
Ontem à tarde, no Estádio Alfredo da Silva, o Fabril venceu o Despertar por 4-2, num jogo a contar para o “Play-Off” de despromoção da III Divisão – Série F. Danilo Serrano, Catarino, Mário Jorge (g.p.) e Márcio Diéb marcaram para os fabrilistas, e Montes e Fábio Xavier os tentos dos alentejanos.
Eis a constituição das equipas:
GD Fabril

Depois
de terem morrido na praia, ao serem relegados para o “Play-Off” de
despromoção, não se têm conseguido impor perante equipas teoricamente
mais fracas, somando dois triunfos e dois desaires nos jogos já
disputados. Estão acima da linha de água, com mais cinco pontos que os
Pescadores da Costa da Caparica, mas todo o cuidado é pouco.
Despertar

A
formação de Filipe Felizardo está com o destino traçado, precisava de
vencer todos os jogos até ao final deste “Play-Off” e que o Fabril os
perdesse, para além de desfechos pouco favoráveis para Redondense e
Pescadores, o que é praticamente impossível, sobretudo tendo em conta
que o Despertar apenas tem uma vitória esta temporada, e já disputou 26
partidas. A descida aos distritais pode ficar confirmada esta tarde.
1’
O conjunto orientado por Felipe Felizardo entrou melhor na partida e
logo no começo o guarda-redes do Fabril, Álvaro, teve de se aplicar.
6’
Montes desviou um cruzamento de Serginho na pequena área perante
passividade do guardião e defesas fabrilistas e deu vantagem aos
alentejanos.
Nestes instantes iniciais notava-se uma certa desmotivação nas caras da formação do Barreiro.
13’
David Maside cruzou pela esquerda para o segundo poste onde Catarino
tentou encostar para o fundo das redes, mas um defesa do Despertar em
cima da linha de baliza conseguiu evitar o golo.
17’
Paulo Letras com um passe em profundidade encontrou Rúben Guerreiro na
direita, que puxou a bola para o seu pé esquerdo e rematou para
intervenção de Eduardo Barão.
20’ Rúben Guerreiro tabelou com Catarino e atirou por cima.
27’
Na sequência de um cruzamento de Nuno Jorge, Ricardo Calado tentou
aliviar o esférico de cabeça, mas este sobrou para Catarino que de forma
acrobática chutou para fora. O “Jardel do Viso” caiu mal e apresentou
queixas no braço durante o resto da partida.
30’ Serginho apareceu isolado, tentou o chapéu a Álvaro mas este saltou e conseguiu intercetar a bola.
36’ Carlos André cruzou para Catarino, que mais uma vez não conseguiu bater o guarda-redes alentejano.
40’
Rúben Guerreiro fletiu da esquerda para o meio, chocou com um defesa e
no ressalto a redondinha sobrou para Danilo Serrano que rematou para
nova intervenção de Eduardo Barão.
Ao intervalo, Ricardo Cravo deixou nos balneários David Maside, fazendo entrar Mário Jorge.
Já Felipe Felizardo trocou Pedro Patinha por Fábio Xavier.
52’
Um mau passe de Rúben Guerreiro deu origem a um contra-ataque do
Despertar, que culminou numa assistência de Ricardo Amaro para Fábio
Xavier, que fez o 0-2.
55’ Bruno Cruz serviu Rúben Guerreiro que atirou colocado para uma fantástica defesa do guardião da formação de Beja.
56’ Paulo Letras deu lugar a Jú.
62’ Catarino rendeu Serginho.
65’ Rúben Guerreiro isolou Danilo Serrano que picou a bola sobre o guarda-redes adversário e reduziu a desvantagem.
67’
Novamente Rúben Guerreiro na jogada, adiantado o esférico e sendo
obstruído por um defesa do Despertar, no entanto, o árbitro deu a lei da
vantagem e Carlos André aproveitou para progredir pelo seu flanco e
cruzar para Catarino empatar a partida.
69’ Felipe Felizardo esgotou as substituições, trocando Ricardo Amaro por Luís Soudo.
72’ Rúben Guerreiro num pontapé de ressaca acertou na trave.
74’ Apesar da boa exibição, Rúben Guerreiro foi rendido por Márcio Diéb.
75’ Bruno Cruz de trivela isolou Mário Jorge que atirou por cima.
78’
Jú foi derrubado na área por Hugo Páscoa, num lance que deixou muitas
dúvidas. Os próprios adeptos fabrilistas riram-se da decisão do árbitro
que assinalou grande penalidade. Mário Jorge na conversão fez o 3-2.
89’
Diéb apareceu desmarcado pelo lado esquerdo, contornou o guarda-redes
quase até a meio do seu meio-campo, mas pressionado, rematou para fora.
90+3’
Bruno Cruz de calcanhar passou a Márcio Diéb que num trabalho
fantástico furou pela defesa e já em zona frontal marcou o quarto e
último golo do Fabril.
A turma barreirense foi do 8 ao 80 e acabou em goleada.
Os
comandados por Ricardo Cravo não entraram bem na partida, pareciam
desmotivados e até subestimando o seu oponente, que embora frágil, como a
tabela classificativa o demonstra, tinha as suas armas e conseguiu
marcar bem cedo.
O
Fabril reagiu, foi atrás do prejuízo e criou diversas ocasiões para
empatar, mas encontrou sempre um inspirado Eduardo Barão que foi
impedindo o empate.
No
começo do segundo tempo, o Despertar ampliou para 0-2, mas
curiosamente, foi a partir daí que os fabrilistas ganharam nova alma, e
conseguiram até final marcar quatro golos, sentenciando uma reviravolta
notável mas com um sofrimento desnecessário.
Analisando os atletas em campo, começando pelos do Fabril…
Álvaro
ficou mal na fotografia no primeiro golo, Carlos André fez a
assistência para o 2-2, Pina e Adérito foram muitas vezes lentos e não
acompanharam, por exemplo, os lances dos golos alentejanos, e Paulo
Letras viu o 0-1 nascer pelo seu lado.
Nuno
Jorge teve como principais tarefas segurar o meio-campo e recuperar
bolas e cumpriu-as com alguma eficiência, David Maside não estava a
acrescentar nada à equipa.
Rúben
Guerreiro foi o melhor em campo, mesmo sem ser feliz nas suas ações na
maioria das vezes, fez jus ao seu apelido, pegou no jogo e empurrou a
sua formação para a frente. Bruno Cruz foi um excelente distribuidor,
tendo atuado numa zona do terreno que favorece as suas características e
Danilo Serrano foi sempre muito inconformado e marcou o 1-2.
Catarino fez o 261º golo da sua carreira, apesar de uma lesão no braço lhe tenha feito alguma mossa.
Mário
Jorge converteu a grande penalidade do 3-1, Jú agitou com a equipa a
partir de uma posição mais recuada e Diéb num lance fantástico apontou o
último tento da partida.
Quanto aos jogadores do Despertar…
Eduardo Barão apesar dos quatro golos sofridos foi gigante entre os postes.
A
defesa foi permeável, e nem a proximidade com os homens do meio-campo,
formando duas linhas bastante recuadas (o tal autocarro) impediu a
goleada.
Em
zonas mais ofensivas, Serginho fez a assistência para o 0-1, marcado
por Montes, e Ricardo Amaro mostrou mais uma vez ser o melhor jogador
desta equipa, é forte fisicamente, a segurar a bola e até em velocidade,
mesmo tecnicamente não merece acompanhar a sua formação para os
Distritais.
Pedro Patinha é um avançado possante foi substituído ao intervalo pelo mais móvel Fábio Xavier, que marcou o 0-2.
Com este resultado fica assim disposta a classificação da III Divisão – Série F, “Play-Off” de despromoção:
Fonte: http://davidjosepereira.blogspot.pt
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