Um grupo de atletas fez renascer o futebol americano
na região. Os “Longhorns” têm 20 elementos mas a tendência é de crescimento. O
objetivo é entrar na Liga Portuguesa já na próxima temporada.
Ainda só têm três bolas. O equipamento custa
uma fortuna e tem de ser importado, mas a paixão e o fascínio pelo futebol
americano não arrefece o ímpeto de alguns eborenses, que fundaram o Évora
Longhorns.
O grupo, de 20 atletas, é composto
maioritariamente por jogadores inexperientes (mais alguns ex-praticantes que
estão de regresso) e tem vindo a treinar semanalmente com o intuito de na
próxima época participar pela primeira vez na Liga Portuguesa de Futebol
Americano, prova que inicia em breve a sua 4ª edição.
“Temos poucos treinos, mas a afluência é
enorme, com tendência para crescer, o que nos deixa bastante entusiasmados”,
revela Eduardo David, um dos mentores deste projeto. Além de ter sido jogador
dos Crusaders, de Lisboa, e de der árbitro de futebol americano, Eduardo David
acredita no sucesso “desta aventura desportiva”.
“Temos um grupo de jovens muito bom, com uma
enorme vontade de aprender, e aqueles que já praticaram a modalidade têm uma
enorme vontade de transmitir os conhecimentos. Estão reunidas todas as
condições para colocar Évora na rota do futebol americano luso”, diz Eduardo
David.
Como
é a liga em curso
Pelo primeiro ano desde a sua criação, a Liga
Portuguesa de Futebol Americano é composta por dois grupos. O Grupo Norte
integra os Black Ravens, Celtics, Lumberjacks, Mutts, Renegades e Warriors, e o
Grupo Sul tem apenas quatro equipas: Crusaders, Navigators, Pirates e Wolves.
Em cada grupo, as três equipas primeiro classificadas apuram-se automaticamente
para os play-offs. Depois, é a eliminar até à final.
Curiosidades
Texas…Alentejo. Longhorns é um nome criado
por analogia a uma universidade do Texas e à aridez da região de sequeiro do
Alentejo
130 euros é o valor do custo de um kit de
proteção
Os equipamentos têm de ser importados de
Inglaterra, Alemanha ou Holanda
A equipa tem três bolas para treinar,
compradas com o dinheiro dos próprios atletas. Apenas um jogador tem o
equipamento completo
Um campo sintético emprestado é, por agora, a
“casa oficial” desta equipa, que, apesar das dificuldades financeiras, tem
vindo a atrair novos atletas.
Carlos Neves (Correio da Manhã)

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