao que tem sido uma saudável vivência no desporto e pelo desporto, através da comunicação.
Bem-haja pela tua amizade.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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