domingo, 9 de dezembro de 2012

Troços ferroviários desativados no Alentejo vão ser transformados em ecopistas

Cerca de 260 quilómetros de troços ferroviários desativados no Alentejo vão ser transformados em ecopistas e formar uma rede, com outros percursos, para tornar o território numa “região cicloturística”, revelou hoje à Lusa um dos responsáveis do projeto.
“Estamos a querer potenciar o Alentejo como uma região cicloturística”, afirmou o gestor do Plano Nacional de Ecopistas da Rede Ferroviária Nacional (REFER), Luís Manuel Silvestre, em declarações à agência Lusa.
De acordo com o responsável, a ideia da rede cicloturística passa por adaptar os “cerca de 260 quilómetros de troços ferroviários desativados” da região em ecopistas e juntar-lhes “estradas de baixa densidade de tráfego” e outras “rotas pedestres”.
No Alentejo, segundo o responsável, já existem ecopistas no antigo ramal de Montemor-o-Novo, com cerca de 13 quilómetros, e em grande parte do antigo ramal de Mora, entre Évora e Mora, numa extensão de cerca de 60 quilómetros.
“Estamos a trabalhar para contratualizar com os respetivos municípios” a transformação em ecopistas dos antigos ramais Évora – Reguengos de Monsaraz, Estremoz – Portalegre, Estremoz - Vila Viçosa e também Beja – Moura, adiantou.
O gestor assinalou que as antigas linhas de caminho-de-ferro “são percursos planos”, uma vez que “não têm declives superiores a três por cento”, acessíveis a qualquer pessoa e que permitem aos utilizadores terem “contacto com a natureza”.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Armando Varela, defendeu que o turismo aliado à natureza pode ter “uma importância determinante” para a região, nomeadamente “na capacidade de fixar pessoas e gerar emprego”.
“Não me parece que venha ser possível que nos próximos anos passe um comboio nestas linhas de caminho-de-ferro. Por isso, fazer uma ecopista é uma ideia muito melhor do que manter isto como está”, congratulou-se.
No mesmo sentido, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, destacou que “há cada vez mais turistas que querem fazer percursos de pedestrianismo, BTT ou birdwatching (observação de aves)”.
“O turismo de natureza tem um alcance imenso junto de determinado tipo de nichos de mercado”, disse, considerando “muito interessante” em termos turísticos o aproveitamento das antigas linhas férreas em ecopistas.
A rede cicloturística, promovida pela empresa REFER Património, envolve as quatro comunidades intermunicipais do Alentejo e a Entidade Regional de Turismo (ERT).

Lusa

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Fonte:  http://alentejoedesporto.blogspot.pt/

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