sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ana Capeta, 15 anos, cumpriu o sonho de vestir a camisola das quinas: Chegou, viu e venceu...



Ana Inês Capeta foi a jogadora revelação do Torneio de Desenvolvimento da UEFA Sub/16 que se disputou no Algarve com as seleções de Portugal, Escócia, Holanda e Áustria.

Texto e foto Firmino Paixão
“Concretizou-se o meu sonho, que era chegar um dia à seleção nacional. Já o consegui, agora espero continuar a ser chamada para outros estágios”, confessou a jovem aljustrelense ao “Diário do Alentejo”, no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António.
A jogadora da Casa do Benfica de castro Verde assumiu: “Foram dias inesquecíveis, jamais me sairão da memória. Convivi com novas colegas, conheci realidades diferentes, a treinadora teve palavras simpáticas para comigo, e deu-me muita motivação, é uma excelente treinadora”.
Ana Inês Capeta começou a sua formação desportiva nas Escolinhas do Operário de Rio de Moinhos, clube que a homenageou no próprio dia em que regressou a casa. Ali jogou até aos 12 anos antes de, há três épocas atrás, integrar a equipa feminina do Mineiro Aljustrelense, onde atuou uma época, ingressando na Casa do Benfica de castro Verde, onde, conta, está a fazer a segunda época: “Espero manter-me ali, tenho um excelente treinador e tenho sido muito bem aceite pelas colegas. Aliás, o meu treinador, Gonçalo Nunes, tem sido umas das pessoas que mais se empenhou e que tem vivido de perto e com muito entusiasmo a concretização deste meu sonho”.
Ana tinha classificado de “momento mágico” a sua chamada ao primeiro estágio nacional, mas foi com a sua magia, com o seu enorme talento e dois golos marcados à Áustria que a jovem atleta encantou a treinadora nacional Marisa Gomes, que não hesitou em lhe conferir a braçadeira de capitã da equipa. Capeta mantém vivo este sonho: “Espero continuar na seleção, esta experiência foi única, gostava de ter outras oportunidades. Nunca esperei que me fosse entregue a braçadeira de capitã, fui muito bem aceite pelas restantes colegas, fiquei muito orgulhosa”. Com duas internacionalizações (Escócia e Áustria), falhou a partida com a Holanda (única derrota da equipa lusa) por ter visto o segundo amarelo no confronto com as austríacas.
Carinho e apoio não têm faltado em redor de Ana. A mãe, Francisca Capeta, confessa ter vivido o momento “com uma grande emoção”: “Estou muito contente. A família, o treinador e as colegas da Casa do Benfica de castro Verde e a vila de Aljustrel estão com ela, apoiam-na incondicionalmente”. E reforçou: “Não perdemos um jogo dela, estamos sempre a dar-lhe força, é boa atleta, esperemos que chegue longe, porque ela tem uma família enorme que a sabe apoiar muito bem”. “Tudo começou por influência do pai”, revelou a mãe de Ana Capeta: “Ele também era jogador, levava sempre a menina para os jogos e nos intervalos ela ia jogar à bola, nunca gostou de bonecas”.
O treinador da equipa da Casa do Benfica de castro Verde, Gonçalo Nunes, acompanhou bem de perto esta feliz aventura da sua pupila, e também não escondeu a emoção que tem vivido estes momentos, “quase com as lágrimas nos olhos, se é que não vieram mesmo”: “O sucesso da Ana acaba por refletir muito o trabalho e a dedicação de um leque enorme de pessoas, sobretudo das colegas de equipa e da aposta que a AF Beja fez no futebol feminino”.
O técnico diz que é importante para a Ana “viver o momento”, porque “está bem preparada, integra um leque muito curto de grandes atletas europeias” e, entre as quatro equipas que competiram, “ela acabou por ser a revelação do torneio”. Comentando a sua condição de capitã de equipa, Gonçalo adianta que “a braçadeira de capitã de equipa assenta-lhe que nem uma luva”: “O talento já estava com ela, agora é uma questão de explorar ao máximo as capacidades que tem. Na seleção trabalha de uma forma mais profissional do que nós em castro Verde lhe podemos oferecer. Numa semana ela cresceu imenso, vê-se pelas movimentações que tem no campo”.
O futuro ainda reserva outros desafios a esta jovem nascida numa terra alentejana cheia de mística, uma terra que a merece tanto como ela merece a felicidade que está a viver, mas Ana Inês Capeta “está preparada e continua humilde”, diz o seu treinador, justificando: “Tem um sorriso dos mais lindos e puros que podem existir numa jogadora de futebol. E isso vai fazê­‑la chegar longe”.

Perfil
Ana Inês Palma Capeta
Nascida em 22-11-1997
Naturalidade: Aljustrel
Aluna do 8.º ano da Escola Secundária de Aljustrel
Internacionalizações: duas
Golos na seleção sub/16: dois
Clube preferido: Sporting
Clube que representa: CB castro Verde
Lugar: média ofensiva
Melhor marcadora da AF Beja

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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